Jornal PANROTAS 1192

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R$ 11,00 - Ano 23 - nº 1.192 11 a 17 de novembro de 2015

É de casa Tudo o que você queria saber sobre o Airbnb, nas palavras de seu presidente no Brasil, Leonardo Tristão > Páginas 38 a 41


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11 a 17 de novembro de 2015 JORNAL PANROTAS

Check-IN CONDIÇÕES CONDI

LEIA NESTA EDIÇÃO

DE PARCELAMENTO SEM JUROS

Páginas 04 a 08

Quem são os novos presidentes de Abav pelo Brasil

OTAS

Páginas 12 e 13

Austrália investiu US$ 1 milhão em novela da Globo

*ON-LINE TRAVEL AGENCIES

10

vezes Hotel Urbano

15

vezes Decolar

Abracorp continua crescendo em ano de crise

9 vezes Emirates

vezes 6American

Airlines

Flyways é a mais nova empresa aérea brasileira Os melhores promotores de Minas Gerais: operadoras PANROTAS Tendências e Tecnologia

Pesquisa da Euromonitor e WTM mostra tendências em destinos pelo mundo

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6Aeromexico vezes

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6

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Página 24

Páginas 32 a 34

10 12 10 vezes CVC

vezes Submarino

Páginas 20 a 22

OPERADORAS

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MARÍTIMAS *ONLINE TRAVEL AGENCIES

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Cruzeiros

vezes Copa Airlines

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vezes Pullmantur

vezes Avianca Brasil vezes vezes Air France Avianca Internacional

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vezes Royal Caribbean

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E d i t o r i a l > Artur Luiz Andrade > artur@panrotas.com.br

A próxima jogada Grupo Alatur. Estratégia: crescer por aquisições. Aumentar parceria internacional com JTB. Profissionalizar. Grupo CVC. Estratégia: ser ainda mais gigante, investir em novos nichos e segmentos. Se distanciar cada vez mais dos concorrentes e mirar a América Latina. Grupo Flytour. Estratégia: investir na diversidade de negócios, recuperar o tempo perdido na consolidação, liderar a expansão na América do Sul. Grupo Esferatur. Estratégia: ser a segunda força na consolidação, diversificar negócios, apostar em parcerias. Grupo Gapnet. Estratégia: profissionalizar

a operadora, consolidar presença na América Latina, investir em novos produtos e plataformas. Há outros exemplos. Gol e Delta, Azul e United, Latam e American Airlines... Há outras negociações. Mas será que só os grandes é que ditam tendência? Só os gigantes que se unem? Claro que não. Já vimos exemplos de empresas menores que se uniram, que decidiram trabalhar juntas e mudar o rumo de seus negócios. O gigantismo de algumas empresas não pode assustar e criar uma ditadura de tendências. Cada um sabe do seu potencial e que caminho pode

trilhar, desde que haja uma estratégia bem definida. O turismo não é só dos gigantes, pelo contrário. A soma dos pequenos e independentes, desde que alinhados e unidos, pode transformar o setor. Nessas pequenas empresas há mais espaço para a criatividade e a experimentação. Não sem risco. Em momentos de crise, é preciso calcular todo passo com muito cuidado. Mesmo sob pegadas de gigantes que causam tremores no mercado. E então? Qual sua próxima jogada? Você tem uma, não é mesmo?


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11 a 17 de novembro de 2015 JORNAL PANROTAS

Expediente PRESIDENTE José Guillermo Condomí Alcorta DIRETOR EXECUTIVO José Guilherme Condomí Alcorta DIRETORA INTERNACIONAL Marianna C. Alcorta DIRETORA DE MARKETING Heloísa Prass DIRETOR DE TI Ricardo Jun Iti Tsugawa

S

E U Q A DEST >

DO PORTAL

PANROTAS 29/10 a 4/11

1 Vítima da crise: Designer Tours

REDAÇÃO

suspende operações – em 29/10

Editor-chefe: Artur Luiz Andrade (artur@panrotas.com.br) Editor: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Editor Rio de Janeiro: Diego Verticchio (diego@ panrotas.com.br) Coordenadores: Danilo Alves e Paula Daidone Reportagens: Henrique Santiago, Rodrigo Vieira, Hugo Okada, Karina Cedeño, Luiza Gil (estagiária) e Roberta Queiroz (estagiária) Fotógrafos: Emerson de Souza e Marluce Balbino MARKETING Assistente: Erica Venturim Marketing Digital: Sandra Gonçalves PRODUÇÃO Coordenação: Alice I. Rezende (alice@panrotas.com.br) Gerente de Produção: Newton dos Santos (newton@panrotas.com.br) Diagramação e tratamento de imagens: Kátia Alessandra, Marilani Pistori, Pedro Moreno e Rodrigo Mota Projeto Gráfico: Graph-In Comunicações COMERCIAL Executivos: Paula Monasque (paula@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Tais Ballestero de Moura (tais@panrotas.com.br) Analista Adm. de Vendas Nathália Falcão (nathalia@panrotas.com.br) EXECUTIVO SÊNIOR DE RP Antonio Jorge Filho (jorge@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasilia: Flavio Trombieri (new.cast@panrotas.com.br) New Cast Publicidade Ltda SRTVS - QD 701 - BL. k - Sala 624 Ed. Embassy Tower - Cep: 70340-908 | Tel : (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (sblara@seasoneventos.tur.br) Season Turismo e Marketing e Esportes Ltda R. Gal. Severiano, 40/613 - Botafogo | Cep: 22290-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel: (21) 2529-2415 / 8873-2415 ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner O Jornal PANROTAS é vendido somente por assinatura. Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Lis Gráfica e Editora Ltda. (Guarulhos/SP)

PARCEIRAS ESTRATÉGICAS

MEDIA PARTNER

ASSOCIAÇÕES

2 Após anunciar saída, Delta é “expulsa” de aliança; leia – em 3/11

5 Caso Designer Tours: terrestre deve ser recontratado – em 29/10

6 Visto eletrônico do Canadá custará CAD $7; saiba mais – em 4/11

7 CVC tenta bater Feirão Flytour em Santos e trava sistema – em 30/10

8 Mais quatro operadoras

4 Ex-sócia comenta o fechamento da Designer Tours; leia – em 30/10

11 Voyage Privé fecha escritório no Brasil; saiba mais – em 30/10

12 Braztoa lamenta caso Designer e cita Trip Protector – em 29/10

13 Braztoa x Azul: aérea não comparece em audiência – em 3/11

Braztoa têm seguro Trip Protector – em 29/10

14 Veja os promovidos e

com Honoris Causa do setor – em 3/11

15 Disney com crianças: dicas

3 Visual cancela seu Workshop 2016; 9 Piloto da Tam é 1º brasileiro entenda – em 29/10

prevê boatos e se defende – em 30/10

10 Caso Designer: Queensberry

contratados da semana no Turismo – em 30/10 para viajar sem estresse – em 30/10


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Política

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> Danilo Alves, Diego Verticchio e Rodrigo Vieira

Novos presidentes OUTUBRO FOI MARCADO PELAS ELEIÇÕES DAS ABAVS ESTADUAIS. FORAM ELEITOS 27 PRESIDENTES QUE ATUARÃO DURANTE OS ANOS DE 2015 A 2017. O JORNAL PANROTAS CONVERSOU com os eleitos para conhecer os planos para o próximo biênio. A seguir, você confere os objetivos dos presidentes e o posicionamento que será tomado para angariar novos associados e tornar os existentes mais engajados, e a opinião de cada um sobre a feira da ABAV.p

REGIÃO CENTRO-OESTE Distrito Federal

Até o fechamento desta edição, o Distrito Federal ainda não havia realizado as eleições. A princípio, serão dois candidatos a disputar o cargo - Carlos Vieira, atual presidente, e Hugney Velozo, oposição.

Goiás

Eliene Meireles, da LN Turismo e Eventos Ltda. ASSOCIADOS: 30 "O maior objetivo é aproximar a entidade dos agentes de viagens, fortalecendo e influenciando a política pública e todas as entidades que brigam pelo trade, para podermos ter poder de negociação junto às companhias aéreas, consolidadoras e operadoras. Iremos fazer um trabalho de muita divulgação junto às agências de viagens que não são associadas, mostrando os serviços e benefícios de uma entidade forte e presente como a nossa Abav-GO." FEIRA DA ABAV: "A Abav 2015 teve um saldo bastante positivo. Para mim, é a maior e melhor feira de turismo do nosso País. Acredito que deveríamos investir em animação, conteúdo de qualidade e, ainda mais, em tecnologia."

Mato Grosso

Joari Proença da Cruz, da Montreal Turismo | ASSOCIADOS: 78 "Nosso principal objetivo é fortalecer a entidade e, seguramente, fazer crescer as associadas em maior número possível. Nossa busca será constante em prol de oferecer às associadas novas perspectivas de parcerias com outras empresas privadas, companhias aéreas e, principalmente, órgãos governamentais. Vamos procurar absorver a crise da melhor forma possível, buscando o associativismo para que todos possam sobreviver. Nossa meta é promover famturs com agentes de viagens por

Mato Grosso do Sul Kassilene Vieira Carneiro Cardadeiro, da H2O Ecoturismo e Eventos ASSOCIADOS: 48 "Junto com toda a diretoria, o nosso trabalho será captar mais associados, criar engajamento no grupo, ouvir as necessidades do setor e fazendo contato individual com cada associado, ouvindo as demandas, sugestões e problemas de cada empresa. Esse é um momento para unificação da entidade e o engajamento do grupo. A entidade precisa estar presente e acessível ao empresário do Turismo, criando oportunidades de capacitação, se relacionando com o poder público, buscando os interesses do segmento e propiciando o networking entre os associados." FEIRA DA ABAV: "Não pude participar da última edição, mas tive um retorno de que o evento foi muito produtivo. Acredito que a dinâmica da feira precisa mudar. As pessoas estão em busca de experiências e descobrir novas tendências. A organização da feira precisa ouvir o expositor e o participante, e estar atenta a essas novas expectativas."

todo o Estado para promover os atrativos e viabilizar novos roteiros turísticos." FEIRA DA ABAV: "A feira é o nosso carro-chefe na divulgação e comercialização de nossos produtos. O percentual de aceitabilidade superou todas as expectativas e os deslizes."

REGIÃO NORDESTE Alagoas

Carlos Palmeira, da System Tour ASSOCIADOS: 34 "Vou tentar identificar a expectativa dos associados em relação à Abav Alagoas e trabalhar em cima disso. Quero entender o que eles esperam da associação. Treinamento, capacitações, assessoria jurídica? O nosso desafio é mostrar a diferença de ser abaviano, dos benefícios que cada um tem e a vantagem que é fazer parte de uma associação que é a principal do nosso mercado." FEIRA DA ABAV: "Apesar do momento complicado que vivemos, a última edição foi muito boa. As pessoas estão mais interessadas e em busca de novidades. No entanto, é preciso tentar atrair mais expositores e capacitar os agentes de viagens e emissores. Acho que a Vila do Saber poderia ser ampliada, pois é uma área que tem como foco treinar o visitante."

Bahia

José Alves Peixoto Junior, da Salvatur Turismo ASSOCIADOS: 230 "Vamos discutir como podemos melhorar o relacionamento com toda a cadeia turística e mostrar as vantagens que o associado Abav tem. É nesse clima de adversidade que a associação precisa atuar cada vez mais. Nós temos um papel importante para resguardar as atividades dos nossos membros. Eu fiz uma renovação na diretoria colocando pessoas que tem histórico no mercado e estão disponíveis para ajudar. Meu objetivo será dinamizar a atividade e resguardar os interesses das agências associadas, principalmente em casos jurídicos e em caso de falências de operadoras." FEIRA DA ABAV: "A última edição foi mais compacta, mas muito boa. Notei uma participação maior dos empresários, de gente em busca de novos negócios. Eu mudaria a visão que os Estados têm do evento. É preciso promover mais as experiências que cada um dos destinos podem oferecer aos turistas e trabalhar menos o institucional."


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Ceára

Colombo Cialdini, da Jordantur Associados: 81 "Além de retomar o Troféu Abav Ceará de Turismo, quero mostrar que, no momento de crise, é preciso dialogar, juntar forças e debater com outros segmentos da cadeia produtiva do Turismo para buscar saída para a crise. Mostrar para os fornecedores, das companhias aéreas até as locadoras de automóveis, que os agentes de viagens são os melhores canais de distribuição e os funcionários mais baratos que eles têm. O setor está desrespeitado. Ou as pessoas se unem, ou a coisa vai piorar de vez." FEIRA DA ABAV: "Eu achei a feira muito boa, mas é inaceitável aquele calor do primeiro dia. O maior centro de eventos de São Paulo não ter ar condicionado é inadmissível. Eu também esperava um número maior de expositores. No geral, o evento foi bastante positivo. Acho que ele vai melhorar bastante a partir do próximo ano, sob a gestão de Edmar Bull, novo presidente da Abav Nacional. É um profissional conhecido no mercado, dinâmico, com bastante credibilidade e que conhece bastante outros segmentos. Eu acredito muito na renovação que o Edmar trará para a feira e para associação."

Maranhão

Maria Antonieta Sá Uchoa, da Planet Tour Associados: 30 "Como eu fui reeleita, vou continuar com a estratégia que iniciamos na gestão passada. Já temos cinco agências em processo de adesão e estamos aumentando as visitas em regiões para atrair novos associados. Temos um apoio muito grande do governo do Estado, por meio da Setur-MA. Aumentamos o número de reuniões, que estão cada vez mais frequentes e com maior número de participantes trocando experiências e discutindo tendências.Quero que os meus associados falem com alegria que fazem parte da Abav." FEIRA DA ABAV: "Para quem foi em busca de novos negócios, foi muito proveitoso. Eu também voltaria a pensar em reabrir um dia para o público final, como aconteceu em 2014."

Pernambuco

Paraíba

Até o fechamento desta edição, não conseguimos contato com Bruno Mesquita, eleito novo presidente da Abav-Paraíba.

Marcos Teixeira, da Martur Viagens Associados: 138 "A Abav Pernambuco ficou um pouco afastada dos agentes de viagens nos últimos anos. Meu primeiro objetivo é resgatar essa aproximação. Queremos estar junto com a Abav Nacional, trazer novas palestras, ações e parcerias dentro do Estado. O nosso foco maior será mostrar os benefícios que a entidade tem para o associado. Também queremos discutir inovações e novas tecnologias dentro do nosso segmento, conhecer alguns cases de sucesso, promover debates e troca de experiências." FEIRA DA ABAV: "Foi menor em tamanho em 2015, mas superou as expectativas. Muitos negócios foram feitos. O evento é um dos mais conhecidos do Brasil e o principal do nosso mercado. O formato está bem interessante, com área de exposição e palestras. Acho que se ele voltasse a ser itinerante, traria mais vida e dinamismo para a feira." > Continua na pág. 06


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< Continuação da pág. 05

Piauí

Alberto Jorge Ribeiro Leite, da Global Tour Associados: 36 "Vamos começar a convidar representantes de operadoras e consolidadoras que atuam no nosso Estado. Também iniciarei um calendário de visitas às agências que ainda não estão no nosso quadro de associados. Meu objetivo é mostrar para o trade local a importância da união. A partir daí, queremos ela-

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borar projetos que trabalhem na defesa dos agentes de viagens e em assessorias jurídicas, como em casos de quebra de operadoras e atrasos de voos." FEIRA DA ABAV: "Precisa aumentar a participação dos agentes de viagens de outras regiões, fora do eixo Rio-SP, para que as operadoras e companhias aéreas não deixem de ir ao evento. Eu também ampliaria o número de debates e de palestras da Vila do Saber."

Rio Grande do Norte

Abdon Gosson, da Arituba Turismo Associados: 78 "Todos os Estados precisam ter uma coisa em mente: mostrar a força da entidade para os associados. Também é preciso focar na força do agente de viagens e na consultoria completa que esse profissional dá ao cliente. Pretendo incrementar mais os cursos de aperfeiçoamento técnico qualificando ainda mais os profissionais da área." FEIRA DA ABAV: "As feiras regionais são boas, mas a Feira da Abav é a principal do nosso segmento. Um aspecto que deu certo foi a mudança para São Paulo, já que no Rio de Janeiro a distância do Riocentro gerava inúmeras críticas. O que precisa é incrementar expositores e palestras, para atrair um número maior de visitantes a cada ano. A feira está cada vez mais profissional, pois deixou de lado os shows e as festas que aconteciam no passado."

Sergipe

João de Souza Ávila, da Ditur Associados: 50 "Nós temos 100 agências no Estado e 50 são associados. Apesar de ser um bom número, vamos trazer mais gente mostrando as mudanças que a nova diretoria realizará no decorrer do biênio. Minha chapa é formada por profissionais novos, com menos experiência, mas com muitas ideias inovadoras." FEIRA DA ABAV: "Foi uma feira menor, mas bem organizada. Os números mostraram que foi um sucesso. A Vila do Saber foi algo muito bom para o visitante e que deve ser ampliada ano a ano. Na minha opinião, devemos repensar na Feira da Abav voltar a ser itinerante. A disputa dos Estados para sediar o evento é algo saudável e benéfico para os destinos."

Região Norte Acre

Janete Eroti Franke, da Kampa Turismo Associados: 12 "Registramos um novo estatuto e abrimos o diálogo para o processo de filiação. Anteriormente, o valor para se associar era muito alto, mas agora será gratuito. Com isso, pretendemos aumentar o número de associados. Temos que buscar alternativas para driblar essa crise.e aumentar o ânimo dos envolvidos com mais capacitações." FEIRA DA ABAV: "O calor incomodou muito e isso é uma questão muito importante. Achei a Vila do Saber o espaço mais positivo da feira. A feira precisa tentar criar um pouco mais, para não ficar tão repetitiva."

Amapá

Até o fechamento desta edição, não conseguimos contato com Pietrina Salgado Costa, da Ética Turismo, eleita presidente da Abav-Amapá.

Amazonas

Até o fechamento desta edição, não conseguimos contato com Maria Helena de Souza Fonsêca, da Lírio-doAmazonas Viagens e Turismo, eleita presidente da Abav-Amazonas.

