Toponímia LX - Professor José Mariano Gago

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JOSÉ MARIANO GAGO Professor, cientista e político

1948-2015

COMISSÃO MUNICIPAL DE TOPONÍMIA Novembro 2016


José Mariano Gago, com 10 anos, no Liceu Camões


Falar do desenvolvimento da Ciência em Portugal, hoje, significa falar de José Mariano Gago e do modo extraordinário como soube conciliar o seu saber, como investigador e cientista, com uma visão estratégica e capacidade de execução como político. José Mariano Gago, nascido em Lisboa, em 1948, alcançou um enorme prestígio em Portugal e no estrangeiro. Revelou, ao longo da sua vida, uma forte coerência entre o seu pensamento humanista e a sua ação política e cívica. Foi inovador ao promover um contínuo diálogo entre as ciências, as humanidades e as artes com a escola e a sociedade no seu conjunto. É disto testemunho a instituição, em 1997, do Dia Nacional da Cultura Científica, a 24 de Novembro, dia que assinala o nascimento de Rómulo de Carvalho, professor e divulgador científico e poeta. Um dos notáveis legados que perpetua a ação política de José Mariano Gado reside na criação da Rede de Centros de Ciência Viva, espalhados pelo país, tendo como objetivo a promoção da cultura científica, numa perspetiva de cultura de proximidade e de interligações com as Escolas e as Universidades, entre cientistas e não-cientistas, incentivando a realização de práticas experimentais de ensino das ciências nas escolas, bem como de maior aproximação e familiarização da Ciência com a vida das pessoas. Pela dedicação em toda a sua vida a causas sociais e de cidadania, pelo seu decisivo contributo no fomento de estudos científicos e tecnológicos e na divulgação da Ciência no nosso país, assim como na internacionalização de gerações de investigadores e cientistas portugueses, a Câmara Municipal de Lisboa tem a maior honra em atribuir o nome de José Mariano Gago ao largo onde se situa o Pavilhão do Conhecimento – espaço que continua a ter uma função relevante e essencial para a Cidade e para o País, na promoção e divulgação da Cultura Científica e Tecnológica – na nova freguesia do Parque das Nações, prestando-lhe uma profunda homenagem e inscrevendo-se o seu nome na memória coletiva de Lisboa. Lisboa, novembro de 2016 Catarina Vaz Pinto Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa


José Mariano Gago e a afilhada de sua mãe, Maria do Rosário Caromba

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JOSÉ MARIANO GAGO

José Mariano Gago destacou-se como o grande impulsionador do desenvolvimento científico e tecnológico em Portugal. Nascido em Lisboa em 16 de maio de 1948, foram seus pais o advogado Eduardo Francisco Pires Gago e Maria das Dores Rebelo Pires Gago, que na juventude desenvolveu intensa atividade de voluntariado e foi uma apaixonada pela música, de tal modo que desde cedo o levava aos concertos na Gulbenkian. O jovem Mariano Gago estudou no Colégio Valsassina e fez os estudos secundários no Liceu Camões em Lisboa. Licenciou-se em Engenharia Eletrotécnica no Instituto Superior Técnico (IST), em 1971, e como bolseiro do Instituto de Alta Cultura 1 partiu nesse mesmo ano para Paris para realizar o seu doutoramento em Física, versando a produção e transferência de energia, tendo-o concluído em 1976 na Faculdade de Ciências da Universidade de Paris. Nos seus anos de estudante no IST empenhou-se ativamente na militância pró-democrática, intervindo no movimento estudantil e na defesa de uma política social justa. Em 1969 foi eleito Presidente da Associação de Estudantes do IST. O seu intervencionismo na oposição ao Estado Novo valeu-lhe um mandato de captura pela PIDE no ano de 1972. Estando à época no país, Mariano Gago exilou-se em Paris equacionando não voltar. (1) O Instituto de Alta Cultura foi o organismo responsável pela condução da política cultural de divulgação da língua e cultura portuguesas no estrangeiro, e da investigação científica, entre 1952 e 1976. 3


