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Reciclagem de papelão

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Você sabe como funciona a reciclagem de papelão? Confira como ocorre esse processo e sua grande importância para o meio ambiente nesse artigo!

Neste conteúdo, abordaremos:

  • Panorama geral da reciclagem de papelão;
  • Etapas do processo;
  • Principais vantagens;
  • Cenário brasileiro.

A reciclagem de todo tipo de material assume, nos dias de hoje, um papel vital para o desenvolvimento da humanidade, posto o cada vez maior desgaste da natureza, bem como o acúmulo exponencial de lixo. Dentro disso, um dos produtos que se mostra alvo desse processo é o papelão.

Tal matéria, usada em aproximadamente 85% de todas as embalagens produzidas no mundo, mesmo que apresente um tempo de decomposição relativamente baixo, acaba por demandar grandes quantidades de energia elétrica e extração de árvores para a sua produção. A reciclagem entra, assim, como uma forma de poupar esses recursos, reinserindo o papelão antigo no mercado. Desse modo, a reciclagem de 1000 Kg de papelão pode evitar a geração de 88 kg de resíduos sólidos e 18 quilos de poluentes orgânicos.

Dessa forma, como já citado, uma das maiores demandas desse artigo reside no fato de indústrias e grandes atacadistas embalarem seus produtos em caixas de papelão, com intuito de enviá-los para varejos de outras localidades. Além disso, no próprio contexto residencial, grandes quantidades de papelão provenientes dos mais diversos tipos de produtos acabam por encontrar seu final em lixeiras.

Etapas do Processo

Coleta e separação

À priori, se dá a coleta, a qual pode acontecer em duas escalas, industrial e residencial. Na primeira, é comum a associação entre empresas especializadas em reciclagem e empresas produtoras de papelão. Já em relação à segunda, usualmente ocorre a coleta por catadores e cooperativas destes, que vendem o papelão coletado para as cooperativas. Essas cooperativas atuam na separação, prensagem e agrupamentos em fardos, bem como pelo direcionamento desde, às empresas supracitadas. Nesse caso, também há a existência da coleta seletiva, entretanto, tal serviço atende apenas 14% da população brasileira. 

Trituração

Ao chegar em fardos nas empresas, coloca-se o papelão em máquinas, objetivando triturar e fazer a separação das fibras. O resultado dessa etapa é uma espécie de pasta de celulose.

Centrifugação e peneira

Dentro disso, essa pasta segue, então para uma centrífuga, na qual ocorre a separação de grampos e outras impurezas que possam ter passado pela primeira seleção. Passa-se também por uma peneira, com a mesma finalidade, remover impurezas, como pedaços de plásticos, metal e fitas adesivas.

Processamento

Sendo assim, para clarear e remover resquícios de tinta que possam ter restado, submete-se o papelão a um processo químico envolvendo uma solução de água e soda cáustica. Depois, encaminha-se ele para um processamento físico, visando a melhora da qualidade das ligações entre as fibras de celulose.

Prensagem

Na prensa elimina-se toda a umidade da pasta. Em seguida, o material reciclado vira lâminas de papel, pela ação de rolos para ser novamente transformado em papelão, finalizando assim o processo de reciclagem de papelão.

Vantagens

Desse modo, como supracitado a reciclagem de papelão pode trazer inúmeros benefícios, nas mais diversas áreas, dentre os quais é possível destacar:

  • Diminuição no consumo de madeira

A produção de 1 tonelada de papelão demanda 2 toneladas de madeira, o equivalente a 15 árvores adultas. Assim sendo, a reciclagem diminui de forma acentuada a necessidade de madeira para produção, fato que, consequentemente, repercute em uma série de questões ambientais. Como, por exemplo, o desmatamento de áreas de floresta para a plantação de outras espécies, que muitas vezes não são nativas e desequilibra a flora e fauna local e o uso de água, tanto do lençol freático quanto de reservatórios e poços, que aumenta para atender as necessidades da própria plantação, como da produção, para a qual são necessários de 44 a 100 mil litros de água por tonelada.

  • Economia de energia

Com relação ao gasto energético, também para 1 tonelada, são precisos de 5 a 7,6 kW de energia. O gasto de energia, acarreta, por sua vez, na degradação do meio ambiente, seja pela construção de reservatórios para usinas hidrelétricas, queima de carvão em usinas termelétricas ou utilização de materiais radioativos em usinas nucleares. Além disso, vale destacar que grande parte dessa energia é proveniente de fontes não renováveis, o que impacta, também, na emissão de CO2 no ambiente.

  • Redução de custos 

Pelo fato do material reciclado ser mais barato, devido a menores demandas de recursos naturais e energéticos, as empresas acabam por ter uma diminuição no seu custo de compra e aumentar lucros. 

  • Maior visibilidade no mercado

Empresas que se adequam aos novos parâmetros de sustentabilidade, acabam, também, por serem mais chamativas para uma grande parcela da população. Assim, selos ambientais, produtos reciclados e serviços de caráter sustentável podem, de certas maneiras, refletir em mais vendas e lucratividade.

Reciclagem no Brasil

No Brasil, apesar de muito ainda ter de ser feito, um panorama promissor reflete-se por alguns dados. Estima-se que cerca de 77,4% do papelão produzido é proveniente da reciclagem, o que corresponde a 2,24 milhões de toneladas. Nesse contexto, a maioria esmagadora é de papel ondulado, o qual é o segundo produto mais reciclado do país, com uma taxa de 91,4%. Por outro lado, apenas 35,9% das embalagens longa vida são recicladas. Além disso, grande parte da ocorrência desse processo é proveniente das próprias fábricas que, atualmente, são responsáveis por aproximadamente 65% da utilização de todo o papelão reciclado no país. Assim sendo, muitos estados e prefeituras do Brasil fornecem incentivos fiscais às empresas particulares que adotam boas práticas em gestão de resíduos sólidos. 

Por conseguinte, as projeções para 2023 demonstram um crescimento estimado de 3% a 3,5%, além de um investimento de R$ 3,4 bilhões em novas rotas produtivas e unidades para expansão de capacidade ou modernização. Isso faz-se de extrema importância para o cenário brasileiro, posto as grandes quantidades de papelão consumidos e do fato de que 85% da energia utilizada para produzir papel e celulose, é oriunda de fontes não renováveis. 

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