Pará

Edna Rocha, da Rocha Brasil Turismo Associados: 65 "O principal objetivo da Abav-Pará é capacitar o profissional. Vamos debater ideias para sair dessa crise. Precisamos mostrar a importância desse vinculo que estamos propondo. Nesse momento difícil, a união é a alma do nosso negócio. Vamos manter o contato entre empresas de receptivo e agências e começar um com as emissivas, para que elas também possam pensar de forma conjunta. Queremos que todos eles levem o nome da Abav onde forem." FEIRA DA ABAV: "A Abav 2015 foi positiva em inovações. Nos incentivou a desenvolver trabalhos em nossas próprias empresas. As rodadas de negócios deveriam voltar, pois isso aproxima fornecedores dos agentes."


Foto: Divulgação/Junior Brasil

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Roraima

O presidente Carlos Dorado e o VP Administrativo Ricardo Peixoto

Carlos Dorado, da Global Turismo Associados: 31 O VP Administrativo da Abav Roraima, Ricardo Peixoto, da Transeme Turismo, falou ao Jornal PANROTAS. "Temos 16 novas agências prestes a entrarem na associação. Por ficarmos distantes dos principais centros econômicos, as coisas são complicadas, portanto temos focado em um processo de capacitação, que é um grande gancho para atrair novos associados. Para engajar e mostrar a importância da Abav, temos nos colocado ao lado dos agentes dando assistência jurídica em estrutura, documentação, formatação de produtos e preços. Nosso primeiro mandato foi voltado à reestruturação, em criação de uma sede, o que atingimos. Agora temos sede fixa e estamos trabalhando em sua consolidação." FEIRA DA ABAV: "Para Roraima, a última edição foi a melhor que já aconteceu, no sentido comercial, ela trouxe resultados claros que já estamos colhendo no Estado. Houve incremento no número de visitantes de setembro até aqui. As companhias aéreas estão trabalhando com cerca de 92% de ocupação." > Continua na pág. 08

Rondônia

Até o fechamento desta edição, não conseguimos contato com Maria Verônica de Araújo, eleita presidente da AbavRondônia.

Tocantins

Rodolfo Ferreira, da CVC Palmas Associados: 26 "Quase todas as agências de viagens de Tocantins são nossas associadas. Nosso foco agora é trazer as agências de receptivo, pois é onde podemos crescer. No último biênio nós rejuvenescemos a diretoria para trazer ideias novas, mudar um pouco. Seguiremos nesse ritmo e adicionaremos capacitação a isso, em prol da valorização da classe. A Abav Tocantins também quer mostrar que apenas juntos podemos fortalecer nosso trade e não adianta tentar agir cada um por si." FEIRA DA ABAV: "Foi uma feira excelente para nós. Levamos, praticamente, todas as nossas agências. A nossa entidade financiou a caravana e nos focamos em levar representantes de cada associada. Tivemos um número expressivo de participantes e todos deram um retorno satisfatório sobre o evento."


< Continuação da pág. 05

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Região Sudeste Espírito Santo

Teresina Stange, da Stange Turismo Associados: 100 "Após quase 20 anos, retorno, a pedidos de alguns associados, para resgatar a essência da antiga Abav. Nosso principal objetivo é reaproximar a entidade dos associados, através de ações de cooperação técnica, modernizando a função do agente de viagens. Para ampliar o quadro de sócios participantes, a nova gestão já está descentralizada da Presidência, com nomeações do conselho consultivo e de comissões específicas, visando resgatar antigos afiliados, atrair novos e desta união, trabalhar em conjunto para engrandecer o papel do agente de viagens. Desenvolveremos programas de qualificação,

Rio de Janeiro

Cristina Fritsch, da Carnaval Turismo Associados: 513 associados e 54 afiliados "É preciso aumentar os benefícios exclusivos aos associados e ampliar a comunicação entre as agências, a entidade e os fornecedores. Nossa proposta é investir em capacitação profissional. Nossa intenção é que a Abav-RJ seja a casa dos agentes de viagens. Queremos os associados próximos, participando da entidade e norteando os trabalhos desta nova gestão. Crise, para mim, é sinônimo de oportunidade. Ela nos obriga a buscar alternativas. Queremos mostrar ao associado como se reinventar e como buscar novas oportunidades." FEIRA DA ABAV: "Acredito que o resultado da última Abav foi positivo. A

visando atualizar os funcionários das associadas, e palestras e workshops, voltados para os diretores e gestores, ampliando o conhecimento de todos." FEIRA DA ABAV: "Acredito que a feira deva ser focada nos agentes de viagens e não para o público direto. Temos que fortalecer o agente como realizador dos produtos e serviços apresentados lá."

Minas Gerais

José Maurício de Miranda Gomes, da ABC Agência de Viagens e Turismo SA Associados: 245 "Devemos trabalhar o mercado como um todo e ver a Abav-MG com objetivos definidos de valorização do agente de viagens. Temos que fazer com que os nossos associados enxerguem novos horizontes, criando motivação para que eles permaneçam. Precisamos ter o associado mais presente nas atividades da entidade e trazer os fornecedores para dentro da Abav-MG, mostrando os benefícios exclusivos que a associação oferece." FEIRA DA ABAV: "Apesar de percebemos uma pequena redução na feira des-

feira continua sendo a melhor opção para os agentes de viagens buscarem capacitação e networking. Mas um ponto que poderia ser melhorado é o agendamento de reuniões entre os fornecedores e os agentes de viagens, isso possibilitaria a integração de empresas e profissionais do setor de turismo, gerando negócios para todos os participantes."

SÃO PAULO

Marcos Balsamão, da Alatur JTB Associados: 500 "Nós vamos fortalecer a marca Abav-SP enquanto referência de conhecimento e capacitação, com constante atualização e qualificação profissional e instrumentalização das agências de viagens associadas. Realizaremos ações para revigorar a entidade por meio da participação associativa. Somente a união de forças, aliada à efetiva participação de todos os interessados ampliará esse reconhecimento como diferencial competitivo. Conheço os diferentes elos do setor e sei que existem motivos de sobra para que todos eles contribuam com a valorização das agências de viagens associadas. É

te ano, o esforço da diretoria nacional alcançou seus objetivos. Tivemos recorde de inscrições de agentes de viagens e conseguimos provar que continuamos tendo a maior feira de turismo das Américas.Devemos buscar melhorias e inovações e ampliando e motivando as caravanas de outros estados."

preciso que as associadas saibam como agregar máxima agilidade, produtividade e precisão de informações; para proporcionarem sempre as opções mais adequadas às necessidades e disponibilidades dos clientes, que cada vez mais exigem a qualidade de serviços e o atendimento sob medida."

Região Sul Roberto Bacovis, da Rottero Viagens Programadas Ltda Associados: 150 "A proposta é ter uma atuação bem forte com a Associação Comercial do Paraná e fortalecer parceria com Sebrae na área digital. Muitas agências precisam de segurança digital e outras ferramentas tecnológicas para poderem ficar competitivas. Também vamos atuar na capacitação do agente de viagens e orientá-los com estratégias mais palpáveis. Nosso foco será na próxima edição do Salão Paranaense do Turismo (22ª), queremos efetivá-lo como o principal evento do trade do sul do Brasil." FEIRA DA ABAV: "Tivemos dois dias muito interessantes, quinta e a sexta. O networking continua sendo um dos pontos altos na feira, pois internet não é suficiente para manter esse contato entre agentes e fornecedores. Precisamos capacitar o agente pra que ele vá focado em fazer negócio e em se atualizar com seus fornecedores pessoalmente."

Santa Catarina

Eduardo Loch, Adetur Turismo Associados: 129 "O novo biênio da Abav Santa Catarina será focado, principalmente, em assistência jurídica às agências. Comissionamento, remuneração... enfim, um pagamento justo. É assim com agências de publicidade, que cobram pelo serviço, mas também ganham por di-

Foto: Kelly Knevels

Paraná

Rio Grande do Sul

João Augusto Machado, da Vera Machado Viagens e Turismo Associados: 138 "Meu objetivo principal é fazer as pessoas mudarem a concepção da Abav e verem a entidade como algo importante para o segmento. Tentarei modernizar a Abav com ideias novas. As agências antigas também precisam se renovar. Vamos mostrar que ninguém mais sobrevive apenas com venda de passagens. Temos que tornar as agências mais capacitadas e buscar fazer eventos exclusivos para os associados. O cenário irá estabilizar e logo vai voltar a ser o que era. Vai sobreviver o agente que tiver se capacitando e se preparando, e o papel da Abav será auxiliar nessa preparação." FEIRA DA ABAV: "A feira foi boa. Estamos com esse novo perfil de marcar reuniões e devemos continuar com essa tendência e aprimorar ainda mais esses encontros. Assim a feira será mais profissional."

reito cada vez que uma de suas propagandas é veiculada. Funciona dessa maneira em várias outras categorias profissionais, que batalharam pelos seus direitos. Sei que no momento as agências cobram pela prestação de serviço, mas definitivamente não temos o devido comissionamento. Essa será a melhor maneira de atrair novas agências e engajar ainda mais as já associadas. Precisamos resgatar a autoestima do empresário do turismo dentro de um conceito de mercado. FEIRA DA ABAV: A feira soube resistir ao período difícil deste ano. O evento tem uma credibilidade ímpar e se engrandece cada vez mais, mas precisamos que o governo tenha mais coragem de investir no evento."p



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Aviação

Divergências A DELTA AIR LINES ENCABEÇOU, JUNTO COM AMERICAN E UNITED AIRLINES, AS TRÊS MAIORES COMPANHIAS DOS ESTADOS UNIDOS, UMA VERDADEIRA guerra com as três grandes companhias do Golfo Pérsico: Emirates Airline, Etihad e Qatar Airways. As norte-americanas contestam o acordo de céus abertos e apontam um suposto benefício de US$ 42 bilhões em subsídios por parte dos governos árabes para atuarem no país. Em meio a esta concorrência, a Delta tem se destacado neste cenário turbulento. Na quarta-feira (28), a empresa anunciou o encerramento da rota Atlanta-Dubai para fevereiro de 2016. O motivo para tal atitude se traduz no excesso de capacidade de voos para o Oriente Médio e a posterior redução de oferta no serviço. Com 14 voos diários e mais de 11 mil assentos disponíveis diariamente para Dubai, Doha e Abu Dhabi, a Delta atesta que apenas 5% dessas saídas são operadas por empresas norte-americanas, enquanto as árabes dominam a conexão entre as regiões. Em contrapartida, a Emirates quebrou o silêncio dias depois e discorreu sobre tal situação. Por meio de um comunicado, a

A companhia bate de frente com o governo americano e as empresas do Golfo Pérsico

transportadora contradiz a Delta e a classifica como “vítima” que teme o crescimento do Oriente Médio. O discurso aponta que a norte-americana possui o monopólio de Atlanta-Dubai, podendo carregar o tráfego aéreo projetado por transportadoras não norte-americanas e aproveitar de altos índices de ocupação e receita. Para a companhia árabe, a decisão da Delta é meramente política a fim de reimplementarem suas aeronaves em outras rotas transatlânticas

para obterem mais lucro. Diante de toda situação, a Delta passou por mais um momento incômodo. Após solicitar a saída da aliança Airlines for America (A4A), no último 29 de outubro, em um período de seis meses, por discordar da política da associação frente às árabes e da proposta de privatização do controle aéreo, a resposta foi rápida. A entidade anunciou a remoção imediata da empresa do grupo norte-americano. 

PAN N o t a s Novo destino Desde de o inicio de novembro, Azul Linhas Aéreas passou a oferecer dois voos semanais, sem escalas, entre o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte e o Aeroporto Horácio de Mattos, situado em Lençóis (Chapada Diamantina/BA). Os voos são operados pelas aeronaves ATR 72-600, de 70 assentos, que decolam às quintas-feiras e aos domingos.

Causa nobre Dois aviões A380 da Emirates Airline receberam pintura especial em protesto às ações ilegais que envolvem animais selvagens. Com o apoio da United for Wildlife, organização global que une forças mundiais em prol da vida selvagem, os jatos apresentam espécies ameaçadas pela caça e comércio irregular, como gorilas, rinocerontes, leões e elefantes. O intuito da companhia aérea é alertar os consumidores e comunicar a necessidade de uma atitude urgente.

Codeshare A Air Europa e a Alitalia anunciaram a ampliação no acordo de codeshare. As aéreas oferecem agora voos compartilhados nos destinos operados tanto na Espanha quanto na Itália e em seis cidades internacionais. As facilidades incluem aquisição de um bilhete único, acesso a salas vip e acúmulo de milhas para resgate em passagens.


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Mercado

Sorria, deu lucro ENQUANTO AS COMPANHIAS AÉREAS NACIONAIS SE PREPARAM PARA MAIS UM ANO DE prejuízos, outras empresas ligadas a elas são apenas sorriso. A Smiles divulgou seu resultado trimestral com recorde histórico em todos os princi-

SMILES 3T15 ll

Faturamento cresce 45,3% em relação ao mesmo período em 2014, atingindo R$ 445,8 milhões;

ll A receita líquida atinge o valor de R$ 349,1 milhões, representando um crescimento de 55,9% em relação ao mesmo período no ano anterior; ll O acúmulo de milhas (exceto Gol) é de 11,6 bilhões, 24,4% maior em relação a 2014; ll O resgate de milhas

fechou em 10,8 bilhões, 8,9% maior em relação ao mesmo período em 2014;

ll Lucro

líquido de R$ 98,6 milhões no terceiro trimestre, com crescimento de 65,3% em relação ao mesmo período de 2014;

ll

Lucro operacional de R$ 122,7 milhões no terceiro trimestre, 79,7% superior ao mesmo período do ano passado;

ll Lançamento da par-

ceria com a Royal Caribbean, tornando-se o primeiro programa de fidelidade brasileiro a oferecer cruzeiros marítimos;

ll Início do acúmulo e resgate de passagens da Korean Air. p

pais indicadores operacionais. O lucro líquido foi de R$ 98,6 milhões no terceiro trimestre, 65,3% superior ao mesmo período no ano passado. Segundo a companhia, o resultado foi impulsionado principalmente pelo crescimento de 79,7% do lucro

operacional. O desempenho é ainda reflexo do crescimento anual de milhas acumuladas em 15,6%, explicado pelo incremento de 24,4% no acúmulo de parceiros (com exceção da Gol) e da receita de Smiles & Money, 62,8% maior, representando mais um tri-

mestre de ganho de market share. Em setembro, as ações da Smiles passaram a fazer parte do Ibrx-50, índice composto pelas 50 ações de maior negociabilidade da Bovespa e ponderadas na carteira pelo seu valor de mercado.p


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Destinos

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> Henrique Santiago

De olho na tela

Pelo menos uma vez por ano ela é assunto. É papo para discutir em casa, com amigos e até mesmo na mesa de bar com estranhos. Ela eleva o Ibope a níveis estratosféricos e para o Brasil em frente à televisão para saber os pormenores e o desfecho de uma trama. Sim, a novela. O programa favorito do telespectador. Mas o que a Austrália tem a ver com a teledramaturgia brasileira? O Jornal PANROTAS traz a resposta em entrevista exclusiva com as executivas do Tourism Australia, a vice-presidente para as Américas, Jane Whitehead, e a gerente de Comunicação de Marketing para as Américas, Kristen Malaby. Após visitas ao Brasil, Jane e Kristen, como todos representantes de órgãos de turismo, discutiram com representantes de operadoras como aumentar o número de visitantes brasileiros na Austrália. A resposta foi unânime: participar de uma novela. Desde novembro de 2014, o Tourism Australia, representado no País pela Interamerican Network, negociou com a TV Glo-

bo para ser cenário de um folhetim. “Sabemos da popularidade da Globo no Brasil e afirmamos nosso interesse em trazer a telenovela para o país. E a vontade foi recíproca. Eles estavam à procura de um destino para um enredo que oferecesse praias e vida urbana. Isso encaixou muito bem, pois nós, definitivamente, temos os dois”, disse Jane.

NÍVEL GLOBAL

E as conversas deram mais do que certo. A Austrália é o cenário de Totalmente Demais, a mais nova produção global das 19h, que estreou ontem (9). Ao longo de duas semanas de agosto, a equipe da Globo, incluindo os atores Juliana Paes, Fábio Assunção, Humberto Martins, Viviane Pasmanter, e Marat Descartes, gravaram cenas em Sidney e Whitsundays (Queensland) que farão parte de quatro capítulos exibidos até a sexta-feira (13). A trama se desenrola com a personagem Carolina Castilho, vivida por Juliana Paes, editora da revista Totalmente Demais. Ela está à procura de destinos

Jane Whitehead e Kristen Malaby

quentes para promover um ensaio de moda em seu magazine. E aí surge a Austrália, como pano de fundo ideal para encantar a ficção e a realidade. Para este projeto, o Tourism Australia investiu cerca um milhão de dólares (ou R$ 4 milhões). “É o nosso maior investimento de todos os tempos em

promoção no Brasil”, pontuou Jane. De acordo com ela, a parceria com o canal brasileiro vai se estender além das praias e dos prédios mostrados aos noveleiros brasileiros. “Antes mesmo de iniciar a novela, a Globo produziu teasers e filmagens que foram publicadas em seu site. Ao


13 longo de um mês, vamos promover a Austrália por meio de uma campanha digital na Globo.com para encorajá-los a visitar a nossa página e conhecer nosso conteúdo”, afirmou a executiva.

DAQUI A CINCO ANOS Com tamanha exposição no horário nobre, a Austrália conduz um plano de expansão grandioso para 2020. De agosto de 2014 até agosto deste ano, o país recebeu um total de 46,5 mil visitantes que injetaram 3,22 milhões de dólares australianos neste período. Em tempos de baixa procura no internacional, o país oceânico cresce em média 13%. “Estamos cientes dos desafios econômicos do País. Para nós, este forte crescimento se deve ao nosso foco em mercados específicos: brasileiros afluentes que ainda gostam de viajar e querem qualidade e experiências de luxo. É possível encerrar o ano com crescimento acima dos 13%”, disse Jane. A fim de voltar ainda mais os olhos do brasileiro para o destino, o Tourism Australia irá lançar no ano que vem um novo passo em sua campanha There’s Nothing Like Australia (Não há nada como a Austrália, em tradução literal). A ação será focada em experiências marinhas e na natureza para destacar as belezas do país. E as filmagens de Totalmente Demais neste cenário casaram bem com a proposta. “Pode ser uma experiência de praia urbana, com lojas e cafés ou nas águas naturais, que mais parecem uma piscina, ou na grande barreira de corais. É muito melhor contar a história do que se pode fazer na água ou em sua superfície para dar às pessoas mais razões para ir. Os brasileiros gostam do estilo de vida, mas querem algo diferente”, disse Kristen.

