Toponímia LX - Álvaro Cunhal

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ÁLVARO CUNHAL Secretário-Geral do Partido Comunista Português

1913-2005

COMISSÃO MUNICIPAL DE TOPONÍMIA Junho 2013 1


Ao consagrar na toponímia da cidade de Lisboa a figura de Álvaro Cunhal, integrando este acto nas comemorações do centenário do seu nascimento, a Câmara Municipal de Lisboa cumpre, antes de mais, a sua responsabilidade institucional no fortalecimento da nossa memória histórica comum. A consciência colectiva e a identidade esclarecida são fundamentos de uma cidadania activa, de que tanto precisamos. Ao inscrever no espaço público da cidade o nome de Álvaro Cunhal, a Câmara Municipal de Lisboa evoca um político e um cidadão que viveu em e morreu em Lisboa, marcou fortemente a história portuguesa do século XX, teve projecção internacional e é uma referência para muitos portugueses. Heróico protagonista da resistência antifascista, Álvaro Cunhal assumiu a sua militância ideológica, política, social e cultural com uma entrega total, devotando-se-lhe por completo. Ele mesmo afirmou: “Ser comunista não é apenas uma forma de agir politicamente. É uma forma de pensar, de sentir e de viver”. Por isso, durante toda a vida e até ao fim, serviu com uma fidelidade inabalável e uma coerência inalterável as causas e as convicções que foram as suas. Álvaro Cunhal foi líder político, deputado, ministro, conselheiro de Estado. A par da intensa actividade política e social que realizou, foi também, desde a juventude, um homem de cultura, possuidor de dotes artísticos que ele sempre quis ao serviço das suas ideias políticas e da sua visão do mundo. Pintor, desenhador, ficcionista, ensaísta, para ele a arte era uma expressão de denúncia, resistência, protesto e combate, um meio de representação e de transformação da sociedade. Sendo a toponímia uma forma de enriquecimento do património memorial da cidade e de evocação do legado de quem, pela sua personalidade, pela sua obra, pela sua acção, marca a história de cada tempo, a Câmara Municipal de Lisboa presta este tributo a Álvaro Cunhal, assinalando o centenário do seu nascimento. Em Cunhal, a vida, o pensamento e a acção eram inseparáveis e constituíam um todo. Personalidade forte e fascinante, combatente corajoso e determinado, comunista íntegro e integral, ao dar o seu nome a uma avenida da cidade, a Câmara Municipal de Lisboa presta público reconhecimento à sua memória e afirma o pluralismo que enriquece a nossa democracia. Lisboa, junho de 2013 António Costa Presidente da Câmara Municipal de Lisboa 2


ÁLVARO CUNHAL 1913-2005 Álvaro Barreirinhas Cunhal nasceu em Coimbra, na freguesia da Sé Nova, no dia 10 de novembro de 1913. Foi o segundo filho de Avelino Henriques da Costa Cunhal e de Mercedes Simões Ferreira Barreirinhas Cunhal, doméstica e católica fervorosa. Teve três irmãos, tendo os dois mais velhos, António José e Maria Mansueta, morrido vítimas de tuberculose. A irmã mais nova, Maria Eugénia, era catorze anos mais nova que Álvaro Cunhal, mas a diferença de idades não impediu o estabelecimento de uma relação forte entre ambos. O seu pai, advogado, ocupou o cargo de Governador Civil da Guarda, foi professor e colaborador da revista Seara Nova. Dedicava os tempos livres a pintar, e escreveu livros sob o pseudónimo de Jorge Serôdio e também com o próprio nome. Foi um opositor do regime salazarista, e empenhou-se na defesa dos detidos pelo Estado Novo, acusados de crimes contra a nação e práticas subversivas. O seu filho herdou alguns atributos do seu pai, como a tradição cultural, a forte personalidade e a cultura humanista. Viveu em Seia, terra natal do seu pai, a partir dos três anos. Durante a escola primária, o seu pai discordou com o método de ensino lecionado pela professora, retirou-o da escola, e acabou por realizar os restantes estudos primários em casa. Tinha 11 anos de idade quando Álvaro Cunhal migrou com a família para Lisboa. Prosseguiu os estudos no Liceu Pedro Nunes, e posteriormente no Liceu Camões, vindo a concluir o curso Liceal em 1931, com 17 anos de idade. Ingressou ainda nesse ano na Faculdade de Direito de Lisboa. Na universidade participou no Movimento Associativo Estudantil, e filiou-se no Partido Comunista Português (PCP). 4