José Mariano Gago iniciou a sua atividade profissional na Escola Politécnica de Paris como investigador no domínio da física experimental das partículas elementares, prosseguindo-a em Meyrin, nos arredores de Genebra, Suíça, onde se dedicou ao campo da aceleração e colisão de partículas e das altas energias, no Laboratório Europeu de Física de Partículas da Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN) 2. Após o 25 de Abril de 1974 passou alguns períodos mais prolongados no nosso país, embora mantivesse a sua residência em Genebra, e participou voluntariamente em campanhas populares de alfabetização e educação de adultos. Na Suíça criou e dinamizou, na Universidade Operária de Genebra, a educação permanente de emigrantes portugueses. Cativado por essa vertente educacional Mariano Gago chegou a equacionar seguir profissionalmente a área, resultando desse período da sua vida o livro Homens e Ofícios, publicado com o apoio da UNESCO 3. A Revolução de Abril abriu horizontes e gerou expectativas nas populações, de superação das exclusões e desigualdades herdadas do regime anterior. Valorizou-se a necessidade da aposta no direito ao saber, à educação e instrução dos filhos e das gerações futuras, permitindo abrir as portas a uma mobilidade social que possibilitasse deixar para trás a pobreza e o estigma de um Portugal onde o analfabetismo endémico reinava. O movimento científico que se tinha gerado estimulou essas novas exigências educacionais, identificando-as com a inevitabilidade de progresso civilizacional. O rápido desenvol(2) O CERN foi criado em 1953 e de acordo com a Convenção assinada pelos Membros Fundadores, o objetivo principal desta organização científica foi a “promoção e a colaboração entre Países Europeus na área da investigação fundamental no domínio da Física da Altas Energias (FAE), de modo a permitir à Europa a liderança nesse domínio”. Desde então, o CERN é o maior laboratório de física de partículas do mundo, localizado na região noroeste de Genebra, na fronteira Franco-Suíça. (3) A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura foi fundada em Paris em 4 de novembro de 1946 com o objetivo de contribuir para a paz e segurança no mundo mediante a educação, a ciência, a cultura e as comunicações. 4


José Mariano Gago visita o Festival Nacional do Science on Stage, 2006 (Fonte: Arquivo Ciência Viva)

vimento científico a que se assistiu no Portugal da época, em muito se deveu a uma congregação de vontades e esforços para os quais indubitavelmente Mariano Gago muito contribuiu Em 1979, Mariano Gago foi aprovado para professor agregado em Física no IST e em 1981 foi um dos responsáveis pela primeira exposição de divulgação científica no país, denominada “De que São Feitas as Coisas?”, que seria apoiada pelo CERN e destinada ao grande público. Esta exposição, de acesso gratuito, permaneceu uma semana no Pavilhão Central do IST e viria a ser visitada por milhares de visitantes. Foi dedicada exclusivamente à Ciência e o seu sucesso deveu-se à promoção do contacto direto entre os visitantes e os cientistas, operando experiências concretas, discutidas e interpretadas em conjunto. Em paralelo decorria na Fundação Calouste Gulbenkian a Conferência Europeia de Física de Altas Energias, que se realizava pela primeira vez em Portugal e onde estiveram presentes Richard Feynman 4 e Abdus Salam 5. (4) Richard Philips Feynman foi um físico norte-americano do século XX, um dos pioneiros da eletrodinâmica quântica e Nobel de Física de 1965. (5) Abdus Salam foi um físico paquistanês. Recebeu o Nobel de Física de 1979. 5


António Guterres e José Mariano Gago na exposição Ciência e Desporto, 1999 (Fotografia de Luísa Ferreira, Arquivo Ciência Viva)