LIGADO NA TELA À parte da divulgação nos canais do conglomerado carioca, o órgão promoverá uma extensa campanha on-line em seus canais (Facebook, Twitter, Instagram e Youtube) com o público brasileiro. “Queremos que o público assista à novela e divida suas experiências favoritas na Austrália”, comentou Kristen. O país, aliás, é um dos queridinhos dos viajan-

tes-internautas, que seguem fielmente as publicações diárias. O perfil no Facebook, por exemplo, tem mais de 6,5 milhões de curtidas e a conta no Instagram ultrapassa 1,9 milhões de seguidores. Tanto sucesso na web se deve a uma palavra: proximidade. “Temos um time pequeno, porém excelente. São três pessoas na Austrália que recebem suporte de nossa equipe ao redor do mundo. As fotos e vídeos postados são, na maioria, de turistas que visitam a Austrália. Nós oferecemos esta plataforma para que eles celebrem o que amam sobre a Austrália. Temos um forte engajamento com curtidas, compartilhamentos e comentários”, disse Jane. Cada vez mais focados no mercado de luxo, o órgão se prepara para um ano de 2016 totalmente demais. O programa de treinamento de agente de viagens Aussie Specialist Program

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Kristen e Jane, executivas do Tourism Australia

terá novo conteúdo, itinerários e mapas interativos. Além disso, São Paulo e Rio de Janeiro receberão roadshow de 25 a 29 de janeiro para o trade se atualizar

com o que há de mais quente na terra do canguru. Com esses passos, a Austrália quer ser líder na preferência dos viajantes brasileiros. p


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Operadoras

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> Danilo Alves

Aumentou a prateleira Com o objetivo de se adaptar à crise econômica que assola o País e à alta do dólar, a E-HTL quer potencializar cada vez mais o segmento de lazer. Para isso, a operadora lançou, na semana passada, uma campanha comercial apresentando sua nova identidade visual para o segmento. Com um portfólio com mais de dois mil hotéis nacionais e 150 mil internacionais, a E-HTL já conta com um departamento comercial destinado ao lazer, mas pretende investir ainda mais com o lançamento de uma página exclusiva, que estará disponível até o final do ano no Portal de Vendas. “A equipe que já atende o nosso corporativo também será responsável pelo atendimento do lazer. Não vamos criar outro departamento ou abrir uma outra empresa. O que estamos fazendo é aumentando os produtos da nossa prateleira para os agentes de viagens”, garantiu o diretor geral da operadora, Flávio Louro. Hoje, o lazer corresponde a apenas 5% do faturamento da E-HTL, que sempre teve o seu negócio focado em corporativo. “É preciso encontrar alternativas para equilibrar as contas em um cenário adverso como esse que estamos vivendo. Vamos incentivar ainda mais viagens a lazer, por meio de resorts e hotéis de praia, por exemplo”, disse. Segundo ele, o investimento no lazer começa agora, mas os resultados deverão aparecer apenas em 2016. “Estamos plantando uma sementinha agora para chegar no próximo ano com melhores resultados. Minha pretensão é que o lazer responda por 20% do nosso faturamento em doze meses”, afirmou. Mas para que a meta seja batida, o diretor pede que os preços do nacional sejam mais coerentes, sem aumentos excessivos de tarifas. “A hotelaria precisa ser inteligente nesse momento, assim como as companhias aéreas. Não adianta cobrar mais caro ou tentar recuperar o tempo perdido. É preciso dar oportunidades para que os brasileiros viajem não só na alta, mas em todas as temporadas. É a hora de trazer e manter o cliente para o mercado nacional”, concluiu.

NOVO PORTAL

Em entrevista ao Jornal PANROTAS, Louro também revelou que tem recebido um feedback positivo em relação ao novo site da E-HTL, lançado no final de outubro. “A nova fer-

ramenta incrementou ainda mais a concorrência do setor com tarifas competitivas para a distribuição de hotéis nacionais e internacionais”, revelou. O grande diferencial da plataforma, de acordo com o diretor, é o serviço de locação de carros nacional e internacional, onde é possível consultar tarifas e o diretório atualizado de lojas, reservar e liberar vouchers, verificar preços de serviços e opcional e alterar reservas direto pelo site, tudo com disponibilidade em tempo real.p


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Pa rq u es t em át ico s

Inspirado em filmes O novo parque da Fox terá atrações para adultos e crianças

Dubai foi o destino escolhido para abrigar um complexo da Fox, que contará com parque temático e resort. Chamado de 20th Century Fox World Dubai, o projeto, assim como a cidade que o abrigará, é ambicioso e de grandes proporções. A construção será feita pelo Al Ahli Holding Group (AAHG), que permitirá o desenvolvimento de mais três resorts da marca Fox em regiões fora de Dubai. Com propostas de ser uma destino de entretenimento imersivo, que compreende áreas temáticas, atrações e outlets, o parque da Fox terá atrações inspiradas em filmes e séries de TV, como A Era do Gelo, Rio, Planeta dos Macacos, Alien, Predador, Uma Noite no Museu, Titanic, Os Simpsons e Sons of Anarchy. Como as atrações sugerem, o parque terá diversão tanto para adultos quanto para crianças. O acordo com a AAHG permitirá a criação de uma rua temática com lojas e restaurantes e um resort com cerca de 200 quartos, devidamente decorados com personagens da marca. A abertura do parque e do resort está prevista para 2018. Os detalhes adicionais, como design e produção de serviços, estão sob os cuidados da Rethink Leisure & Entertainment. Além deste projeto, a Fox abrirá um parque na Malásia em 2017. “O 20th Century Fox World Dubai marca um importante passo para nossa estratégia global de parques temáticos. Este será um destino de classe mundial que vai impulsionar Dubai para o turismo global, disse o presidente da Twentieth Century Fox Consumer Products, Jeffrey Godsick.p


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Cartões de assistência

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> Danilo Alves

Mirando a liderança A Assist Card abriu na última semana de outubro a sua primeira loja butique no Brasil. O espaço, localizado na avenida Paulista, um dos principais centros financeiros do País, possui 445 metros quadrados e conta até com uma sala exclusiva para o atendimento de agentes de viagens e operadores de turismo. Segundo o gerente nacional da Assist Card Brasil, Daniel Prieto, o investimento da novidade é de R$ 3 milhões. “É uma loja diferente, moderna e conceitual. Aqui será o ponto de encontro dos nossos clientes internos, externos, fornecedores e parceiros estratégicos. Vale ressaltar que estamos localizados em um ponto turístico de São Paulo e isso contribui bastante para a exposição da nossa marca.” A CEO global da Assist Card, Alexia Keglevich, que conferiu de perto a inauguração da loja, classificou o momento como um claro exemplo de investimento da empresa no mercado brasileiro. “O Brasil é o segundo maior mercado para a companhia na região, atrás de Argentina e México, que estão empatados na liderança. Os

A CEO global da Assist Card, Alexia Keglevich, e o gerente nacional da empresa no Brasil, Daniel Prieto

resultados aqui são positivos, crescemos dois dígitos por ano há mais de uma década”, explicou. O mais recente deles é o de 2015. Mesmo faltando pouco menos de dois meses para o fim do ano, a empresa já está em clima de comemoração. Segundo os executivos, o crescimento é 35% no faturamento. “Mesmo em crise, o Brasil ainda é uma região

de grandes oportunidades para nós. Esperamos que em dois anos o País desbanque Argentina e México e assuma a liderança na América Latina”, explicou Prieto. A loja butique da Assist Card é um conceito que já existe nos principais países em que a empresa atua, incluindo Ásia e América Latina. No Brasil, a loja funcionará de segunda a

sexta-feira, das 9h às 19h. Durante a inauguração, a equipe da empresa também apresentou os produtos que contemplam novos limites de cobertura para assistência médica por acidente ou enfermidade em produtos nacionais e internacionais. Para os produtos internacionais, foram lançados também novos limites para préexistência. “Todos eles fazem parte da linha Revolution e chegam em um momento de transição do mercado de seguro e assistência, que terá uma nova regulamentação [Susep] a partir de março do ano que vem”, disse Prieto.

META De VENDAS

Agentes de viagens e operadores turísticos são os principais parceiros da Assist Card no Brasil. Juntos, eles correspondem a pouco mais de 50% das vendas da companhia. O restante fica dividido entre os canais direto e corporativo. “A Assist Card se estabeleceu no País em 1978. Desde que chegou aqui, mantém e trabalha em melhorias para estreitar o relacionamento com o trade”, garantiu o gerente nacional. O mais recente investimento nesse sentido é a série de capacitações para profissionais. “Nossa equipe tem visitado as agências e operadoras para treinar os profissionais e mostrar os benefícios que uma assistência pode trazer ao viajante, além de sanar o que ainda resta de dúvida sobre as novas normas da Susep”, exemplificou Daniel Prieto. “Uma crise social, política ou econômica deve ser encarada como um momento de oportunidades. Pensando assim, a Assist Card reforça seu posicionamento em ser parceira do trade, lança novos produtos e uma loja dessa magnitude. A América Latina, em geral, está acostumada com crises. A notícia boa é que todas elas começam e terminam, e essa não será diferente”, finalizou Alexia.p


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Destinos

Visto por 7 dólares O consulado canadense forneceu mais informações sobre a aguardada autorização eletrônica de viagem para estrangeiros, o Eta, que, de acordo com informações prévias, será aplicada também aos brasileiros. O sistema já tem, inclusive, data marcada para entrar em vigor de forma obrigatória: 15 de março. Na prática, o novo processo isenta visitantes de determinadas nacionalidades de solicitarem o visto para o país por vias tradicionais, indicando maior pré-disposição do governo local em receber mais visitantes ao redor do globo. Esses visitantes préselecionados fariam tudo eletronicamente. A facilidade é válida para viajantes que utilizam a via aérea para chegar ao Canadá e pode ser solicitada on-line a partir de agora, de forma voluntária de registro. O documento custa sete dólares canadenses e é válido por cinco anos ou até terminar a validade do passaporte, o que ocorrer primeiro. Ainda não há uma data confirmada para a implementação da Eta em escala global, mas Brasil, Bulgária, México e Romênia já foram citados como primeiros países que farão parte da expansão do sistema. Quando autorizado – após a implementação em países que atualmente já estão isentos do visto para o Canadá –, os consumidores brasileiros que já tiveram visto canadense nos últimos dez anos ou que possuem visto norte-americano válido poderão entrar no país usando apenas o visto eletrônico, o Eta. Caso o requerente não se encaixe em um desses casos, a solicitação do visto segue como obrigatória, com direito a ida pessoal em um consulado ou em um Centro de Solicitação de Vistos (CSV). Vale destacar que os viajantes elegíveis à Eta serão ain-

da pré-avaliados, a fim de identificar e prevenir a chegada ao Canadá daqueles indivíduos conhecidos por serem inadmissíveis. O Consulado do Canadá informa, ainda, que os viajantes brasileiros possuem processo “simplificado por meio

de programas especiais de facilitação de viagem”. Independentemente do objetivo da visita, os solicitantes podem fazer pedidos de visto on-line, e assim não precisam abrir mão de seu passaporte, a não ser no final do processo. Podem também fazer o pedido de visto

em papel, utilizando os serviços de um dos três Centros de Solicitação de Visto, localizados em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Os espaços recebem pedidos de vistos de visitantes e ajudam a garantir que o pedido esteja completo, reduzindo eventuais atrasos. p


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Operadoras

Azul e Braztoa em guerra

A presidente da Braztoa, Magda Nassar

O presidente da Azul, Antonoaldo Alves

Monica Samia, CEO da Braztoa

A Azul Linhas Aéreas está passando por um momento delicado. A companhia aérea de David Neeleman foi acusada de práticas anticompetitivas. De acordo com a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), representando mais de 90 associados e 73 operadoras, a aérea estaria oferecendo tarifas exclusivas, até 30% mais baixas, à sua operadora, Azul Viagens. De acordo com as denúncias, a Azul se valeria da condição de concessionária de serviços públicos de transporte aéreo de passageiros para praticar discriminação tarifária em face dos operadores turísticos que concorrem com a Azul Viagens. Argumenta-se que a empresa reserva tarifas menores para si própria enquanto negocia valores mais elevados com os concorrentes, tornando os pacotes turísticos da Azul Viagens até 30% mais baratos do que os demais. A primeira a denunciar o possível favorecimento foi a CVC. Segundo Valter Patriani, houve uma reunião pessoal com Neeleman, que teria negado o favorecimento. A presidente da Braztoa, Magda Nassar, afirmou que outras operadoras procuraram individualmente a diretoria da Azul, mas que as respostas eram quase as mesmas. "Todas operadoras têm acesso às tarifas".


19 A Braztoa e suas associadas reuniram provas que convenceram o Cade e a Anac a interpelar a Azul. Antes disso, segundo a Braztoa, a entidade tentou uma reunião com a aérea, e o pedido foi ignorado. Na sequência, enviou notificação extrajudicial. Como a empresa aérea não se sensibilizou, a saída recomendada por advogados foi enviar a solicitação de investigação aos órgãos competentes. No último 28 de outubro, houve uma audiência pública para apurar os fatos. Realizada pela Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados, a sessão não contou com a presença de responsáveis da Azul. A empresa optou por não comparecer ao ato, causando, segundo a Braztoa, "muita estranheza à Comissão da Câmara, já que a audiência de 13 de outubro havia sido reagendada para o dia 28, a pedido da própria Azul". A companhia preferiu enviar uma carta à comissão, na qual afirmou que discutir os fatos representaria “uma violação de seu direito ao contraditório”. Acrescentou ainda que as instâncias “adequadas” para examinar o conteúdo das denúncias seriam exclusivamente o Cade e a Anac, e não a comissão parlamentar, o que feriu o brio dos deputados federais. Vale destacar que as duas entidades citadas receberam o manifesto da Braztoa, bem como o Ministério do Turismo, mas o processo seguiu via Câmara dos Deputados. Em um dos trechos da carta, a empresa afirma que “o crescimento e sucesso incontestáveis da Azul têm incomodado alguns líderes do mercado de Turismo e queremos aqui deixar registrada nossa indignação contra as atitudes da Braztoa, que tenta através de 'denúncias', totalmente infundadas, denegrir a imagem da Azul, com o intuito de alcançar interesses comerciais de algumas de suas associadas. Não deixaremos que tais interesses acabem com nosso trabalho sério e dentro da mais estrita legalidade, sendo que a Azul se manifestará somente nos órgãos adequados".

ISONOMIA TARIFÁRIA Para os representantes da Braztoa, é fundamental que haja isonomia tarifária no mercado de forma a permitir

que mais operadores tenham acesso a passagens mais baratas, aumentando a oferta de pacotes turísticos a preços acessíveis em benefício do consumidor. Em sua exposição, a entidade destacou ainda a necessidade de regularização da atuação da Azul, que exerce tanto as atividades objeto da concessão quanto de operadora e agência de turismo no âmbito da mesma pessoa jurídica, em violação à Lei 12.597/2014. "Ninguém no mercado tem o mesmo preço. Há empresas com negociações melhores ou piores com fornecedores, mas em nenhum caso há concorrência desleal ou chega a esse nível de diferença tarifária", explica Magda que, ao lado da CEO, Monica Samia, toca o caso com idas a Brasília para reuniões

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com o Cade e a Anac. Para o presidente da Azul, Antonoaldo Alves tais queixas da entidade não passam de pressão a uma empresa em crescimento. "A Azul Viagens é uma operadora pequena, está apenas começando. A gente trabalha duro para competir com o mercado. Esta é a mesma pressão que a companhia passou quando começou a operar no Brasil e a vender mais barato", desabafou Alves. A Braztoa entende que as empresas aéreas tenham suas operadoras, casos da Lan, Tam, British Airways, Copa Airlines, entre outras, mas pede uma isonomia de condições para que todos possam vender os produtos de uma concessionária pública, que não pode,

segundo a Braztoa, colocar barreiras de venda a um grupo, privilegiando uma subsidiária sua. Magda Nassar reitera que a intenção da Braztoa é vender Azul, no nacional e no internacional. Inclusive alguns operadores já estudam formas de vender Orlando com a Azul, depois do cancelamento do voo de Guarulhos, que estava previsto para o final do ano. E a entidade teme também que a prática se estenda à Tap ou outra empresa que a Azul ou David Neeleman venham a comprar. "Esperamos uma solução amigável, afinal a cadeia produtiva do turismo tem uma força de vendas que tem de servir para todas as classes e momentos", finalizou a presidente da Braztoa.p


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Viage n s c o rp o rat iva s

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> Artur Andrade e Danilo Alves

Crescimento contínuo AS VENDAS DAS AGÊNCIAS ASSOCIADAS À ABRACORP CRESCERAM 16,5% NO TERCEIRO TRIMESTRE DE 2015, SE COMPARADO com o mesmo período do ano passado, atingindo R$ 3,8 bilhões contra R$ 3,2 bilhões de 2014. Os maiores incrementos estão ligados aos segmentos de transfers (+75,8%), hotelaria internacional (+32,6%) e aéreo internacional (+32%). Os segmentos que registraram redução foram locação internacional, com –15,9%, locação nacional, com –13,7%, e hotelaria nacional, com queda de 7,2%. “O resultado demonstra um quadro contínuo de crescimento do segmento corporativo. Acreditamos que o desempenho das TMCs (Travel Management Company, em tradução: gerenciamento de viagens corporativas) é resultado dos esforços concretos dos investimentos das agências em implementação Edmar Bull, presidente da Abracorp

SEGMENTO

de tecnologias e sua correta utilização aliada à agilidade na tomada de decisões, fator imprescindível para garantir uma performance positiva diante do atual cenário que enfrentamos”, afirma o presidente do Conselho de Administração da Abracorp, Edmar Bull. “Com os resultados do terceiro trimestre, a expectativa de fecharmos 2015 com um crescimento em relação ao ano anterior torna-se mais concreta”, complementa. A composição dos R$ 3,8 bilhões compreende o total das receitas obtidas em âmbito nacional com a venda de passagens aéreas para voos domésticos (41,3%) e internacionais (31,95%); hotelaria nacional (15,2%); serviços diversos (5,9%), como eventos, cruzeiros, assistência viagem, entre outros; hotelaria internacional (2,9%), locação nacional (1,1%) e internacional (0,3%) e, ainda, com transfers (0,2%).