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As suas primeiras atividades partidárias desenvolveram-se na Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas (FJCP), Liga dos Amigos da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, e no Socorro Vermelho Internacional (organização de auxílio a presos por motivos políticos). Em 1932 foi eleito para a Direção da Associação Académica da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, e em 1934 foi eleito representante dos estudantes do Senado Universitário de Lisboa. A sua primeira proposta de mudança apresentada, após a eleição, foi a de acabar com a Mocidade Portuguesa. A sua dedicação à atividade política fez com que os estudos universitários fossem relegados para segundo plano. Em 1935, Álvaro Cunhal foi eleito secretário-geral da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesa (FJCP). Entrou em clandestinidade, e deslocou-se a Moscovo para participar no VI Congresso da Internacional Juvenil Comunista e acompanhou Bento Gonçalves(1) nos trabalhos do VII Congresso da Internacional Comunista. No ano seguinte ingressou no Comité Central do Partido Comunista Português, e em 1936 foi enviado a Espanha, onde presenciou os primeiros cinco meses da Guerra Civil Espanhola. No dia 20 de junho de 1937, foi detido pela primeira vez, sob a acusação de distribuir propaganda de rua, e levado para a Cadeia do Aljube, em Lisboa. Após um ano de detenção, foi libertado e forçado a cumprir serviço militar, no Quartel de Santo Estevão, em Penamacor. Durante o serviço militar é coagido a executar tarefas de soldado, as quais não eram compatíveis com os seus estudos, que lhe dariam acesso ao posto de oficial miliciano. Mais tarde foi dispensado de cumprir o restante tempo de serviço militar, por motivos de saúde, após submeter-se ao parecer de uma junta médica.

Álvaro Cunhal foi novamente preso, em maio de 1940. Aproveitou este tempo para estudar na cela, concluindo assim o Curso de Direito. Realizou o exame final de curso na Faculdade de Direito, em Lisboa, sob escolta policial. O trabalho de fim de curso teve como tema O Aborto: Causas e Soluções. É uma dissertação que incide sobre as questões sociais e jurídicas do aborto. A tese foi avaliada por figuras destacadas do regime salazarista, como Marcelo Caetano, Cavaleiro Ferreira e Paulo Cunha, que classificaram o trabalho com dezasseis valores. Após readquirida a liberdade, ainda em 1940, começou no ano seguinte a trabalhar como regente de estudos no Colégio Moderno, a convite do Dr. João Lopes Soares(2). Foi aqui que tomou contacto e conviveu com a família Soares e com seu filho e camarada, Mário Soares, que mais tarde viria a ser seu adversário político. Ainda nesse ano passou a integrar o grupo de elementos acabados de regressar do Tarrafal e de outras cadeias que ficou conhecido como os reorganizadores do Partido. Depois da prisão de Júlio Fogaça, Álvaro

(1) Homenageado na Toponímia de Lisboa através de Edital de 24/09/1996.

(2) Homenageado na Toponímia de Lisboa através de Edital de 30/12/1974.

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Cunhal passou a integrar, em outubro de 1942, o Secretariado do Comité Central, destacando-se na organização do Partido, na criação do coletivo partidário, bem como nas lutas operárias pela democracia. No IV Congresso do PCP, que ocorreu em 1946, Álvaro Cunhal desempenha papel particular na elaboração e defesa da política de levantamento nacional, como via para o derrubamento do fascismo, e na derrota da chamada política de «transição» que havia sido sustentada por vários elementos do Partido no Tarrafal. Este processo de transformação interna, pretendia salvaguardar os direitos da classe operária e reforçar a luta contra o fascismo, conseguindo que o Partido Comunista Português se tornasse numa referência nacional assente numa filosofia marxista-leninista. Álvaro Cunhal incentivou ainda a criação de um aparelho técnico do partido, constituído por um grupo de funcionários do PCP, revolucionários profissionais que trabalhavam na clandestinidade que tiveram um papel decisivo no desenvolvimento da organização do Partido, na sua ligação às massas, nomeadamente na organização das greves que decorreram em 1943, 1944 e 1947, e ainda na criação do Movimento de Unidade Antifascista. Em 1947 realizou uma viagem clandestina à URSS, à Checoslováquia, à Jugoslávia e à França, com o intuito de reestabelecer os contatos do partido com o movimento comunista internacional que se tinham interrompido devido a uma avaliação errónea pela Internacional Comunista, quanto à situação do PCP, pondo assim fim a uma década de isolamento do partido a nível internacional. É detido pela terceira vez em março de 1949, numa casa situada no Luso. Nos primeiros catorze meses desta detenção esteve incomunicável numa cela sem luz natural e onde a luz elétrica nunca se apagava. Foi julgado e condenado em maio de 1950 pelo Tribunal Plenário, tendo preparado a sua defesa na situação de completo isolamento. Permaneceu preso durante onze anos, oito dos quais em total isolamento. Numa fase inicial esteve preso na Penitenciária de Lisboa,

