Dimensões (cm): Comp. 98,7 x Alt. 102,1 x Larg. 44,5
Descrição: Mecanismo constituído por uma roda de quatro cambas, acionadas por um pedal, incorporado numa estrutura retangular assente em quatro pés. O pedal está ligado à roda por um varão de ferro. No lado oposto à roda o aparelho de torção e enrolamento do fio: um eixo de ferro escavado na ponta, com saída lateral, solidária com duas peças, uma em forma de "V" cuja as hastes lhe ficam paralelas, uma de cada lado, fixo junto à saída outro no lado oposto, em forma de carretel. Entre estas 2 peças, enfiada no eixo, gira a caneleira munida dum carretel de diâmetro ligeiramente inferior ao outro, e que se situa ao lado dele. Da roda motora parte 2 cordas que vão acionar os carreteis.
Origem/Historial: O aparecimento da roda de fiar parece estar relacionado com o aparecimento e difusão do tear de pedal na Europa.
O fuso é substituído por urna peça complexa que executa simultaneamente a torção e o enrolamento do fio, a roda é acionada por pedal, o que, por seu lado, consente que a fiandeira trabalhe sentada e fique com as duas mãos livres para distribuir as fibras, que, são colocadas numa roca, fixa ou não, ao tear.
Incorporação: Segundo registos da DRAC (Direcção Regional dos Assuntos Culturais), esta peça foi cedida a esta Direcção, a 16/8/1995 pelo seu antigo proprietário António Rodrigues Lourenço em conjunto com outros instrumentos de tratamento do linho. Encontrava-se na DRAC, sendo transferida para o Museu Etnográfico da Madeira aquando da sua abertura em 1996.
Bibliografia
OLIVEIRA, Ernesto Veiga de; GALHANO, Fernando; PEREIRA, Benjamim, "O Linho - Tecnologia Tradicional Portuguesa", C.E.E. - I.N.I.C., Lisboa, 1991.