Resumo geral de vendas Abracorp: 3º trimestre 2015 2014

2015

VAR%

1.332.845.819

1.571.745.362

17,92%

Aéreo internacional

917.767.418

1.211.491.891

32,00%

Hotelaria nacional

623.031.919

577.624.017

-7,29%

Hotelaria internacional

82.189.362

109.017.528

32,64%

Locação nacional

49.295.249

42.503.679

-13,78%

Locação internacional

12.414.402

10.430.585

-15,98%

Transfers

3.499.835

6.153.115

75,81%

Outros serviços nacional

197,248,747

224.795.445

13,9%

Outros serviços intl

43.834.313

47.781.394

9,00%

3.262.127.064

3.801.543.016

16,54%

Aéreo doméstico

TOTAL

Fonte: Abracorp


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AÉREO DOMÉSTICO – MARKET SHARE (BILHETES E VENDAS) A Tam liderou as vendas do mercado doméstico no terceiro trimestre de 2015. A companhia vendeu R$ 518 milhões, contra R$ 477 milhões da Gol, R$

390,2 milhões da Azul e R$ 163,9 milhões da Avianca. Os resultados representam 33%, 30,4%, 24,8% e 10,4% de participação, respectivamente. No total, a

BILHETES AÉREOS 31,2% Tam

venda de passagens aéreas contabilizou R$ 1,57 bilhão de julho a setembro de 2015, um crescimento de 17,9% se comparado com 2014 (R$ 1,33 bilhão).

VENDAS DE AÉREO DOMÉSTICO

1,6% outros

33% Tam

11,9% Avianca

1,4% outros 10,4% Avianca

23% Azul

32,2% Gol

24,8% Azul

30,4% Gol

Fonte: Abracorp


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15,1% Tam

AÉREO INTERNACIONAL (MARKET-SHARE)

Os dados da Abracorp do terceiro trimestre do ano (julho a setembro) mostraram que as vendas de passagens aéreas internacionais totalizaram R$ 1,2 bilhão, um aumento de 32% sobre o mesmo período de 2014, gerado pela desvalorização do real. Todos os relatórios de vendas mostram que houve queda em dólares, como o Boss e o Smash, baseados em dados da Iata. Em 1º de julho do ano passado a moeda americana valia R$ 2,2. Em 30 de setembro do mesmo ano R$ 2,4. Contra R$ 3,1 e R$ 3,9 este ano, respectivamente.

29,3% Demais

9,1% Air France/KLM

3,7% Copa 5,3% Delta

HOTELARIA NACIONAL (VENDAS)

As associadas Abracorp registraram no terceiro trimestre de 2015 uma queda de 7,3% nas vendas de hotelaria nacional. Os maiores declínios foram da rede Transamérica, que vendeu –27,8% que o mesmo período de 2014, seguido da rede Atlantica e dos hotéis independentes, que tiveram uma redução de 15,4%. Na contramão dos resultados, as vendas realizadas por meio de brokers saltaram de R$ 12,6 milhões, no ano passado, para R$ 19,1 milhões. As redes Intercity e Bourbour também cresceram 13,4% e 22,7%, respectivamente.

11,5% American

5,3% Tap

5,7% United

2,4% Intercity

8,6% Lufthansa/Swiss

6,5% British/Iberia

Fonte: Abracorp

1,7% Mélia Hotels 1,6% Bourbon 1,3% Transamerica

2,4% BHG/Solare 2,6% Blue Tree 3% Windsor 3,3% Brokers

8,1% Atlantica

11,6% Accor 24,9% Outras redes

37,2% Independentes

Fonte: Abracorp

SAÍDA A REXTUR ADVANCE ANUNCIOU SUA SAÍDA DO QUADRO DE ASSOCIADOS DA ABRACORP. SEGUNDO O PRESIDENTE EXECUTIVO DA

empresa, Marcelo Sanovicz, trata-se de uma decisão natural motivada pela segmentação do mercado. "Admirado por sua incomparável lista de serviços prestados em favor do desenvolvimento do setor de viagens e turismo no Brasil, Goiaci Guimarães permanecerá como membro vitalício no Conselho Consultivo, convidado a participar de todas as reuniões mensais realizadas pelo Conselho de Administração da entidade", afirmou o presidente da Abracorp, Edmar Bull. "A Rextur Advance é co-fundadora da Air Tkt, associação que fortalece a organização setorial em benefício da rede de agenciamento, operação e consolidação de viagens como um todo", explicou Guimarães. A empresa passa a se dedicar somente à Air Tkt. 


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Mercado

A venda direta

A Hsmai Brasil, associação que reúne profissionais da indústria de hospitalidade, realizou, no Rio Othon Palace, no Rio de Janeiro, um debate sobre a importância da venda direta para um hotel. O evento contou com as apresentações da diretora de Hotéis da Decolar.com, Greetje de Haan, e de Augusto Rocha, da PMWeb. Ambos participaram de um painel que contou ainda com a diretora de Vendas do Sheraton Rio, Ana Nery, e com Paulo Mendes, diretor da TravelClick. “Viajantes preferem reservar de forma direta. Uma pesquisa feita com norte-americanos revelou que 75% dos entrevistados reservam hotéis de forma direta para viagens de até 120 quilômetros de distância. Reserva direta é fonte de lucro”, afirmou Augusto Rocha. Uma das maiores redes hoteleiras do mundo, a Starwood se beneficia desta prática. Com um sistema de reservas próprio e eficiente, clientes da rede podem, em poucos cliques, fazer sua reserva através do site. “No Sheraton Rio 65% das reservas são feitas de forma direta. Contamos com um programa de benefícios para os hóspedes e temos por trás um nome muito forte”, afirmou Ana Nery. Maior OTA da América Latina, a Decolar.com também é uma das pioneiras em agências de viagens on-line e detém uma grande fatia de clientes no País. Segundo a diretora da empresa Greetje de Haan, aumentou consideravelmente a busca por hotéis na internet e o grande desafio é transformar a pesquisa em vendas. Segundo ela é preciso diferenciar, interagir e personalizar cada cliente. Já Augusto Rocha defende que cada hóspede é diferente e precisa ser tratado de forma diferente. “Em Las Vegas os hotéis buscam em casa, com jatinhos, aqueles clientes superespeciais, que gastam fortunas em cassinos. Esse cliente que gasta mais precisa sim ser tratado de forma diferenciada”, afirmou.

OTAs

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Entre as formas de fazer reserva diretamente em hotéis há opções por telefone ou

e-mail, canal de reserva pela internet, geralmente para hotéis de rede, ou pelas OTAs. Para a diretora da Decolar.com, Greetje de Haan, “as OTAs existem e não vão desaparecer, assim como as agências de viagens e é preciso que a cadeia trabalhe de forma conjunta”. Augusto Rocha lembrou que o cliente é do hotel e não da OTA. “Se você acredita nisso, invista em venda direta. A OTA é um canal de venda, mas quem fideliza são vocês, afirmou para uma plateia formada em sua grande maioria por executivos de redes hoteleiras do Rio.p

Augusto Rocha (PMWeb), Ana Nery (Sheraton Rio), Tomás Ramos (Othon), Gabriela Otto (Hsmai), Greetje de Haan (Decolar.com) e Paulo Mendes (TravelClick)


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Aviação

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> Diego Verticchio

Nova na área

DURANTE MUITOS ANOS A TRIP LINHAS AÉREAS TEVE UM PAPEL FUNDAMENTAL EM LIGAR O INTERIOR DO BRASIL PELO AR. A PARTIR DA FUSÃO COM A AZUL e início das operações para grandes centros, as cidades afastadas das capitais ficaram “órfãs” de uma ligação aérea. Pensando neste nicho, o empresário Pedro Paulo Pedrosa criou a Flyways, nova companhia aérea regular a operar no País. A empresa nasceu em 2014 e desde então vem tentando obter todas as licenças necessárias para conseguir iniciar a operação. A quinta, e última, licença teve parecer favorável pela Anac e sua publicação no Diário Oficial deve acontecer nos próximos dias. Com isso, a empresa está oficialmente liberada para voar e seu primeiro voo deve acontecer ainda em novembro. Com o COA (Certificado de Operação Aérea) em mãos, a Flyways pedirá ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) os horários para ope-

Q UEM É Q UEM

rar (slots). No cenário ideal, a empresa pretende ter uma frequência diária Galeão – Pampulha na parte da manhã e Pampulha – Galeão no início da noite; duas frequências por dia ligando Pampulha a Ipatinga (manhã/tarde); e três voos por dia de Pampulha para Uberaba (manhã/tarde). Investir no interior tendo o Rio e Pampulha como hubs é a estratégia da empresa, que pretende incluir, muito em breve, cidades ligadas ao petróleo, como Campos (RJ), Vitória e interior da Bahia. Por conta de um protocolo de intenções assinado com o governo de Minas Gerais, esta fase inicial será dedicada a explorar o interior mineiro. No radar, além de Ipatinga e Uberaba, estão Poços de Caldas, Montes Claros, Juiz de Fora, Diamantina, Go-

vernador Valadares e Varginha, entre outras. Em contrapartida, o governo mineiro reduziu o ICMS da aérea.

PRÓXIMO DO TRADE Contando com profissionais com larga experiência, alguns com mais de 30 anos de aviação, a Flyways sabe da necessidade de estar mais perto do trade e já há um plano de ação junto aos agentes de viagens, operadores e consolidadores. A diretora comercial, Eliane Galarce, confirmou que pretende trabalhar com todas as empresas de consolidação do País. “Já temos uma reunião agendada em São Paulo com a RexturAdvance e pretendemos trabalhar com todas as consolidadoras”, resumiu Eliane.

Outra ação já planejada é o boca a boca visitando agências de viagens. Eliane já tem mapeada as principais agências e assim que o Decea liberar os slots e as vendas de bilhetes forem abertas, ela e sua equipe irão visitar as principais agências e operadoras de viagens do Brasil. Em entrevista ao Jornal PANROTAS, Eliane Galarce confirmou que a Flyways irá operar com tarifas abaixo da concorrência. Durante o estudo feito no início do ano, o preço sugerido na rota Galeão — Pampulha era US$ 100,00. Com aumento da moeda norte-americana e, consequentemente, o aumento de alguns encargos, este valor deve sofrer alterações. “Teremos uma política tarifária abaixo do que está sendo praticada. Trabalharemos com diversos tipos de tarifa”, explicou a diretora. Atualmente a empresa conta com dois aviões ATR. Até janeiro mais um será incorporado à frota e até julho de 2016 a empresa terá um total de seis aeronaves.

Liderada pelo presidente Pedro Paulo Pedrosa, a nova aérea a operar no País já conta com mais de 60 funcionários e segue contratando, principalmente em mercados onde irá operar, como Belo Horizonte, interior de Minas Gerais, Brasília e, claro, Rio de Janeiro, onde está a sede da empresa. Na equipe estão funcionários com anos de experiência em aviação, alguns com passagens pela Vasp, Varig, Gol, entre outras. Confira quem é quem dentro da nova companhia aérea. 

Pedro Pedrosa - presidente

Eliane Galarce, diretora comercial comercial@flyways.com.br

Helius Araujo, diretor de Operações heliusfaraujo@flyways.com.br

Ricardo Marzullo, diretor financeiro rmarzullo@flyways.com.br

Carla Miguel, diretora de Segurança Operacional - safety@flyways.com.br

Luciana Sousa, gerente de Recursos Humanos (RH) - selecao@flyways.com.br

Lucas Menero, diretor de Manutenção lucas.menero@flyways.com.br

Alexandre Barbosa, gerente de Distribuição e Sistemas - sac@flyways.com.br


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Mercado

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> Henrique Santiago

O real é real

Miami ou Ceará? Paris ou Gramado? Orlando ou Porto Seguro? A resposta para essas perguntas neste ano é mais do que óbvia: Brasil. Em tempos de retração econômica e moderação nas viagens ao Exterior, quem não se adapta, pode até fechar as portas. As operadoras do País vão iniciar a alta temporada com mais produtos nacionais na prateleira. Quem já trabalhava com o nacional está à frente dos demais. Agora, quem estreia com força ou retoma as atividades, não pode agir timida-

mente e apostar apenas no internacional. O Jornal PANROTAS reuniu diretores de empresas que discutiram o atual momento e apresentaram suas propostas para reverter o cenário. Vale destacar, porém, que já vimos esse filme antes. Na época da quebra de ícones como Stella Barros e Soletur, na virada do milênio, muitas empresas apostaram em departamentos nacionais e receptivos, para aplacar a queda no emissivo internacional. Muitos foram desativados assim que a crise passou. Hoje, fazem falta.p

ALTA TEMPORADA, ALTOS PREÇOS

Mas o “valor abusivo de um pacote de viagens nacional” tem incomodado a presidente da Braztoa e diretora da Soft Travel, Magda Nassar. As vendas nacionais dos associados totalizaram quase R$ 6 bilhões em 2014, mas este número poderia ser ainda maior. Segundo ela, o momento de preparação já passou e a ação se faz agora. “Eu entendo que o Brasil passa por uma crise profunda e generalizada, mas é necessário que as empresas tenham bons preços e serviços e façam com que o brasileiro fique aqui. O dinheiro gasto fica no País”, desabafou. Para dar força à sua contestação, Magda calcula que uma viagem para o réveillon no Nordeste pode custar até R$ 20 mil. “Quantas pessoas pagam esse valor para passar uma semana na praia?”, questionou. “Os valores abusivos não

devem existir, ainda mais neste momento em que vivemos”, criticou a presidente. Magda rememora a recente ação da Braztoa para destacar a valorização do nacional dada pela entidade. Em agosto foi lançada a Turismo Week Nordeste, que promoveu com a CTI-NE vendas exclusivas do destino com cerca de 50 operadores participantes. “Queríamos envolver o Brasil inteiro”, disse ela. Em março de 2016 será realizada mais uma edição das vendas virtuais e, ao que tudo indica, não será destinada a uma região ou país específico. (Leia nas páginas 18 e 19 a briga da Braztoa com a Azul Viagens. Segundo a presidente da entidade é importante que todas as operadoras possam vender Azul Linhas Aéreas em igualdade. Hoje, de acordo com a Braztoa, a operadora da aérea leva vantagem de pelo menos 30% nas tarifas).

OPERAÇÃO BRASIL

Com quase 30 anos de história, a Visual Turismo tem uma tradição consolidada no mercado doméstico. Entre 15 de dezembro a 31 de janeiro de 2016, a operadora pretende embarcar 50 mil passageiros com fretamentos de Guarulhos e Confins e bloqueios para o Nordeste. “Nós fizemos uma aposta acertada. Nos planejamos com antecedência e fizemos uma grande operação”, resume o presidenteda empresa, Afonso Louro. O adiantamento da Visual frente à crise fez com que surgissem novas oportunidades de vendas. “Observamos que vendemos com antecipação e agora buscamos novas ofertas. Em Salvador, por exemplo, abrimos um fretamento extra”. Esta ação premeditada, para Louro, proporciona uma certa vantagem da operadora em relação às demais. Segundo ele, o mercado nacional é mais do que ideal

Magda Nassar, da Braztoa

para vender neste e nos próximos anos, mas a falta de oferta em voos regulares e a redução da malha aérea são pontos prejudiciais para a indústria. “As operadoras que iniciam as vendas de Brasil agora não vão ter muito espaço e será difícil para obterem destaque”, cravou o diretor. Nos últimos três anos estima-se que o corte na quantidade de voos por parte das principais aéreas brasileiras foi de 6% a 10% ao ano. O fim de 2015 aparentemente é mais promissor para a Visual do que o início dele. Com previsão inicial de incrementar dois dígitos em vendas, a realidade hoje é de até 3%. Em contrapartida, a empresa ganhou mais 200 agências parceiras, totalizando 13.080 em nível nacional. As vendas domésticas são o que mantêm um olhar otimista para 2016. “O nacional vai prevalecer como a opção do momento, nós podemos ter um ano melhor, pois existe oferta na Visual”, encerrou Louro.

Afonso Louro, da Visual Daniel Firmino, da Flytour Viagens

SEM TEMER A CONCORRÊNCIA A moeda brasileira sempre foi forte na Flytour Viagens. O nacional representa atualmente 65% da fatia de vendas da companhia. Com produtos de sobra na prateleira e a “migração” da concorrência para o doméstico, a empresa tem de trabalhar com preços convidativos e promoções, a exemplo da hospedagem gratuita de crianças. “O momento do doméstico é forte”, salientou o diretor de Produtos Nacionais, Daniel Firmino. Em breve, a Flytour Viagens lançará uma quinzena de promoções para agentes de viagens com preços 20% mais baixos em pacotes. Mas isso não é o bastante.