Em 1986 José Mariano Gago ainda residia na Suíça com a esposa, a socióloga Karen Wall Gago e a filha, a arquiteta Catarina Wall Gago (então com dois anos de idade) quando foi convidado para presidir à Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT) 6. Tendo então aceitado o convite, mudou-se com a família para Lisboa e assumiu o cargo entre 1986 e 1989. O ano anterior fora um ano determinante para o futuro de Portugal devido à sua adesão à CEE, sendo um dos resultados práticos dessa adesão a consolidação dos sistemas educativos, nomeadamente no campo das ciências. Incentivou-se a modernização do país na área da investigação, quer através de uma maior colaboração entre departamentos universitários, quer pela tentativa de criar oportunidades (6) A Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica foi criada em 1967, tendo por funções planear, coordenar e fomentar a investigação científica e tecnológica em Portugal. 6


para jovens investigadores. Por outro lado, é de realçar a importância para a própria adesão dos processos sociais de desenvolvimento cultural, político, económico e educacional em curso em Portugal. A JNICT, sob a direção de José Mariano Gago, acompanhou essa evolução e foi um dos seus impulsionadores. Na junta o professor passou a ter a possibilidade de intervir diretamente no domínio da política científica e fê-lo acreditando na necessidade de articulação do ensino das ciências com a política, visando um verdadeiro desenvolvimento científico. Sob a sua orientação, a junta atribuiu bolsas de estudo a estudantes sem vínculo ao Estado, uma novidade à época, contrariando o automatismo da sua atribuição a docentes universitários para estudos no estrangeiro. Também na JNICT, e por sua iniciativa, é introduzido um programa de avaliação para atribuição de financiamento público, são abertos concursos e atribuídas bolsas em várias áreas científicas, apostando-se na qualidade das equipas e na validação dos seus projetos fosse qual fosse a sua realidade institucional, criando autonomias independentes das universidades e permitindo assim a

Guilherme de Oliveira Martins, Jorge Sampaio e José Mariano Gago no 5.º Fórum Ciência Viva, Pavilhão Atlântico, 2001 (Fonte: Fotografia de Luísa Ferreira, Arquivo Ciência Viva) 7


colaboração direta com outras equipas e a partilha de resultados. Em maio de 1987, a JNICT promoveu as “Jornadas Nacionais de Investigação Científica e Tecnológica” nas quais foram lançadas as bases para um primeiro “Programa Mobilizador da Ciência e da Tecnologia”. Nestas jornadas foram debatidos os caminhos para o desenvolvimento e a legitimação da ciência portuguesa no contexto nacional e internacional, com vista à sua definição e ao seu enraizamento social e político. Para além disso reconheceu-se a necessidade de modificar os sistemas de avaliação em curso, processo que Mariano Gago levaria a cabo nas suas passagens pela governação, e também a necessidade do estímulo do diálogo entre as ciências, as humanidades e as artes com a escola e a sociedade no seu conjunto. Após a sua saída da presidência da JNICT, Mariano Gago escreveu o Manifesto para a Ciência em Portugal, teoricamente um programa de governo para a ciência, que na prática procurou implementar. O seu particular empenho e capacidade de negociação permitiu que o país aderisse ao CERN em 1985, onde foi Presidente da Comissão Nacional e representante de Portugal no Comité de Finanças e no Conselho do organismo. Com o apoio de Jaime Gama, então ministro dos Negócios Estrangeiros do IX Governo Constitucional, de Mário Soares, incentivaram-se os contactos com a Agência Espacial Europeia 7 e concretizou-se a entrada de Portugal na iniciativa Eureka 8. Esta foi para Mariano Gago mais uma época de intensa atividade no exterior, organizando e participando em vários eventos, conferências e estudos científicos no âmbito europeu, como a título de exemplo as semanas de cultura científica promovidas pela União Europeia. (7) Agência Espacial Europeia é uma organização intergovernamental dedicada à exploração do espaço, com 22 estados membros. (8) A iniciativa EUREKA tem como objetivos fundamentais estimular a produtividade e a competitividade da indústria europeia, promovendo a ligação entre as empresas que produzem produtos e serviços, as instituições de I&D e as universidades. 8


José Mariano Gago acompanha Bill Gates na sua visita ao Pavilhão do Conhecimento - Ciência Viva, 2006 (Fonte: Arquivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior)

