Política

Carlos Marighella é anistiado post mortem pelo governo

Decisão foi publicada no Diário Oficial desta sexta, após quase um ano da aprovação

Foto do prontuário de Carlos Marighella, reprodução do livro Marighella - O guerrilheiro que incendiou o mundo"
Foto: Fundo DEOPS - Arquivo Público do Estado de São Paulo
Foto do prontuário de Carlos Marighella, reprodução do livro Marighella - O guerrilheiro que incendiou o mundo" Foto: Fundo DEOPS - Arquivo Público do Estado de São Paulo

BRASÍLIA - Agora é oficial. O ex-guerrilheiro Carlos Marighella foi anistiado, "post mortem", pelo governo brasileiro. A portaria com essa decisão foi publicada no “Diário Oficial” desta sexta-feira, e assinada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

A condição de anistiado de Marighella foi aprovada há quase um ano, em dezembro de 2011, em Salvador, numa sessão da Comissão de Anistia. Naquele dia, familiares do ex-fundador da Ação Libertadora Nacional (ALN) receberam pedido oficial de desculpas do Estado, pelas décadas de perseguição, que envolveu duas ditaduras.

Num vídeo, exibido na sessão, Cardozo anunciou esse pedido, comum em casos de comprovação da perseguição política aos militantes políticos. Estavam presentes naquela sessão a viúva de Marighella, Clara Charf, e o filho Carlos Augusto Marighella. Clara, na sessão, fez um testemunho de defesa do marido. O filho pediu ao governo da Bahia, onde nasceu o ex-guerrilheiro, a criação de um memorial em homenagem ao pai, para "desmistificar a mentira que meu pai era um facínora".