Para esta alta temporada, os roteiros conjugados serão uma realidade. “Os passageiros estão cansados de ir a apenas um destino e ficar sete dias”, disse ele. A chegada de operadores não tradicionais na venda de Brasil não assusta Firmino. De acordo com ele, essas empresas chegam com um “DNA e propostas diferentes”, fazendo com que sua equipe estude suas ações e aprendam com elas. “Quanto mais [as empresas] divulgarem, melhor será para o mercado do Brasil. Eu digo que nós vamos ter que acordar mais cedo para trabalhar mais e melhor para crescer”. > Continua na pág 28




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< Continuação da pág 25

MAIS BRASILEIROS

A preparação para a alta temporada da CVC mantém boas expectativas. O resultado é fruto dos mais de dois milhões de passageiros embarcados em todo o País de janeiro a setembro deste ano. A proporção nacional x internacional, que já beirou os 50% x 50% na operadora, hoje está em 75% x 25%. Uma ação rápida e de sucesso da operadora foi a divulgação massiva da campanha “Criança Grátis”, que levou pequenos de até 12 anos a viajarem a destinos nacionais apenas com o pagamento da taxa de embarque de voo. Somando nacional com internacional, havia mais de mil opções com hotelaria grátis pelo menos. Embora a promoção tenha sido encerrada e não exista a previsão de reaparecer no mercado, o diretor de Produtos Nacionais da CVC, Claiton Armelin, diz que novas oportunidades surgirão para esta temporada. “Nós pensamos em promoção o ano inteiro. É bem possível que apareça uma novidade em dois meses para o público geral”, adiantou ele. A iniciativa, porém, já parece estar desenhada. Segundo Armelin, as vendas de carnaval e réveillon estão a todo vapor, enquanto o início de

dezembro ainda tem bons lugares disponíveis. “Esta primeira quinzena do mês tem preços de baixa temporada. Nessa época, as escolas iniciam o período de férias, então, fica mais do que convidativo”, afirmou ele. Com mil voos fretados para este verão, a CVC terá uma novidade operacional a ser implantada em breve, precisamente em 20 de dezembro. A atenção ao passageiro será redobrada, inicialmente no Nordeste para atingir as 18 bases no Brasil. “Teremos um novo modelo de padronização e incremento para nossos receptivos, novos displays e catálogos”, adiantou Armelin. Em breve, a operadora irá lançar em seu sistema de vendas a temporada de julho de 2016. Até lá, a CVC pretende integrar roteiros que mesclam cidades tradicionais com as chamadas secundárias, para que os viajantes aproveitem os destinos nem tão populares além de um dia. Com quase 30 anos de casa (com um pequeno hiato em outra operadora), Claiton enxerga seu ápice à frente do nacional da companhia. “Continuamos loucos para vencer e loucos para colocar produtos na prateleira”, resumiu.

Claiton Armelin, da CVC

Carla Davidovich, da New Age

DE VOLTA À ATIVA A New Age manteve um hiato de quase dez anos sem trabalhar com o nacional. Entre 2001 e 2006, a operadora tinha dificuldade em trabalhar com o serviço, principalmente pela falta de tecnologia para realizar reservas e, claro, vender. À época com menos de 15% da fatia, a diretora da empresa, Carla Davidovich, optou por trabalhar apenas com internacional. Mas os tempos mudaram. De acordo com ela, os planos foram traçados antes mesmo de o Brasil acompanhar os mesmos passos de países vizinhos e europeus. “Os nossos clientes nos cobravam para integrar o nacional na ferramenta Reservaqui, que atualmente tem 1,5 mil agências cadastradas”, garantiu. E o retorno às origens, assim digamos, foi feito em grande estilo. A New Age aproveitou o 27º Festival do Turismo de Gramado (RS), entre 5 e 8 de novembro, para lançar a novidade. A retomada do zero, segundo afirma Carla, coloca a

operadora à frente das demais por um motivo: o Reservaqui. “Temos este diferencial para entrar no mercado. A plataforma tem estrutura para montar roteiros de um a nove passageiros. Além disso, fechamos acordo com a Omnibees, Gol e vamos concluir com a Tam. Ter um produto ágil é a nossa motivação”, disse a diretora. Com a intenção de chegar a 30% de share no total de vendas em dois anos, a operadora se prepara para “desbravar” o Brasil de ponta a ponta. A ideia é, justamente, trabalhar com destinos tradicionais e alternativos a fim de criar novos produtos. “Em 2001, iniciamos Praia do Rosa (SC), que ninguém trabalhava antes”, recordou ela. “Precisamos entender a estrutura hoteleira oferecida por esses lugares. Definitivamente, não entramos no nacional provisoriamente. Procuramos uma operação firme e sólida”, concluiu Carla.


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INICIAR E TRIPLICAR O internacional sempre foi o forte da Orinter Tour & Travel, que nasceu em Blumenau, como parte da Esferatur/ Grupo Orinter. Com mais de 90% de participação, no entanto, o estrangeiro tem perdido força gradativamente. Para alinhar as necessidades da empresa, Rose Franchini, que tem no histórico passagens pela Turnet e Ambiental, foi contratada para coordenar o departamento nacional. Segundo o diretor da operadora, Roberto Sanches, o investimento forte no País surgiu para ajustar as demandas. O nacional não é uma aposta apenas para esta alta temporada. Com produtos feitos sob medida e a intenção de criar produtos exclusivos, o executivo afirma Renata Maida, da MMTGapnet

CRIAÇÃO DE UM TIME

Com quase uma década de Tam Viagens, Renata Maida foi contratada pela MMTGapnet para assumir o recém-criado departamento nacional da empresa. A integração dela ao time comandado por Sylvio Ferraz (ex-diretor da Tam Viagens) é, em parte, uma novidade. A executiva estava junto com ele, Ivo Lins e Rui Alves na criação da operadora da Tam, em 1998. Hoje, curiosamente, todos fazem parte do Grupo Gapnet. As primeiras ações da gerente do Departamento Nacional e de Hotelaria foram renegociar condições especiais com resorts para comportarem até dois hóspedes gratuitamente. Os destaques da alta são Barra da Tijuca (RJ), a clássica Serra Gaúcha, de Gramado a Canela, com Vale dos Vinhedos, e o chamado “esquenta” para o carnaval, com a possibilidade de assistir ao ensaio da Grande Rio no camarote vip. Há pouco mais de um mês na MMTGapnet, Renata viu a importância do nacional subir cinco pontos (18%) em outubro em relação aos 13% registrados em setembro. Para o próximo ano, a tendência é que os números cresçam ainda mais. “Com o dólar alto, a tendência é que o Brasil deslanche de vez”, afirmou a executiva. Com o planejamento de 2016 já fechado, a operadora pretende trabalhar diretamente com a motivação do passageiro. “Se o viajante estiver em dúvida entre viajar para um destino ou outro, ele poderá se decidir ao ver que uma cidade oferece um evento esportivo, por exemplo”, explicou Renata. Além disso, viagens curtas pela Bahia estão no cronograma da MMTGapnet.

que os atuais 8% de Brasil serão triplicados em dois anos. “Nós acreditamos no nacional, inclusive expandimos nossa equipe, a exemplo da Rose, e fortalecemos os atendimentos nas nossas bases em São Paulo, Campinas (SP), Blumenau (SC), Curitiba e Porto Alegre”, atestou Sanches. A ampliação da equipe é apenas o primeiro passo de uma série de novidades que a operadora implantará em breve. Já para esta temporada, roteiros de experiência em religião, cultural e gastronomia, por exemplo, estarão disponíveis, bem como passeios que contemplam viagens de helicóptero por Angra dos Reis e Búzios (RJ). “As empresas precisam dar ouvido e

Roberto Sanches, da Orinter

abrir as portas para o nacional. A crise não é uma novidade de hoje. Já veio outras vezes, assustou, mas superamos. Nossa operação veio para ficar”, encerrou ele.p


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Eventos

NO PRÓXIMO DIA 17, O HOTEL BELO HORIZONTE OTHON PALACE RECEBERÁ A MAIS NOVA SÉRIE DE EVENTOS DA PANROTAS EDITORA, O PANROTAS NEXT. Será a segunda edição do evento, que estreou em 1º de outubro, em Recife, tendo como tema principal o uso da tecnologia, especialmente o marketing digital e o e-commerce, no dia a dia do turismo. A nova geração de eventos da PANROTAS Editora se destaca por trazer conhecimento e recomendações práticas para o profissional. A dinâmica é outro diferencial do encontro, já que interatividade e inovação são as palavras-chave da organização. A todo momento os participantes perguntam, tiram dúvidas e pedem aplicações práticas. O objetivo é sair do evento com dever de casa a ser feito e não com ideias ainda embaralhadas. “Estamos tendo uma ótima receptividade com o PANROTAS Next, um evento que visa integrar e aproximar os palestrantes e especialistas da plateia de profissionais interessados. Falamos que é uma consultoria ao vivo e é esse o objetivo”, diz o presidente da PANROTAS, Guillermo Alcorta. Se no Fórum PANROTAS queremos que todos saiam com ideias para serem digeridas, possíveis caminhos e as principais macro

em BH

tendências da indústria, no PANROTAS Next queremos que cheguem nas suas empresas e apliquem as novidades que aprenderam imediatamente. Sejam elas ligadas a gestão, tecnologia, pessoas ou produtos”, explica ele. A hotelaria mineira, que viveu um boom de inaugurações para a Copa do Mundo de 2014 e hoje sofre com desafios para ocupar tantos quartos, é o foco do PANROTAS Next BH. Além de debates com os principais players da indústria mineira, o evento também levará cases de mídias sociais para inspirar o trade local, e especialistas que falarão de reputação na internet, como alavancar negócios com a internet e, claro, quais as perspectivas para o turismo mineiro. O PANROTAS Next Belo Horizonte é realizado pela PANROTAS/PanHotéis e Imaginadora, com patrocínio institucional da CNC/FBHA, patrocínio master Localiza e apoio do Belo Horizonte Othon Palace e ABIH-MG. O último evento Next do ano será no Rio Othon Palace, no dia 8 de dezembro. Para 2016, estão previstas pelo menos cinco edições do PANROTAS Next. As inscrições são gratuitas, mas limitadas, pois o objetivo é ter uma plateia selecionada e que realmente participe. Faça a sua pelo www. panrotas.com.br/next.

A GEND A 8H30 ÀS 9H – Credenciamento 9H ÀS 9H30 - Talk Show: O Hoje e o Amanhã do Turismo em Minas Gerais - Acompanhe os fatos e tendências do mercado mineiro e quem está no dia a dia atuando pelos interesses do turismo em Minas Gerais. Tudo o que podemos fazer juntos, e que fazendo sozinhos não seria possível. Palestrantes: Marcos Valério e Alexandre Sampaio, da FBHA 9H30 ÀS 9H45 - Sua empresa na Era da Reputa-

ção, com Tripadvisor - Apresentação do principal portal de informações, opiniões e conteúdos relacionados ao Turismo. O impacto nos seus negócios num cenário em que a reputação é determinante para o sucesso. Palestrantes: Marco Jorge, gerente de Parcerias América Latina do Tripadvisor 9H45 ÀS 10H - Estratégias de Atendimento e Mí-

dias Sociais, case Air France-KLM - Conheça o case das companhias Air France e KLM e como tem incrementado os resultados da empresa com estratégia nas redes sociais. Palestrantes: German Carmona, diretor de Marketing 10H ÀS 10H20 - A Internet como Alavancadora

de Negócios - Aproveite para entender o passo a passo para utilizar as ferramentas on-line para os seus projetos. Palestrantes: Maurici Junior, professor da ComSchool 10H20 ÀS 10H50 - Intervalo 10H50 ÀS 11H20 - Debate: Rumos e Decisões:

Como aplicamos Conceitos Transformadores - Os profissionais especialistas no universo on-line debatem e esclarecem dúvidas para melhorar o desempenho na rede. Aplicável e sem mistérios. Palestrantes: Marco Jorge, do Tripadvisor, e German Carmona, da Air France-KLM. Moderação: Maurici Junior 11H20 ÀS 12H - Painel: Oferta Hoteleira, Um

Boom em Tempos de Crise. Como reagir - Neste painel os mais renomados profissionais da hotelaria debatem sobre o atual momento da hotelaria mineira e o futuro. Palestrantes: Erica Drummond, da Vert Hotéis, Bruno Heleno, do BH Othon Palace, Gregório Polaino, da Alatur, e Guilherme Paulus, da GJP Hotels Provocações: Artur Luiz Andrade, editorchefe da PANROTAS.

INFORMAÇÕES www.panrotas.com.br/next


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Destinos

Além de Londres O Visit Scotland promoveu, juntamente com o Visit Britain, um evento na capital paulista, com o objetivo de divulgar a Escócia como destino de viagens de incentivo, reuniões, eventos e convenções. Foram apresentadas as principais atrações turísticas do destino, assim como alguns dados sobre a visitação de turistas ao local, e os convidados ainda puderam degustar a cerveja escocesa Brew Dog. Estiveram presentes, também, os parceiros Pacific World e Rocco Forte Hotels. De acordo com o chairman do Visit Scotland, Mike Cantlay, o país recebeu 15 milhões de turistas no ano passado, e a expectativa é de que este número aumente em 28% até 2017. “Chegar à Escócia hoje em dia é muito fácil, devido à ligação que o país tem com todos os principais hubs europeus. Embora não seja um destino que os brasileiros procurem diretamente, já que eles costumam chegar por meio de Londres, a visitação de brasileiros jovens tem aumentado muito no destino, devido à procura pelos festivais e pela vida noturna do país”, afirma Cantlay. Ainda de acordo com ele, hoje, o mercado brasileiro ocupa a 12ª posição para a Escócia, assim como para a Grã-Bretanha. O destino escocês tem realizado famtrips e promovido o contato de receptivos locais com operadoras brasileiras, com o objetivo de divulgar as atrações locais. No Brasil, o escritório do Visit Britain tem material e mais informações sobre o destino.p

Mike Cantlay (Visit Scotland), Mitsi Goulias (Visit Britain), Cristina Alcantara (Pacific World), Richard Knight (Visit Scotland), Karla Ventura (Visit Britain) e Luiza Correia (Rocco Forte)


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Melhores promotores

Operadoras

Minas Gerais “ME ENCONTREI NO TURISMO!”, AFIRMA GISLAINE MOREIRA, A PRIMEIRA COLOCADA NESTE ranking de melhores promotores de operadoras em Minas Gerais. A executiva de Vendas da Maktour trabalha com o que mais gosta de fazer:

viagens, e se sente realizada desde que saiu da área de Atendimento e passou a atuar no comercial, há três anos. Formada em Turismo, Gislaine também adora praticar atividades ao ar livre e conhecer novos lugares.

Promotores de operadoras GISLAINE MOREIRA Empresa: Maktour Idade: 30 anos Cargo: executiva de Vendas Tempo de empresa: dois anos Tempo de Turismo: sete anos Empresas em que trabalhou: Tam Viagens, Brasão Viagens e Pátria Consolidadora Estado civil: solteira

JORNAL PANROTAS — O que te levou a estar entre os melhores? GISLAINE MOREIRA — Acho que gostar do que eu faço, ter confiança no produto que é oferecido pela minha empresa e ter uma equipe competente. JP — Qual é a grande conquista da sua carreira? GISLAINE — A oportunidade de ter trocado de área, sair de Atendimento e ir para a área Comercial, sendo, posteriormente, reconhecida pelo meu trabalho. JP — Quem é sua fonte de inspiração

na vida? GISLAINE — Meu pai, Wilson. Ele é minha referência em tudo na minha vida. JP — Quem é sua fonte de inspiração no Turismo? GISLAINE — A Germana de Paula, da Tam Viagens, primeira pessoa com quem trabalhei e que me ensinou muita coisa, principalmente, no que se refere à prática da profissão. JP — Que dicas tem para quem está começando? GISLAINE — Não desistir, estudar e adquirir sempre conhecimento. Isso é o mais importante para conseguir tudo o que se quer na vida.

JP — Em tempo de crise, como ser diferente? GISLAINE — É importante sempre se reinventar, buscar conhecimento, correr mais atrás das vendas e ficar atenta às exigências do mercado no momento.

VINICIUS OTTONI GIRUNDI Empresa: Trend Operaodra Idade: 37 anos Cargo: executivo de Contas Tempo de empresa: três anos Tempo de Turismo: 15 anos Empresas em que trabalhou: Rede Bristol, Rede Transamérica, Club Med, Ouro Minas Palace Hotel, Grupo BRT Estado civil: solteiro

JORNAL PANROTAS — O que te levou a estar entre os melhores? VINICIUS GIRUNDI — O respeito que tenho pelos meus clientes. JP — Qual é a grande conquista da sua carreira? GIRUNDI — Uma viagem que fiz para Orlando por ter conquistado os melhores vendedores do Brasil pela Trend. JP — Quem é sua fonte de inspiração na vida?

GIRUNDI — Deus.

JP — Quem é sua fonte de inspiração no Turismo? GIRUNDI — Minhas conquistas. JP — Que dicas tem para quem está começando? GIRUNDI — Acreditar e estudar muito. Procure aprender outros idiomas e informações sobre os destinos no mundo.

JP — Em tempo de crise, como ser diferente? GIRUNDI — Somar conhecimento com atitude, que vai resultar em sucesso.


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PEDRO MEDEIROS

Empresa: Soul Traveler (na época da votação era Tourlines) O executivo está de férias nos Estados Unidos. A reportagem não conseguiu contato com ele até o fechamento da edição.

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RANKING DOS MELHORES PROMOTORES DE OPERADORAS EM MINAS GERAIS* 1º – Gislaine Moreira — Maktour 2º – Vinicius Ottoni Girundi — Trend Operaodra 3º – Pedro Medeiros — Soul Traveler (ex-Tourlines) 4º – Bruno Sousa — Visual Turismo 4º – Mateus Felipe Oliveira Fontes — Trend Operadora 6º – Aline Félix Araújo — Azul Linhas Aéreas e Azul Viagens

BRUNO SOUSA Empresa: Visual Turismo Idade: 35 anos Cargo: executivo de Contas Tempo de empresa: dois anos cinco meses Tempo de Turismo: dez anos Empresas em que trabalhou: Travel Ace, Maktour e a extinta Viaggiare Estado civil: casado

JORNAL PANROTAS — O que te levou a estar entre os melhores? BRUNO SOUZA — Ter dedicação no trabalho, vestir a camisa da empresa e ter humildade, antes de tudo. Além de um bom relacionamento com os clientes, já que venda é relacionamento. Atuando há dez anos no Turismo, criei bons relacionamentos e neste momento é muito importante saber tirar a venda

* Pesquisa feita por meio do Portal PANROTAS

do concorrente e trazê-la para casa.