Em 1991 publicou O estado das Ciências em Portugal e foi coordenador do Programa Científico da Europália 9. No ano seguinte publicou Ciência em Portugal, a que se seguiu O futuro da cultura científica, onde reafirmou a defesa da Ciência, da Tecnologia e do Conhecimento como salvaguardas e motores para o desenvolvimento humano, social e civilizacional. Convidado a integrar o XIII e posteriormente o XIV Governos Constitucionais, de António Guterres, aceitou o desafio e foi entre 1995 e 2002 o titular do primeiro ministério vocacionado integralmente para as áreas científicas e tecnológicas, o Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT), objetivando-se essas áreas como blocos necessários à execução governativa. Enquanto ministro apostou, sem hesitação, na ciência como fator essencial para o progresso do país e empenhou-se na construção de alicerces para a sustentabilidade do seu futuro em Portugal. Em 1996 (9) A Europália, que decorreu na Bélgica, foi uma mostra de arte e cultura em que Portugal foi o país convidado. 9


José Mariano Gago e Rosalia Vargas no 11.º aniversário do Pavilhão do Conhecimento, 2010 (Fonte: Fotografia de Rui Leal, Arquivo Ciência Viva)

é criada a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, que possui hoje uma rede de centros espalhados pelo país, com o objetivo de organizar a promoção da cultura científica, fomentando as orientações estratégicas da cultura de proximidade entre cientistas e não-cientistas e a promoção de práticas experimentais de ensino das ciências nas escolas. O ex-libris do Programa Ciência Viva é o Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, onde no largo frontal será concretizada a homenagem toponímica a José Mariano Gago. Ainda no ministério trabalhou eficazmente no sentido de impulsionar a mudança dos sistemas de reconhecimento e avaliação assentes exclusivamente em hierarquias das próprias instituições, enfrentando os sistemas corporativos instalados e apelando ao acompanhamento e à avaliação internacional da Ciência em Portugal. Esta prática fora iniciada em 1987 na JNICT, mas só se generalizou com a ação do MCT. Ainda sob a tutela do MCT o país aderiu a várias organizações cien10


tíficas, tais como a Agência Espacial Europeia (ESA), o Observatório Europeu do Sul (ESO) 10 ou o Laboratório Europeu de Radiações Sincrotrão (ESRF) 11. Findo o seu segundo mandato, Mariano Gago retomou a carreira docente no Instituto Superior Técnico, organismo de que foi professor catedrático, tendo em 2011 integrado a Comissão de Honra para as comemorações do Centenário da instituição. O professor foi de novo chamado à vida política, em 2005 e 2011, agora na qualidade de Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, para integrar os XVII e XVIII Governos Constitucionais, de José Sócrates. Mariano Gago colaborara nos anos anteriores com o Conselho Geral de Educação (CNE) no estudo de possíveis propostas de reorganização do Ensino Superior. A inclusão deste último no seu ministério abriu caminho à implementação de reformas na área e a 13 de fevereiro de 2007 o ministro apresentou em reunião plenária do CNE, contando com o seu apoio, “As linhas de orientação para as reformas do ensino superior em Portugal”, que prefiguravam um esboço de reforma do sistema. O Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) instituído pela Lei n.º 62/2007, de 10 de setembro, estabeleceu várias mudanças ao modelo vigente de organização e gestão das Instituições de Ensino Superior, clarificando e reforçando a sua margem de autonomia relativamente ao Estado para, nos termos da lei, adotarem “o modelo de organização institucional e de gestão que considerem mais adequado à concretização da sua missão, bem como à especificidade do contexto em que se inserem”. Nesse contexto o Estado (10) O Observatório Europeu do Sul, criado em 1962, é uma organização intergovernamental de pesquisa em astronomia. (11) Fundado em 1988 e em operação desde 1994, o ESRF é uma infraestrutura de investigação que manobra uma poderosa fonte de raios X, usada por cientistas de vários países para levar a cabo investigação básica e aplicada na área da Física, Química, Ciência dos Materiais e Ciências da Vida. 11


