Economia Defesa do Consumidor

Seis companhias aéreas são notificadas em blitz nos aeroportos do Rio

No Santos Dumont, as medidas no tamanho das bagagens estavam fora do padrão

RIO - A OAB Nacional, em parceria com 20 entidades- entre elas,  a Associação Brasileira de Procons, da Associação Nacional do Ministério Público do Consumidor, do Instituto Defesa Coletiva, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) -   realiza hoje blitz em 46 aeroportos do país. No Rio, seis empresas foram notificadas. Entre os problemas identificados estão  a falta de padrão para medida de bagagem de mão, para a qual não hà cobrança, e de informação sobre o preço para despacho de malas.

No Aeroporto Santos Dumont, o Procon Carioca advertiu as companhias Passaredo e Azul ao verificar que o padrão que determina se as bagagens podem ser levadas a bordo estava fora de medida. No Galeão, o Procon-RJ autuou quatro companhias. A Gol não tinha Livro de Reclamações. A Air France e a KLM não apresentaram o alvará de funcionamento no momento da vistoria e nem a tabela de preços de bagagens despachadas. Já a Copa Airlines não informou os valores a pagar correspondentes ao excesso de bagagem, além de não fornecer formulário de declaração especial de valor, que responsabiliza a empresa em caso de extravio das malas.

LEIA TAMBÉM: Anac só vai avaliar impacto de cobrança de bagagens em 2022

Aeroporto Santos Dumont, no Rio, terá autodespacho de bagagens

OAB solicita que Justiça proíba cobrança por bagagem despachada

Procon Carioca, Proteste, OAB e Defensoria Pública distribuíram, ainda, distribuíram  panfletos informativos para os consumidores informando-os sobre a importância de exigirem seus direitos nas viagens aéreas.

Procon-RJ e OAB fiscalizam a cobrança de bagagem no aeroporto Santos Dumont.Na foto,a Azul foi notificada por não cumprir o padrão do tamanho da bagagem. Foto: Marcelo Regua / Agência O Globo
Procon-RJ e OAB fiscalizam a cobrança de bagagem no aeroporto Santos Dumont.Na foto,a Azul foi notificada por não cumprir o padrão do tamanho da bagagem. Foto: Marcelo Regua / Agência O Globo

A OAB Nacional briga na Justiça contra a autorização dada pela Agência Nacional da Aviação Civil (Anac) que permite que as empresas aéreas cobrem taxa extra para despacho de bagagens. Para a instituição, trata-se de vantagem manifestamente excessiva contra o consumidor. No balanço da operação no país, o presidente da OAB Nacional, Claudio Lamachia, ressalta o descontentamento dos consumidores:

— Um dos resultados práticos do ato organizado pela OAB  é autuação de várias companhias por irregularidades. Ficou constatado o abuso e o absoluto descontentamento dos passageiros com a política de preços das companhias aéreas. É perceptível que se está, hoje, pagando mais caro nas passagens do que num passado recente. Essa situação foi agravada pelas cobranças irregulares pelo despacho de bagagem e pela marcação de assentos — comenta Lamanchia.