JP — Qual é a grande conquista da sua carreira? SOUZA — Ser um dos mais votados pela pesquisa dos melhores promotores da PANROTAS. JP — Quem é sua fonte de inspiração na vida? SOUZA — Deus, meus pais, Margarete e João Bosco, e minha esposa, Lidiane. JP — Quem é sua fonte de inspiração no Turismo? SOUZA — Os gerentes que tive no meu tempo de trabalho, nas empresas que em que atuei. Posso citar o Celso Andrade, ex-Travel Ace; o Vinicius Valadares, da Travel Ace; o Humberto Cançado, ex-Maktour; e o

André Rossi, ex-Visual Turismo. Além do Fernando Murta e do Bruno Bahia, ambos da Visual Turismo. JP — Que dicas tem para quem está começando? SOUZA — Ser perseverante e ter força de vontade. Lembrando que aquilo que se faz com prazer sempre traz resultado. Outra coisa importante é saber ouvir, muitas vezes, as pessoas por terem anos de empresa acreditam que estão certas e não precisam mais de conselhos. JP — Em tempo de crise, como ser diferente? SOUZA — Enquanto uns enxergam crise, outros enxergam oportunidade. Eu sou do segundo time. É preciso aproveitar o relacionamento com o cliente para efetuar as vendas de uma forma diferente, sair da rotina. > Continua na pág.34


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< Continuação da pág. 33

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MATEUS FELIPE OLIVEIRA FONTES Empresa: Trend Operadora Idade: 30 anos Cargo: executivo de Vendas Tempo de empresa: um ano e dois meses Tempo de Turismo: três anos Empresas em que trabalhou: Hotéis Othon, Holiday Inn Estado civil: solteiro

na vida? FONTES — Deus, em primeiro lugar.

JORNAL PANROTAS — O que te levou a estar entre os melhores? MATEUS FELIPE OLIVEIRA FONTES — Muito trabalho e a presença constante para atender os clientes.

JP — Que dicas tem para quem está começando? FONTES — Não desistir nunca. Barreiras e pedras sempre estarão à nossa frente. Se não der para pular, desvie e continue caminhando.

JP — Qual é a grande conquista da sua carreira? FONTES — Ser reconhecido pelo trabalho que realizo junto aos meus clientes. JP — Quem é sua fonte de inspiração

JP — Quem é sua fonte de inspiração no Turismo? FONTES — Luís Paulo Luppa, excepcional empresário e homem de grandes visões de negócios.

JP — Em tempo de crise, como ser diferente? FONTES — Inovando, transformando a rotina em algo novo, além de valorizar o cliente.

ALINE FÉLIX ARAÚJO Empresa: Azul Linhas Aéreas e Azul Viagens Idade: 32 anos Cargo: representante comercial Tempo de empresa: quase dois anos Tempo de Turismo: 11 anos Empresas em que trabalhou: Total Linhas Aéreas e Trip Linhas Aéreas (antes da fusão com a Azul) Estado civil: casada

JORNAL PANROTAS — O que te levou a estar entre os melhores? ALINE FÉLIX ARAÚJO — A atenção e dedicação ao atender as agências. JP — Qual é a grande conquista da sua carreira? ALINE — Ter recebido o prêmio de melhor executiva da Trip Linhas Aéreas, além do desafio de desenvolver o mercado para a Azul Viagens. JP — Quem é sua fonte de inspiração na vida? ALINE — Procuro me apoiar na minha família e amigos, para que eu acorde todos os dias com vontade de fazer o melhor. Afinal, poder trabalhar proporcionando excelentes momentos de lazer para as pessoas é muito gratificante. JP — Quem é sua fonte de inspiração no Turismo? ALINE — O fundador da Azul, David Neeleman, por estar sempre inovando e surpreendendo. JP — Que dicas tem para quem está começando? ALINE — Dedicação e muito estudo, afinal, as coisas mudam sempre e é preciso se atualizar.

JP — Em tempo de crise, como ser diferente? ALINE — Procurar sempre fazer melhorias no atendimento, para prospectar novos clientes. Qualquer agência pode vender pacote, mas o diferencial é ter conhecimento sobre o produto e saber conduzir as vendas, para gerar fidelidade dos clientes.


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Mercado

TMG celebra dez anos O TMG, Travel Managers Group, celebrou seus dez anos de exis-

tência. Formado por gestores de viagens de grandes empresas, o grupo criado por 18 empresas, hoje com 27, continua focado em seus objetivos originais. “Somos um grupo pautado nas discussões pela melhoria de nosso trabalho, pela busca de melhores práticas e não constituímos uma associação. Com este formato ocupamos um espaço importante e aceito pelo mercado” resume um dos fundadores e hoje seu diretor executivo, José Francisco Silva, o conhecido Chico. O grupo se reúne mensalmente e possui regras para participação, aberto somente para gestores de viagens. Fornecedores não são aceitos como membros, entretanto, participam ativamente das reuniões como convidados. “Nos pautamos pela ética nos negócios e pela busca do crescimento de cada um de nossos profissionais, que certamente resulta em melhores práticas

Quem é TMG √√ Abijcsud - Associação Brasileira da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias √√ Abb Ltda √√ Accenture South America √√ Accenture Brasil √√ Arcelormittal √√ Astrazeneca √√ Agrega √√ Avon √√ Banco Brasil Plural √√ Bradesco √√ Compania Siderúrgica Nacional - Csn √√ Embraer √√ Embaixada Americana √√ General Motors √√ Honda √√ Johnson & Johnson √√ Kpmg √√ Magazine Luiza √√ Mercedes √√ Msd √√ Nivea √√ Promon √√ Raízen Energia S. A. √√ Red Bull √√ Scania √√ Siemens √√ Toshibap

para as empresas que representamos. Nestes dez anos crescemos e aprendemos com cada um dos inúmeros fornecedores e parceiros. Impactamos na forma como a gestão de viagens corporativas e eventos são e serão conduzidos pelo exemplo e transparência”, comentou a presidente atual, Kathia Moreira. A reunião comemorativa aos dez anos aconteceu no Sheraton WTC Hotel, em São Paulo.p

A atual presidente da TMG, Kathia Moreira, e o diretor executivo, José Francisco Silva


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Mercado

11 a 17 de novembro de 2015 JORNAL PANROTAS

> Hugo Okada, Guanajuato (México)

México apresenta:

Guanajuato

Teatro Juarez, centro de Guanajuato

Considerado sexto destino mais visitado no México, o Estado de Guanajuato é a “bola da vez”. Com 2,8 mil edifícios catalogados como patrimônio da humanidade pela Unesco, pontos turísticos que remetem à história da revolução e independência do México, extensa oferta gastronômica e investimentos maciços no setor hoteleiro local. Assim como San Miguel de Allende e Leon (outras cidades do Estado mexicano), Guanajuato é incrivelmente conservada, atraindo cada vez mais turistas de todo o mundo, interessados em sua

história, cultura, minas e múmias, ali encontradas e que, desde junho deste ano, compõem o Museo de Las Momias Viajeras, segunda maior receita turística da cidade. De acordo com o diretor de Relações Públicas do Parque Guanajuato Bicentenário (um dos pontos mais visitados, devido à recém-inaugurada exposição do artista italiano Michelangelo), Enrique Ávilez Pérez, o Estado foi o quinto em número de turistas no período da Semana Santa. “Guanajuato mantém 167 mil empregos diretos dentro do setor turístico, 223 voos semanais, chegando a diversos destinos do mundo com apenas uma conexão, em Leon”, explica Pérez. “Além disso, o destino trabalha incansavelmente na manutenção do slogan de ‘destino cultural do México’”, complementa.

NÚMEROS

Paróquia San Miguel Arcanjo, em San Miguel de Allende

Ainda de acordo com Pérez, “entre os viajantes de dentro do país, cerca de 1,7% a 1,8% escolhem Guanajuato na hora de planejar alguma viagem. Este número, segundo dados da Secretaria de Turismo de Guanajuato, cresce 40% ao ano. A Colômbia começa a se tornar um destino emissor, e de 350 mil espanhóis de passagem pelo México, 75% visitam Guanajuato. Os norte-americanos lideram a lista de estrangeiros, alguns até estabelecendo residência fixa ou mantendo casas para as férias no Estado (atualmente, seis mil vivem em San Miguel de Allende)”.

ATRAÇÕES

O Estado, além de destino cultural do México, também foi eleito a capital ibero-americana da gastronomia mexicana em 2015, devido a sua riqueza e diversidade gastronômica. Uma experiência gourmet que, em qualquer lugar do mundo possa parecer muito cara, no Estado de Guanajuato tornase acessível, atingindo o turista que viaja em busca de novos sabores e conhecimentos culinários. Para devotos do catolicismo, o destino reserva experiências marcantes, como a visita ao Cerro do Cubilete, onde está o Cristo, tal como o Redentor no Rio de Janeiro. Para quem aprecia o lado histórico, há o Museu da Minéria, (Guanajuato, foi por muitos anos, o principal Estado da indústria da mineração do México) totalmente interativo e que conta o cotidiano dentro das minas por meio de jogos eletrônicos e projeções em telões; o já citado Museo de Las Momias Viajeras, reúne cerca de 36 múmias encontradas em escavações arqueológicas; o Circuito da Tequila, composto por três propriedades produtoras da bebida (abertas para visitação), vinícolas Cuna de Tierra e Camino D Vino (esta ainda em fase de construção), e, finalmente, o Festival Cervantino, realizado anualmente nas ruas de Guanajuato, com atrações musicais, comidas típicas e temas folclóricos.


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No Brasil, três empresas trabalham na promoção e divulgação do destino. A Flot Viagens, operadora localizada na região central de São Paulo, promove o México há 25 anos. De acordo com o gerente de Vendas da empresa, Abel Ferreira, não é de hoje que Guanajuato está no roteiro oferecido por eles. “Guanajuato é um destino para quem aprecia história, gastronomia, cultura e muita diversão. Não impõe a necessidade de um idioma especial e está barato para o consumidor, ainda estamos confortáveis com o câmbio mexicano.

O diretor de Relações Públicas e Comunicação do Parque Guuanajuato Bicentenário, Enrique Ávilez Pérez

Os pacotes podem ser personalizados, podendo começar em Guanajuato e encerrando em Cancun, com praia e conhecimento da cultura Maya. Temos o roteiro chamado de México Arqueológico, que inclui o Estado e foca no que mais agrada o cliente, seja religião, gastronomia ou história. Também há passeios pelo Circuito da Tequila e as vinícolas. Temos guias capacitados que traduzem a essência do destino em toda a sua profundidade. O México é o terceiro destino internacional mais procurado pelos brasileiros, e primeiro da América Latina”, explica Ferreira. A Secretaria de Turismo de Guanajuato também tem representação no Brasil por meio da gerente de Vendas, Luciana Alonso. “Trabalhamos em parceria com o Conselho de Promoção Turística do México no auxílio aos agentes de viagens. Somente este ano, promovemos treinamentos em 12 cidades brasileiras, mostrando que o México não é apenas praia, há uma cultura e atrações que merecem atenção. Também traduzimos o site www. guanajuato.com.br para que o agente não encontre a barreira da língua no momento de sua pesquisa, e, ao lado da Aeromexico, realizamos viagens de familiarização (foram três em 2015) com o intuito de capacitar os agentes, e para que conheçam in loco as atrações do destino. Para os próximos meses, lançaremos a ferramenta Agente GTO traduzida para o português, que é

11 a 17 de novembro de 2015 JORNAL PANROTAS

Festa de casamento na Plaza del Jardin, em San Miguel de Allende

uma espécie de quiz para capacitação, já utilizada por mais de dois mil agentes pelo mundo; também planejamos um evento gastronômico com chefs de Guanajuato em São Paulo e um projeto de Marketing cooperado com um pool de operadores, a fim de vender e divulgar o destino”, revela Luciana. E para chegar a Guanajuato, a Aeroméxico mantém um voo diário São Paulo-Cidade do México, principal hub do México, com conexão para 46 destinos da república mexicana,

16 destinos nas Américas Central e do Sul, três destinos no Canadá, três na Europa e dois na Ásia. “Chegando ao México, a aérea conecta o país ao resto do mundo. Nossa rota México-Aeroporto Internacional de Guanajuato, na cidade de Leon, é realizada seis vezes ao dia”, destaca a executiva de contas da companhia, Daniela Ferreira dos Santos.p

--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da Flot Viagens, Aeroméxico e Secretaria de Turismo de Guanajuato


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Mercado

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> Rodrigo Vieira

A transformação do share

Leonardo Tristão, presidente do Airbnb no Brasil

Muito se fala em criação em momento de crise. Que nessas horas, a criatividade tem que aparecer para driblar as barreiras financeiras. Reinvenção. Pois em 2008, durante umas das mais graves recessões da economia norte-americana, os jovens designers Brian Chesky e Joe Gebbia, resolveram dar oportunidade para colegas de carreira participarem de um congresso de design em São Francisco, na Califórnia (Estados Unidos). Com hotelaria concorrida, preços altos e consumidores receosos, os colegas anunciaram vagas de hospedagem no apartamento que moravam juntos, para possíveis participantes do evento. Segundo o anúncio, o hóspede poderia se acomodar em um colchão de ar, sem esperar o mesmo conforto de um hotel, mas com uma tarifa interessante e a oportunidade de vivenciar uma grande experiência. Aí nascia a Airbnb (Air Bed and Breakfast), hoje uma empresa conhecida internacionalmente, que conta com castelos, vilas, trailers, casas em árvores e vários outros tipos de acomodação em

seu portfólio. Uma rede de hospedagem sem hotel. A plataforma está em 190 países, 34 mil cidades, dois milhões de acomodações e já hospedou uma média de 60 milhões de viajantes. No Brasil, desde 2012, 50 mil pessoas estão abrindo as portas de suas casas para receber hóspedes do mundo inteiro, número que cresce 28% ao ano. Os brasileiros estão conhecendo cada vez mais a plataforma e já ultrapassaram os estrangeiros em hospedagem no próprio País. A cada ano, a um acréscimo de 140% de brasileiros utilizando a plataforma para viajar. O foco agora são os Jogos Rio 2016, período em que a Airbnb realizou, até o momento, 7,5 mil reservas distribuídas em 36 bairros da cidade maravilhosa. A expectativa é de crescer ainda mais, tanto pela Olimpíada quanto pelo fator crise, que “ajuda muito a Airbnb”. O Airbnb funciona da seguinte maneira: o hóspede, que tem identidade confirmada pelo site, envia uma solicitação de reserva ao anúncio on-line. O anfitrião decide se aceita ou não a entrada daquele viajante de acor-

do com seu perfil. A Airbnb recebe o pagamento assim que o proprietário aceita a estada. Esse pagamento é liberado 24 horas depois do check-in. Terminada a experiência, anfitrião e hóspede avaliam um ao outro. Concorrer com hotéis? Não. A intenção é criar um produto complementar, de acordo com o presidente da companhia no Brasil, Leonardo Tristão, que tem pouco mais de três meses no cargo, após passar por Google e Facebook. “A Airbnb tem um senso de comunidade muito forte. São pessoas engajadas, que se ajudam. A essência da plataforma é a hospitalidade e o astral é fascinante”, afirma Tristão. O Jornal PANROTAS conversou com o presidente, que contou tudo sobre o produto, e falou de hotelaria a Uber, de Copa a Olimpíada, de Brasil a mundo. “Desde que assumi o desafio, me pautei em três pilares para fazer o Airbnb do Brasil ser ainda maior: educar o brasileiro e fazê-lo conhecer o serviço; crescer a comunidade Airbnb no Brasil por meio da troca de experiências e da proximidade entre

empresa, hóspede e anfitrião; e ser protagonista na Olimpíada, pois é a primeira vez que fazemos parceria com o Comitê Olímpico para o evento.”

JORNAL PANROTAS — Esse trabalho de expansão do Airbnb impacta o setor hoteleiro. Vocês estão preparados para possíveis imposições desta indústria, como é o caso da guerra entre taxistas e Uber? É intenção de vocês substituir os hotéis? LEONARDO TRISTÃO — De jeito nenhum. Não é nossa intenção. O Airbnb não é inimigo dos hotéis. Nossa proposta é complementar o modelo de hospedagem. Os clientes de hotéis estão buscando algo diferente dos que buscam o Airbnb. Parte da nossa estratégia é ter um diálogo pró-ativo com os poderes Executivo e Legislativo para achar a regulamentação correta. Um modelo de negócio novo demora tempo para ser compreendido e não faz sentido aplicar uma legislação que já está vigente. Por exemplo, a melhor forma não está em aplicar todas as


39 imposições do setor hoteleiro a um anfitrião que oferece sua casa pelo Airbnb, pois ele aluga esse espaço amparado por leis do inquilinato e não pelas leis do Turismo. Isso foi declarado pelo ministro do Turismo recentemente. Tudo o que for necessário fazer para que o País acolha e continue promovendo pessoas a disponibilizar espaço de suas casas, deve ser feito. Isso gera receita nos bairros e turbina a economia. Ademais, tudo o que fazemos está totalmente dentro das leis nacionais. Alugar casas faz parte da cultura do brasileiro de várias gerações. Sobre o Uber, prefiro não comentar, pois a categoria é diferente e o setor são diferentes. Há especificidades distintas entre as indústrias de transporte e de acomodação.

JP — Como garantir qualidade e segurança na casa de estranhos? TRISTÃO — Qualidade nós garantimos por meio de resenhas. Tanto o morador quanto o hóspede escrevem um comentário no Airbnb contado sobre a experiência. É o que mais importa para mantermos um bom padrão de hospedagem. Analisamos qualitativamente as resenhas e, caso seja necessário, excluímos o anfitrião que faz propaganda enganosa e tomamos as mesmas medidas com o hóspede que desrespeitar as normas. Segurança é algo que costuma afligir o público brasileiro quando ouve a respeito de nós. Porém, cada reserva via Airbnb garante um seguro de US$ 1 milhão em proteção a danos materiais para a casa alugada. Temos também mais de 40 ferramentas de segurança na plataforma: identificação de e-mail, redes sociais, identidade digitalizada. Isso, aliado ao nosso processo educacional, é nossa arma para o brasileiro não fechar negócio por fora, sem passar pela comissão da empresa, pois ele vai confiar no Airbnb e terá benefícios se o fizer por meio da plataforma. JP — Há uma padronização dessas imagens? TRISTÃO — Temos um serviço gratuito de fotógrafo profissional pois foto é a alma do negócio. Ali você vai tangibilizar a descrição de sua casa. Ninguém aluga sem ver as imagens do espaço. Ainda assim, o anfitrião pode optar por fazer suas próprias fotos

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ou solicitar um profissional.