passou a contratualizar com cada instituição os objetivos a atingir e a proceder à sua avaliação, o que veio impor a reorganização dos organismos. A sua aplicação não foi pacífica, contando o ministro com a oposição dos sistemas instalados nas universidades, numa época de necessidade da aplicação de sucessivos cortes orçamentais. Mariano Gago foi presidente até à data do seu falecimento do Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP)12, criado em maio de 1986 no seguimento da adesão de Portugal ao CERN, foi membro da Academia Europeia de Ciência, fundada em 1988, e foi agraciado com o título de Comendador da Ordem de Sant’Iago da Espada em 1992 e com a Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal em 2015, a título póstumo. Foi igualmente distinguido em 2007 com a Grã-Cruz da Ordem de Isabel a Católica de Espanha, e dois anos depois com a Grã-Cruz com Estrela da Ordem do Mérito, na Alemanha. Mariano Gago faleceu a 17 de abril de 2015, em Lisboa, vítima de doença prolongada. No seguimento de uma proposta da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, a Comissão Municipal de Toponímia e a Câmara Municipal de Lisboa em sessão de câmara, aprovaram por unanimidade a homenagem ao Professor José Mariano Gago, personalidade de reconhecido mérito e prestígio nacional e internacional, tendo a honra de inscrever o seu nome na memória da cidade atribuindo-o a um largo da novel freguesia do Parque das Nações.

(12) Com delegações em Lisboa e Coimbra, a criação do LIP veu congregar e potenciar os esforços da então embrionária comunidade de físicos experimentais de particulas em Portugal. 12


José Mariano Gago, 2010 (Fonte: Fotografia de Rui Leal, Arquivo Ciência Viva) 13


José Mariano Gago a discursar na conferência anual do ECSITE em Lisboa, 2007 (Fonte: Fotografia de Luísa Ferreira, Arquivo Ciência Viva) 14


BIBLIOGRAFIA

• Vargas, R. (coord.), Noronha, A. (coord.), Catalão, C. (coord.), Reis, P. (ed.) (2016). Homenagem a José Mariano Gago – www.marianogago.org Noprint – A casa do Livro; Lisboa. • Arquivo de Ciência e Tecnologia (ed.) (2015). “José Mariano Gago - Presidente da JNICT entre 1986 e 1989”, última atualização abril de 2015, consultado 3 de novembro de 2016 em: http://act.fct.pt/historia-da-ciencia/protagonistas/jose-mariano-gago-1948/ • Pina-Cabral, João de (2011). “Entrevista a José Mariano Gago” Análise Social, vol. XLVI (200), 2011, 388-413, consultado 3 de novembro de 2016 em: http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1325586077J8zDR6sq3Ep56EE1.pdf • Conselho Nacional de Educação (ed.), Bettencourt, A. M. (dir.), Miguéns, M. (coord.) (2013). Autonomia e Governança das Instituições Públicas de Ensino Superior [Atas do Seminário Autonomia e Governança das Instituições Públicas de Ensino Superior], consultado em 5 de novembro de 2016 em: http://www.cnedu.pt/content/edicoes/seminarios_e_coloquios/Autonomia_e_ Governan%C3%A7a_das_Institui%C3%A7%C3%B5es_P%C3%BAblicas_de_ Ensino_Superior.pdf

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FICHA TÉCNICA

Edição | Câmara Municipal de Lisboa Presidente | Fernando Medina Pelouro da Cultura | Catarina Vaz Pinto Direção Municipal de Cultura | Manuel Veiga Departamento do Património Cultural | Jorge Ramos de Carvalho Título | José Mariano Gago Textos | António Adriano Design | Ernesto Matos Tiragem | 500 Ano | 2016 Depósito Legal | 417849/16 Execução gráfica | Imprensa Municipal de Lisboa Foto de capa | @Luisa Ferreira


LARGO JOSÉ MARIANO GAGO

38°45’46.6”N 9°05’44.2”W 38.762956, -9.095623



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