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Healthcare16 de fevereiro de 2021

Você sabe como a higienização correta das mãos pode evitar contaminações?

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A higienização das mãos vem sendo estudada desde 1846 onde o médico húngaro Ignaz Philip Semmelweis comprovou a relação da febre puerperal com atividades médicas. Ele observou os médicos que tinham contato com a sala de autopsia e em seguida a sala de obstetrícia. Em sua teoria as partículas de cadáveres poderiam estar relacionadas com infecções encontradas nos pacientes. No ano seguinte, ao implantar a cultura de que os médicos e estudantes lavassem as mãos antes dos procedimentos na clínica de obstetrícia, houve uma queda da mortalidade de 12,2% para 1,2%.

A partir disso método de combate das infecções e doenças passaram a ser introduzidos nos ambientes hospitalares, segundo a Legislação Brasileira pela Portaria n. 2.616, de 12 maio de 1998, bem como através da RDC n.  50, de 21 de fevereiro de 2002, estabelecem as ações minimamente necessárias para que haja redução da incidência de infecções pertinentes a atividades relacionadas aos cuidados e assistências à saúde.

A higienização das mãos também é importante para remoção de sujeira, células descamativas, oleosidade e pelos, sendo possível dessa forma evitar possíveis contaminações.  Portanto, se faz necessário que todos os profissionais de saúde, que entram em contato indiretamente ou diretamente com pacientes, que manipulam medicamentos, comidas e material estéreo ou contaminado, façam a higienização e assepsia correta das mãos.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, as técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo de qual objetivo destinam, podendo ser uma higiene simples, uma higiene antisséptica, uma fricção antisséptica das mãos, ou ainda uma antissepsia cirúrgica das mãos.

A eficácia da higienização das mãos depende tanto da duração quanto da técnica empregada. O procedimento inadequado na maioria dos casos se dá pelo esquecimento de algumas etapas e da preocupação, por parte dos profissionais de saúde, com a quantidade e não com a qualidade do procedimento.

Para a higienização simples das mãos é um procedimento que possui em média a duração de 40 a 60 segundos com finalidade de remover microrganismos que colonizam a superfície da pele, bem como o suor, a oleosidade e as células mortas. O procedimento se inicia a partir da aplicação na palma da mão de uma quantidade suficiente de sabonete.

Há então o esfregaço entre as palmas da mão; entre a palma de uma mão contra o dorso da outra; entrelaço e fricção dos dedos e dos espaços interdigitais; esfregaço do dorso dos dedos com a palma da mão oposta com movimentos de vai – e vem; esfregaço do o polegar com o auxílio da palma da mão oposta utilizando – se de movimento circular; fricção das polpas digitais e unhas de uma mão contra a palma da outra (fechada em concha); e por último o esfregaço do punho com o auxílio da palma da mão oposta.  Após o procedimento há o enxágue retirando os resíduos e a secagem com papel toalha, iniciando pelas mãos e seguindo aos punhos.

A   higienização antisséptica promove a remoção de sujeiras e de microrganismos, com auxílio de um antisséptico. A duração desse procedimento é também de 40 a 60 segundos e a técnica é igual a utilizada para higienização simples das mãos, porém substituindo o sabonete comum por um produto antisséptico.

Seguindo esses protocolos o índice de contaminação pode ser reduzido drasticamente, aumentando a qualidade de vida e bem estar de um modo geral.

Referência: Revista Interdisciplinar do Pensamento Científico. ISSN: 2446-6778 Nº 5, volume 5, artigo nº 70 , Julho/Dezembro 2019 D.O.I: http://dx.doi.org/10.20951/2446 -6778/v5n5a70 Edição Especial (www. http://reinpec.org)