JP — E os preços? Como é feito o processo? TRISTÃO — Varia muito de propriedade para propriedade, mas a média do Airbnb no Brasil é bem competitiva em relação aos hotéis. Nossas acomodações são de 40% a 50% mais baratas. O método é o seguinte: o hóspede cria o anúncio, faz toda descrição e define preço de acordo com o quanto acha que deve cobrar. Nós, enquanto plataforma, temos uma ferramenta indicando qual a tarifa média dos usuários daquela cidade e outros tipos de informações auxiliares, mas quem define a tarifa final é o anfitrião. Se o valor é justo ou não, as resenha poderão dizer. JP — O que diferencia o Airbnb de concorrentes como Home Away? TRISTÃO — São propostas diferentes. Queremos fazer de cada viagem uma experiência

Mapa da cidade do Rio de Janeiro sob a perspectiva do Airbnb. Em verde estão as acomodações registradas no site. Em vermelho estão os hotéis da cidade. "Há muitos anfitriões do Airbnb em bairros afastados dos centros turísticos", aponta Leonardo Tristão

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única, por meio da troca entre hóspede e anfitrião. Nossa comunidade tem interesse em hospedar e receber bem.

JP — E no que é mais vantajoso que os hotéis? TRISTÃO — Eu não diria vantagem, mas propósitos. Novamente, as propostas são distintas. O hotel tem um padrão. A pessoa que se hospeda em determinada cadeia de hotéis sabe o que irá encontrar. Já sabe o que lhe espera. No Airbnb a estada é baseada na experiência, no fator surpresa, pois cada uma é diferente da outra. Em termos de preço, o Airbnb está em média 40% a 50% mais barato que a hotelaria brasileira. JP — Como funciona a remuneração do Airbnb? TRISTÃO — A gente trabalha com comissão sobre a reserva. São 3% de comissão do valor do anfitrião e de 6% a 12% do valor do hóspede, variando, principalmente, de tempo de estada, tipo de acomodação e outros critérios. O proprietário recebe 24 horas depois da entrada do hóspede, quando ele já estiver acomodado. Com isso, evitamos que o hóspede chegue ao lugar e não consiga entrar ou tenha notado que o anúncio era enganoso. Enfim, são vários motivos pensados na segurança do viajante. Para resumir, o hóspede tem 24 horas para falar se está ou não conforme ele encontrou no anúncio, se ele está ou não confortável com o produto encontrado. Caso não esteja de acordo, o Airbnb devolve o dinheiro ou o reacomoda.

JP — E quais são os meios de pagamento? TRISTÃO — No mundo inteiro fazemos via cartão de crédito internacional. Tem país que dá outras opções, métodos locais de pagamento. No Brasil, por exemplo, cartões de crédito nacional e até boleto bancário estão disponíveis. JP — Há casos de proprietários que viram “hoteleiros”, com várias propriedades sob sua administração? TRISTÃO — Não tenho nada em específico a comentar, um case ou algo assim, porém vemos sim pessoas administrando vários anúncios. Isso acontece no Rio de Janeiro e em várias outras cidades do mundo afora. Essas pessoas estão apenas utilizando uma plataforma para gerar negócio e complementar renda. É algo natural. Novamente repito que isso só injeta recursos na economia daquela cidade, daquele bairro, pois esse tipo de hospedagem tem características diferente da hoteleira.

ARBNB BRASIL

JP — Quem mais usa o serviço no Brasil? Brasileiros ou estrangeiros? TRISTÃO — Os brasileiros já são a maioria das pessoas que viajam no Brasil, com 53% do share. Antes, as pessoas que vinham do Exterior dominavam, pois lá fora o Airbnb começou e amadureceu mais cedo. Agora, mais da metade do número de usuários é brasileira e a tendência é crescer cada vez mais. Nossa empresa cresce 140% ano após ano, desde 2012, quando chegou no Brasil. Na Copa do Mundo, por exemplo,

Uma das opções para o Brasil é ficar hospedado nessa kombi. Que tal?

mais de 120 mil estrangeiros se hospedaram via Airbnb e na noite do último reveillon, sete mil pessoas se hospedaram no Rio, o que dá uma ideia da dimensão.

JP — E o Rio de Janeiro é o destino mais popular do País para o Airbnb? TRISTÃO — Certamente. Seguido por São Paulo, Florianópolis, Campos do Jordão (SP) e Fortaleza. Nós vemos destinos como Rio, Florianópolis e Fortaleza ganhando cada vez mais força no Airbnb, pois já faz parte do hábito do brasileiro viajar para cidades litorâneas. JP — E os estrangeiros? De onde vêm para se hospedar no Brasil? TRISTÃO — Estados Unidos, Grã Bretanha, Austrália e Alemanha. JP — Para onde os brasileiros viajam quando o assunto é Exterior? TRISTÃO — Paris (França), que é nosso destino líder no mundo, Nova York (Estados Unidos), Miami (Estados Unidos), Buenos Aires (Argentina) e Londres (Inglaterra). JP — Quantas acomodações há cadastradas no Brasil e quais os destinos com mais registros? TRISTÃO — O País tem mais de 50 mil acomodações e cresce 28% anualmente. O Rio de Janeiro tem 20 mil propriedades cadastradas; São Paulo, sete mil; Salvador, 2,3 mil; Florianópolis, duas mil, e Belo Horizonte, 1,5 mil. JP — Isso faz do Rio o líder da América Latina? TRISTÃO — Sim. O segundo lugar fica com Buenos Aires, com oito mil; São Paulo, sete mil; Playa del Carmen (México), com cinco mil; e Santiago, com quatro mil.

bancodedados AIRBNB NO MUNDO

ll + de 2 milhões: Número de acomodações cadastradas no

Airbnb mundialmente

ll + de 60 milhões: Pessoas que já se hospedaram no Airbnb desde 2008 ll + de 34 mil: cidades que têm acomodações Airbnb ll + de 190: países em que a empresa está presente NO BRASIL

ll 140%: taxa de crescimento de viajantes brasileiros ano após ano ll + de 50 mil: número de acomodações no País ll 28%: taxa de crescimento de acomodações ano após ano ll 70%: taxa de brasileiros que optam por acomodações inteiras

p


41 JP — Qual o perfil do viajante brasileiro que se hospeda via Airbnb? TRISTÃO — São 52% de homens, com média de 35 anos de idade. O que acaba com a ideia de que só jovens usam o serviço. No geral, são 2,6 pessoas por reserva com permanência de 6,1 noites e 70% preferem acomodações inteiras em vez de quartos. Dezembro é o mês mais popular entre esses viajantes. JP — Qual o perfil do anfitrião brasileiro? TRISTÃO — Tem média de 41 anos e recebe hóspedes com reservas de 5,8 noites. As mulheres são 52% e 67% deles reservam por acomodações inteiras. JP — Quais as características do portfólio Airbnb no Brasil? TRISTÃO — O portfólio está muito diversificado para citar um padrão de acomodação. Há desde coberturas luxuosas na Barra da Tijuca até um modesto quarto em Palmas, para assistir aos Jogos Mundiais Indígenas. De casas na árvore até quartos em Kombis. Contudo, é possível citar um padrão de anfitriões. É um dos mais hospitaleiros do mundo. Muitos brasileiros vão buscar os hóspedes no aeroporto, deixam número de celular e se colocam à disposição. Outros indicam padaria, restaurante, passeios, dão chocolates, ou enchem a geladeira de refrigerante e cerveja. Essa aproximação, dificilmente, os hotéis oferecem. E acredito no Airbnb no Brasil, pois o nosso povo, muito caloroso, tem excelência em hospitalidade. JP — Como fazer o brasileiro conhecer mais o Airbnb? TRISTÃO — A pergunta se encaixa com a atual conjuntura da nossa economia. O momento de crise ajuda a Airbnb, pois as pessoas tendem a descobrir novas maneiras de viajar. Há opções para todos orçamentos dentro dos 50 mil anúncios do Brasil. Quando vemos dólar a R$ 4 e pessoas optando por viajar pelo Brasil, ficamos atento em fazer com que os brasileiros entenderem melhor a plataforma. Para isso, temos muitos programas que ajudam os anfitriões aprimorarem a maneira de receber.

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JP — Qual a expectativa para a Olimpíada do Rio de Janeiro? TRISTÃO — Tivemos a satisfação de fechar um acordo com o comitê organizador dos jogos Rio 2016. Com isso, automaticamente, a cidade do Rio ganhou 80 mil leitos por noite. Teremos capacidade de hospedagem para quem quiser ir ao Rio. E o mais importante, para qualquer tipo de bolso e orçamento. Tem muita gente que vai aos jogos apenas para viver a atmosfera da cidade durante o evento. Não queremos brasileiros deixando de ir ao Rio por conta de preço. JP — E como está a situação até o atual momento em relação à Olimpíada? TRISTÃO — São 7,5 mil reservas já realizadas para o período dos Jogos Olímpicos, distribuídas em 36 bairros da cidade. O que chama mais atenção é que, além de Copacabana, Barra e Leblon, há reservas em bairros menos turísticos, como Méier e Del Castilho. Os hóspedes vêm, até o momento, de 54 países. São 3,1 pessoas por diária com permanência de 8,5 noites.p

PERFIL DO VIAJANTE AIRBNB BRASILEIRO Dezembro – mês favorito para viajar 35 – média de idade 2,6 – média de pessoas por reserva 6,1 – média de noites por reserva 48% – mulheres que utilizam o serviço como hóspedes BRASILEIROS NO BRASIL preferem: Rio de Janeiro São Paulo Florianópolis

Campos do Jordão (SP) Fortaleza

BRASILEIROS NO EXTERIOR preferem: Paris Nova York Miami

Buenos Aires Londres




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Destinos

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> Diego Verticchio

União faz a força Três empresas se juntaram e estão investindo pouco mais de R$ 250 milhões em três empreendimentos: Aqua Rio, o futuro maior aquário da América Latina; Hotel das Paineiras, um complexo formado por lojas, centro de convenção e restaurantes localizado aos pés do Cristo Redentor e onde já existiu um hotel; e em melhorias no Trem do Corcovado, principal acesso ao monumento turístico símbolo do Rio e do País. O pool é formado pelo próprio Trem do Corcovado, Cataratas do Iguaçu e Bel-Tour, empresa carioca ligada ao setor de transporte. “Resolvemos apostar no Rio de Janeiro. Esses projetos tiveram início antes desta crise, mas mesmo diante do cenário desafiador seguimos investindo na certeza de que este é um momento passageiro. A cidade do Rio segue em evidência, recebendo cada vez mais turistas e por isso estamos confiantes nestes projetos”, afirmou o diretor do Trem do Corcovado, Sávio Neves, à frente dos três empreendimentos Entre os produtos, o Aqua Rio é o que mais demanda investimentos e será o primeiro a ser inaugurado. Previsto para abrir no dia 1º de março, aniversário da cidade do Rio, o aquário está recebendo R$ 120 milhões em aporte. A inspiração são os aquários de Lisboa (Portugal) e Monterey (Estados Unidos). “O Aqua Rio terá um conceito parecido com esses dois, só que também voltado para a parte científica, graças às parcerias que fizemos com a UFF e UFRJ. Teremos também uma área de reprodução de espécies”, explicou Neves. O aquário ficará localizado na Zona Portuária, em frente ao novo píer de desembarque de cruzeiros marítimos e ponto de passagem do Veículo Leve sobre Trilho (VLT).

Hotel Paneiras promete ser o novo centro de visitação para o Corcovado

Maquete virtual do Aqua Rio, o futuro maior aquário de América Latina

CRISTO REDENTOR

Também previsto para o ano que vem, o Hotel das Paineiras promete ser o novo centro de visitação para o Cristo Redentor, reunindo lojas, restaurantes e um centro de convenções para até 250 pessoas. O hotel, erguido em 1880 e desativado há 30 anos, tem sua inauguração prevista para

Aqua Rio está recebendo R$120 milhões em aporte

julho do próximo ano, um mês antes dos Jogos Olímpicos. Até o momento já foram investidos cerca de R$ 40 milhões em obras. Segundo Sávio Neves, o espaço contará com um grande restaurante operado pelo consórcio e um botequim servindo o melhor das “comidas de boteco”. “É um novo complexo turístico com espaço para eventos, restaurante com vista panorâmica, bar e lojas de souvenires. Estamos construindo também um estacionamento para 120 carros”, afirmou Neves. “Era para estar pronto no período da Copa, mas a obra foi embargada. Conseguimos a licença há um mês e, desde então, estamos trabalhando para ficar pronto antes da Olimpíada”, concluiu. O terceiro empreendimento é a reforma no Trem do Corcovado, incluindo melhorias na Estação Cosme Velho e troca dos trens. Este projeto tem parceria do próprio Trem do Corcovado e das Cataratas do Iguaçu e está recebendo investimentos na ordem de R$ 100 milhões, que serão aplica-

dos, majoritariamente, em seis novos trens. “Serão similares aos que estão em operação hoje, só que com capacidade maior, passando de 100 para 150 passageiros por viagem”, destacou Neves, lembrando que os novos trens vão entrar em operação somente em 2017. Para reforma da estação, o investimento gira em torno de R$ 25 milhões. A obra começa em março do próximo ano e segue até outubro, com uma parada em julho e agosto para não atrapalhar o fluxo de turistas. O Trem do Corcovado também firmou uma parceria com a Fetranspor para a construção de um estacionamento de 220 carros próximo à estação. “Não é muito, mas para quem não tem nada o pouco já faz a diferença. Com estas vagas os visitantes terão ‘tranquilidade’ por 200 dias no ano, os outros 165 sei que terão dificuldades para estacionar”, afirmou ciente dos problemas que os turistas enfrentam para visitar o principal monumento turístico do Brasil.p


Te c n o l o g i a

Inovadora solução para aéreas Recentemente, a Amadeus anunciou o lançamento da inovadora solução de inteligência de viagem para companhias

Qantas Airways é a primeira a testar sistema Amadeus

aéreas, Amadeus Schedule Recovery, que minimiza as interrupções geradas nas operações por acontecimentos externos, como mau tempo e congestionamentos no controle do trafego aéreo. O sistema atua como um motor de recomendação utilizando funções de análise de dados, com a finalidade de contribuir para identificar de maneira rápida e eficiente os problemas mais críticos e implantar recursos frente a eles. Além disso, a solução não requer a utilização de outro produto Amadeus, já que pode ser integrado a qualquer sistema de serviço de passageiros. A solução também ajuda as aéreas a tomar decisões

rápidas sobre questões como atraso ou cancelamento de voos, troca ou realocação de slots de pouso, além de reduzir os esforços manuais e melhorar a qualidade das medidas a serem tomadas. Neste contexto, a Qantas Airways - cliente selecionado para lançar o sistema- está utilizando o Schedule Recovery para melhorar sua eficiência operacional na gestão de falhas. “Do ponto de vista das empresas, muitas vezes é difícil medir e isolar as decisões de controle operacional, razão pela qual o Schedule Recovery oferece uma visão mais integrada das operações e dá a oportunidade de avaliar todos os aspectos de custos associados a qualquer determinação dessa natureza”, afirma o responsável pela inteligência de viagens da Amadeus, Pascal Clement.p

Destinos

Temporada de pinguins O governador de Chubut, província da Patagônia argentina, Martín Buzzi, abriu oficialmente a temporada de pinguins em Punta

Pinguins da reserva de Punta Tombo

Tombo. ”O grande número de pessoas de toda a província, que vieram até a reserva mostra o sucesso da Vigília. Tivemos um milhão de pessoas conectadas através do Facebook e 50 mil via streaming, isso ajuda a consolidar o produto”, afirmou Buzzi, durante a cerimônia. A “Vigília de Pinguins” é um esforço conjunto da Secretaria de Turismo e da Secretaria de Mídias e Informação Pública de Chubut.p

Martín Buzzi durante a abertura da temporada de pinguins


SurFACE

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DE LONDRES PARA BH

Depois de cerca de três anos e meio no Visit Britain, Samuel Lloyd está deixando o escritório de Turismo da Grã-Bretanha em São Paulo para voltar a Belo Horizonte, sua cidade natal. Na capital mineira, Samuel vai assumir um novo desafio profissional, a ser anunciado em breve. Samuel respondeu pela gerência do escritório na América Latina e, nos últimos seis meses, ocupou o cargo de chefe interino do departamento de Marketing na matriz de Londres, com foco no desenvolvimento da nova plataforma global de marketing digital com lançamento previsto para as próximas semanas. “Sempre terei muito orgulho de ter participado de um time vencedor, referência mundial em legado olímpico na promoção de um dos melhores destinos do mundo. Agora chegou a minha vez de ajudar o Brasil neste caminho” comentou Samuel Lloyd. Seu e-mail: samuellloyd@gmail.com.  Participantes do curso em Los Angeles (esquerda para direita): Décio Slomp (Avipam), Gabriela Mundim (Tam), Frederico Carvalho Gomes (Aerotur), Márcia Martinez (Tam), Wender da Silva Souza (CNT), Felipe Miranda (Tam), Natália Marques (Tam), João Paulo Stropaissi (CVC), Fabio da Luz Rodrigues (Esferatur) e Augusto Mazeto (Tam) (foto: divulgação)

Samuel Lloyd

MAIS SEA WORLD

PRÊMIO NOS EUA

O programa de relacionamento Club Latam levou as agências com melhor desempenho em vendas no primeiro semestre deste ano, para Los Angeles (Estados Unidos), pela Campanha Agências de Elite. A viagem ocorreu entre 2 e 6 de novembro, período em que os premiados da CNT, Avipam, Esferatur, CVC e Aerotur, realizaram um curso de Gestão de Negócios na University of La Verne, uma das mais tradicionais universidades norte-americanas. “O curso é uma forma de reconhecer o excelente desempenho dos nossos parceiros e também uma oportunidade para ampliar ainda mais sua visão do negócio com uma experiência e formação internacional. Nosso objetivo é contribuir com a performance dos resultados destas agências e fortalecer ainda mais nosso relacionamento com estes importantes parceiros”, ressalta o diretor de Vendas Indiretas da Tam, Igor Miranda. 

Edward Delgado, agora no Sea World/Imaginadora

Edward Delgado é o mais novo integrante da equipe da Imaginadora em São Paulo. Ele foi contratado para cuidar do desenvolvimento de ações de comunicação do Sea World Parks & Entertainment nos mercados da Argentina, Colômbia, Peru, Uruguai, Chile e Equador. A Imaginadora representa os parques Sea World no Brasil e a área de comunicação é comandada por Marjori Schroeder, que agora tem Delgado em seu time, cuidando da América do Sul (Juliana Bordin continua na equipe Brasil). Com mais de sete anos de experiência no setor de turismo, Edward Delgado iniciou sua carreira como relações públicas na The Walt Disney Company, passando também pelo Visit Orlando e Experience Kissimmee, sempre baseado na Flórida. Como executivo de contas na Edelman, já no Brasil, trabalhou com a Accor, no setor de hotelaria, e com a Samsung Electronics, na área de tecnologia e telecomunicações. Seus contatos: eddie-seaworld@ imaginadora.com.br e (11) 3171-3899 – ramal 20. 

SAÍDA DO BRASIL

DO AÉREO PARA A LOCAÇÃO

Flávio Passos

Ex-gerente regional na Tam, Flávio Passos é o novo diretor comercial na Avis Budget no Brasil. Passos lidera todo o time comercial da empresa com foco na locação diária e terceirização de frota. “Desde abril deste ano, a master franquia Avis no Brasil foi integralmente adquirida pelo Grupo ABG (Avis Budget Group) e, nesta nova etapa, renovamos o corpo gerencial da empresa e recebemos relevante aporte financeiro da matriz, o que tem nos permitido investir fortemente na renovação integral da frota, na reforma de nossa rede de lojas e na melhoria de nossos sistemas, processos e serviços oferecidos”, disse ele. “Estou bastante motivado neste novo desafio e convido a todos os parceiros a conhecerem este novo momento da empresa que já se traduz em retorno para a própria empresa, seus canais de distribuição e, claro, o cliente final”. O contato de Flávio Passos é fpassos@avis.com.br ou (11) 3594-4004. 

A Voyage Privé divulgou comunicado informando o encerramento das atividades do escritório brasileiro. A empresa fechou o endereço virtual (e, consequentemente, as vendas) em 12 de setembro e promete prestar assistência até 31 de dezembro. Os números de contato estarão ativos até a data citada por meio dos telefones (21) 3724-0840/0835 e 0800-887-1138, das 10h às 17h, de segunda-feira à sexta-feira (exceto feriados), ou via e-mail: reservas@voyageprive.com. 

Ponto a ponto  Cresce (pelo menos 15%) e assusta a inadimplência de agências de viagens com consolidadoras aéreas. O crédito está ficando mais restrito, em um mercado menor e mais sensível ao preço.  Segundo o termômetro do hub Latam no Nordeste, Natal é a cidade favorita, mas Fortaleza está fazendo forte lobby político e pode surpreender. Recife, dizem, não tem chance. Mas não subestimem os pernambucanos.


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11 a 17 de novembro de 2015 JORNAL PANROTAS

HOSPEDAGEM ALTERNATIVA NA EXPEDIA IMAGEM

Essa é a nova marca do Grupo Brocker, da Serra Gaúcha (veja acima). Será usado por todas as empresas do grupo: Brocker Receptivo, Brocker Viagens, Liga Eventos, Bustour, Jardineira das Hortênsias e Jusepe locadora e transporte privativo. De acordo com a diretora geral do Grupo Brocker Turismo, Adriane Brocker Boeira, a modernização da identificação vai conduzir a empresa a um novo patamar de reconhecimento. “Queremos elevar a percepção de qualidade, ao tornar o negócio mais competitivo e aumentar o valor intangível da marca”, destaca a empresária. A holding tem como sócios Adriane Brocker Boeira Guimarães, Fábio Bordin, Carlise Bianchi e Luiza Brocker Boeira e conta atualmente com 170 funcionários.

A TODA

A Hoteldo registrou um crescimento em vendas de 72% em outubro, se comparado ao mesmo período do ano passado. O resultado positivo pode ser atribuído ao crescimento das vendas on-line, que avançaram 110%, enquanto as vendas off-line – via call center – registraram retração de 43%, frente a 2014. Como vendas on-line, a empresa considera aquelas que são realizadas pelas agências de viagens diretamente no site, ou por meio das operadoras via XML. “Ficamos muito contentes pelo crescimento de outubro e mais felizes ainda por ver que esta alta está acontecendo nos canais online. Estamos investindo muito em nossa plataforma digital para que as agências tenham agilidade ao fechar uma venda em poucos cliques. Depender de e-mails e processos manuais retarda muito o processo de compra e os clientes já não têm tempo de esperar por isso”, explica o diretor comercial da Hoteldo Brasil, Alexandre Camargo (foto). 

A Expedia Inc., uma das maiores holdings de empresas de viagens do mundo, anunciou a aquisição do Home Away, empresa de aluguel de casas, e todas suas marcas, por uma quantia de aproximadamente US$ 3,9 bilhões. Como parte do acordo, a Expedia oferecerá para adquirir cada parte ação ordinária da Home Away em troca de US$ 10,15 em dinheiro e 0,2065 de ação ordinária da empresa. O conselho de diretores de ambas as companhias aprovou por unanimidade a transação, que se mantém às condições habituais de fechamento, incluindo aprovações regulatórias e a aquisição da maioria das ações em circulação de ações ordinárias do Home Away. O negócio deve ser concluído no primeiro trimestre de 2016. “Temos enxergado o rápido crescimento de US$ 100 bilhões em acomodações alternativas e temos construído nossa parceria com a Home Away há dois anos. Trazer essa marca para nossa família e adicionar suas marcas para nosso portfólio de viagens é um passo lógico”, destacou o CEO da Expedia, Inc., Dara Khosrowshahi. “Nós esperamos trabalhar em parceria com eles para acelerar sua mudança de um mercado classificado para uma modelo de transação on-line”, completou ele. 

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tendências e tecnologia Edição 90 - 11 a 17 de novembro de 2015

Pesquisa

Destinos pelo mundo Reino Unido: Secundárias brigam com Londres pelo mercado de Turismo

Europa: Férias modernas

Oriente Médio: Irã em alta

Ásia: A uberização da China

Américas: O sonho americano — parte 2

África: O novo cenário de start-ups de tecnologia na África

Índia: Viagem para os sem conta em banco

Pesquisa da Euromonitor com a WTM London, que ocorreu na semana passada, revelou as principais tendências mundiais em destinos e comportamento do consumidor. São tendências que mostram a força do sonho americano, que mostra sua liderança com cada vez mais produtos; como a tecnologia está ajudando destinos secundários no Reino Unido; como China e Índia reagem à economia compartilhada; entre outros desenhos que influenciarão o tráfego de viajantes internacionais nos próximos anos. Essa é a décima edição o WTM Global Trends Report, sempre em parceria com a Euromonitor. Confira a seguir, em que você tem de se inspirar, prestar atenção e investir para atrair mais clientes para os seus negócios. Saiba de antemão que a tecnologia permeia praticamente todas as tendências e estratégias em nossa indústria. Em época de incertezas, seu bom uso é a única garantia de bons resultados.


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11 a 17 de novembro de 2015 PANROTAS TENDÊNCIAS E TECNOLOGIA

Performance Global da Indústria de Viagens % Crescimento de 2014 a 2019 50 45

X

40

% Crescimento anual

35

X

30 25

X

20

X X X

15 10 5 0 -5

2014

2015

Gastos com viagens (doméstico e internacional)

2016 Média de gastos

2017 Gastos on-line de residentes com viagens

2018 X

2019 Gastos mobile de residentes com viagens Fonte: Euromonitor International, OMT

CENÁRIO GLOBAL: INCERTEZAS O primeiro alerta do estudo do ponto de vista global é em relação à incerteza econômica, que continuará em diversos mercados. A destacar: os conflitos políticos crescentes (especialmente no Oriente Médio, Norte da África, Rússia e Ucrânia), um possível aumento da taxa de juros americana, a volatilidade do preço do petróleo e a crise da zona do euro. A previsão do Fundo Monetário Internacional é de crescimento de 3,2% para o PIB mundial este ano, com o crescimento desacelerando nas economias emergentes. Ou seja, o momento é dos países desenvolvidos. Mesmo a

gigante economia chinesa mostra sinais de desaceleração, e o efeito em economias mundiais é imediato. O número de viajantes internacionais chineses, porém, continua crescendo: foram 84 milhões em 2014. Apesar de tudo isso, o estudo é otimista em relação às viagens internacionais, que devem crescer 3,7% sobre o 1,1 bilhão alcançado em 2014. Em gastos, a região da Ásia-Pacífico deverá ver os maiores crescimentos e as reservas via mobile finalmente alcançaram nível de gente grande, com US$ 96 bilhões no ano passado.

TENDÊNCIAS POR DESTINOS A parte dois do sonho americano: trabalhe menos, viaje mais Segundo o estudo da Euromonitor e da WTM London, mostra uma mudança de comportamento em empresas e trabalhadores americanos. Enquanto a primeira parte do sonho americano significa trabalhar muito e quase não tirar férias, isso deverá mudar nos próximos anos. Pesquisas feita pela US Travel Association e pela Expedia mostram que os americanos deixam uma grande quantidade de dias de férias sem serem tirados, o que pode significar custo para as empresas na hora de demissões. A nova

tendência são empresas que estimulam os funcionários tirarem quanto tempo acharem necessário de férias ou folgas. Empresas como a Netflix, Evernote, Gravity Payments e Virgin Group já adotaram isso nos seus escritórios em Nova York, Londres e Genebra. A tendência é estimular o trabalhador a exercer o seu direito de tirar férias. Cabe à indústria de viagens fazê-lo viajar nas férias concedidas. O americano, é fato, terá cada vez mais tempo dedicado a seu lazer. Algumas dicas para aproveitar esse novo fluxo de viajantes: oferecer opções de última hora e já empacotadas; os millennials, muitos dos quais trabalham em empresas que estimulam as férias e folgas, gostam de experiências autênticas e embarcam com facilidade em viagens únicas; tenha opções durante todo o ano e não apenas nos feriados.

Europa moderna

A tecnologia torna-se aliada do viajante, que tem sua experiência personalizada

Incertezas econômicas, crise migratória, euro instável... Mesmo assim, a Europa continuará sendo o principal destino turístico mundial, com 593 milhões de viagens este ano e receitas de quase US$ 500 bilhões. Os consumidores continuam buscando mais valor para suas viagens e isso inclui aumento da compra direta. Os intermediários têm lutado para aumentar suas vendas. Uma tendência dos visitantes na Europa é explorar novos lugares, fora dos roteiros e atrativos mais tradi> Continua na pág. 03


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cionais. Áreas antes evitadas agora são desejadas e modernas e os jovens turistas querem experimentar esse novo mundo. Os turistas chamados de hipsters querem fugir do mainstream e experimentar novidades culturais, de restaurantes veganos a locais que são desmontados de um dia para o outro, de lojas independentes a galerias de artesanato. O papel da Airbnb na abertura dessas áreas aos turistas é destacado no estudo. Muitas dessas vizinhanças não possuem hotéis, e a hospedagem compartilhada ou alternativa é a melhor opção. Mais uma vez os viajantes millennials dominam a cena hipster. Alguns destinos que já fazem sucesso nessas listas incluem Kreuzberg, em Berlim, District VII, em Budapeste, Miera iela, em Riga (Letônia), Dalston, em Londres, Sodermalm, em Estocolmo, Norrebro, em Copenhague, Gracia, em Barcelona, Malasana, em Madri, Amsterdam Noorde, em Amsterdã, e Kalamaja, em Tallinn (Estônia).

Tecnologia ajuda cidades secundárias no Reino Unido A economia do Reino Unido, aponta a Euromonitor, continua no trilho certo, com crescimento lento, mas constante nos últimos anos. O núme-

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Os turistas hipsters querem fugir do convencional e explorar áreas modernas e alternativas

ro de turistas cresce, mas não mais tão rapidamente quanto pós Olimpíada de 2012. O alto valor da libra faz do destino um dos mais caros, até para visitantes europeus, e o desafio para hotéis e companhias aéreas é fazer as vendas crescerem, ainda mais quando a economia compartilhada aumenta sua participação de mercado. Londres continua sendo a joia da coroa, mas muitos destinos estão usando bem a tecnologia para se destacar: de um app a jogos on-line que transformam a experiência dos visitantes. Um dos exemplos é o Realtimetravelguide, que oferece informações turísticas

Média de férias e folgas 2014 Brasil Rússia França Índia Japão

Pago

Alemanha Reino Unido Canadá

Público

EUA China México 0

10

20

30

40

50

Número de dias Fonte: Euromonitor International

OUTR AS T END Ê N CI A S ÁFRICA — Com a chegada e o nascimento de várias start-ups de tecnologia, em países como Gana e Quênia, o continente africano viverá, segundo o Euromonitor, um momento de inovação, que ajudará a mudar a percepção dos turistas internacionais sobre seus destinos. A previsão de crescimento do PIB africano para este ano é de sólidos 5%. No turismo, é esperada uma retomada a partir de 2015, depois dos efeitos do ebola no ano passado. Os hubs de tecnologia irão gerar, também, mais infraestrutura turística e o crescimento das viagens de negócios para o continente. África do Sul e Quênia terão os maiores crescimentos no setor aéreo. CHINA COMPARTILHADA — A economia compartilhada está finalmente decolando na China, com o crescimento de players locais e o incentivo, claro, dos consumidores millennials. ÍNDIA À VISTA — Metade da população indiana não tem conta em banco. As empresas de viagens estão adotando como prioridade o pagamento em dinheiro para não perder cerca de 750 milhões de potenciais viajantes.p


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11 a 17 de novembro de 2015 PANROTAS TENDÊNCIAS E TECNOLOGIA

Divulgação/Euromonitor

via Twitter, dadas por experts locais ou profissionais de turismo. Há desde ofertas reais até razões para visitar os destinos. Já a cidade de Bristol instalou 200 beacons no ano passado para melhorar a experiência dos turistas. Muito usada pela indústria de varejo, a tecnologia dos beacons identifica smartphones e manda informações relevantes do local onde seus donos se encontram. Cidades como Bristol, Cambridge, Glasgow e Milton já abraçaram a Iniciativa de Cidades Inteligentes do Reino Unido. As chamadas smart cities são uma tendência mundial. Quem vai sair na frente aqui no Brasil?

A vez do Irã

O Oriente Médio, conflitos à parte, é uma das regiões com crescimento garantido nos próximos anos, com previsão de aumento de PIB em 2,4% este ano, com países como o Catar chegando a 6% de incremento. As chegadas internacionais devem crescer 3,4% este ano, depois de uma queda gerada por questões de segurança. A expectativa do estudo é para uma abertura do Irã ao turismo, como um player único e dos mais interessantes do ponto de vista turístico e cultural. Russos, franceses e alemães já podem obter um visto para o Irã ao chegarem ao país, o que é considerado importante investimento para o turismo. O Reino Unido já retirou seu alerta de “somente viagem essencial” para a maior parte do país, mais um passo para a abertura turística. O país tem boa malha

Conflitos à parte, o Oriente Médio é uma das regiões com crescimento garantido nos próximos anos

aérea para a África, Europa e Ásia e, além do turismo cultural, histórico e religioso, também tem opções de aventura e até 19 resorts de esqui. No ano passado, o país recebeu cinco milhões de turistas, 90% dos quais em viagem religiosa, histórica ou para contato com a natureza. Nenhuma marca internacional opera no mercado iraniano, mas marcas locais fortes, como a Rotana, dos Emirados Árabes, já se prepararam para o boom iraniano. Pelo menos quatro hotéis Rotana serão abertos em Teerã e Mashhad até 2018, todos com a marca Rayhaan, que tem foco no turismo religioso. Cerca de 50 mil iranianos já estão cadastrados no site de compartilhamento de hospedagem couchsurfing.com. Os investimentos em infraestrutura turística são os maiores desafios do Irã como destino turístico.

TECNOLOGIA DITA TENDÊNCIA Tecnologia para Viagens: principais indicadores mundiais 2013 - 2015 Crescimento percentual

2013

2014

2015

Locadoras de veículos

7,6

6,4

6,9

Companhias aéreas

8,2

8,6

6,8

Outros modais de viagens

7,4

5,7

5,8

Hotéis

11,7

12,4

10,3

Intermediários

7,3

6,8

6,8

valor via internet (US$)

Fonte: Euromonitor International

A tecnologia 3.0 chega para enriquecer as experiências de viagens, tendo como um dos destaques a personalização de acordo com o gosto do viajante. Graças à tecnologia mobile e à análise de big data, as empresas de viagem e tecnologia podem ofe-

O sonho americano está mudando: empresas estimulam os funcionários a tirarem quanto tempo de férias acharem necessário

recer coisas interessantes para cada viajante durante a viagem. Por exemplo, o aplicativo do Tripadvisor para o Apple Watch pode mandar uma notificação na hora do almoço indicando o restaurante mais bem avaliado na região em que o viajante está. O próximo passo será fazer a mesma coisa baseado nos gostos pessoais do turista. O Google Now está mirando em uma tecnologia que traga as informações antes que o consumidor peça, baseando-se em seu comportamento e com a geolocalização oferecendo sugestões locais relevantes. Segundo Nathalie Huth, do Google da Alemanha, “as empresas precisam conhecer seus clientes e conectar os dados corretos no momento certo, para entregarem o serviço apropriado”. “As pessoas esperam que as empresas os conheçam melhor que seus vizinhos e que se engajem com eles de uma forma muito personalizada. A boa notícia é que a tecnologia digital permite que as companhias individualizem cada conexão com o consumidor. O Google Now é um grande exemplo de serviço que oferece informação com conteúdo no momento em que ela é importante para o viajante”, completou o diretor de Vendas do Google do Reino Unido, Bernd Fauser.p



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