sendo transferido para a Cadeia do Forte de Peniche em 1958. Durante a detenção, foi torturado de uma forma desumana na tentativa de o debilitarem moral e fisicamente. Álvaro Cunhal resistiu e combateu as tentativas do regime de o debilitar, com muito trabalho, ocupa o tempo a desenhar, a escrever e a realizar traduções. No dia 3 de janeiro de 1960, tinha então 47 anos de idade, conseguiu evadir-se da Cadeia do Forte de Peniche em conjunto com outros nove camaradas, detidos no mesmo estabelecimento prisional. Esta célebre fuga, bem planeada, contou com a cumplicidade e a ajuda de um guarda-republicano dos efetivos destacados para a segurança da cadeia. Escalaram o muro da prisão com o auxílio de lençóis, e do lado de fora eram aguardados por camaradas. Após a fuga, Álvaro Cunhal viveu cerca de dois anos em Portugal, na clandestinidade. Esteve escondido em diversos pontos do país como Sintra, Ericeira, Amadora, Coimbra e Porto. No dia 23 de dezembro de 1961, nasce Ana Cunhal, a sua única filha, fruto da relação com Isaura Maria Moreira, funcionária do PCP. Esta relação viria a terminar mais tarde quando residiam em Moscovo. Nos últimos anos de vida, Álvaro Cunhal tinha como sua mulher Fernanda Barroso, membro do Comité Central do PCP.

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No mês de março de 1961, é eleito Secretário-Geral do PCP, cargo que estava quase há mais de 20 anos por preencher, desde a morte de Bento Gonçalves, em 1942, no campo de concentração do Tarrafal. Ao assumir esta responsabilidade, desenvolveu um intenso trabalho de reflexão, criticando as orientações então prevalecentes no Partido, propôs uma correção aos métodos de trabalho, e fundamentou a via para o derrubamento do fascismo assente na realização de um levantamento nacional. Estas orientações produziram “frutos”, nomeadamente em 1962, nas manifestações decorridas no 1º de maio, e na conquista das oito horas de trabalho por parte dos trabalhadores agrícolas do sul. Durante este período, Álvaro Cunhal produziu dois documentos importantes para o coletivo partidário, que promovia ações de luta ideológica, sendo eles: O Desvio de Direita no Partido Comunista Português nos Anos 1956/1959 e A Tendência Anarco-Liberal na Organização do Trabalho de Direção. Em finais de 1961 é enviado pelo PCP para o estrangeiro, tendo estado inicialmente em Moscovo, e posteriormente em Paris. Mesmo vivendo em exílio, participou em reuniões do Comité Central e em 1964 apresentou o Relatório, Rumo à Vitória. Esta publicação descreve o panorama político nacional à época e a natureza do fascismo. Incentiva a luta antifascista, da classe operária e do partido. Esta obra deu um valioso contributo para a constituição do programa do Partido, assente na Revolução Democrática e Nacional, programa este que foi aprovado no VI Congresso, em setembro de 1965. Em 1969, na Conferência dos Partidos Comunistas da Europa Ocidental, Álvaro Cunhal, assumiu a presidência do congresso. Ficou patente a grande importância que tinha no movimento comunista mundial. Regressou a Portugal após a Revolução dos Cravos, no dia 30 de abril de 1974. No dia 1 de maio em Lisboa, discursa na comemoração do dia do trabalhador, ao lado de Mário Soares, perante uma assistência calculada entre 500 a 600 mil pessoas. 10

A 16 de maio, tomou posse como ministro sem pasta no I Governo Provisório presidido pelo Professor Adelino da Palma Carlos(3). Ocupou o mesmo cargo durante os três governos provisórios seguintes, até agosto de 1975, presididos pelo General Vasco Gonçalves(4).

Álvaro Cunhal apresentou no VIII Congresso (1976) o trabalho A Revolução Portuguesa, o Passado e o Futuro que fora aprovado pelo Comité Central do Partido. Trata-se de uma análise sobre a revolução portuguesa, que aborda os últimos anos da ditadura e os principais desenvolvimentos após o 25 de abril. (3) Homenageado na Toponímia de Lisboa através de Edital de 20/09/1993. (4) Homenageado na Toponímia de Lisboa através de Edital de 06/10/2005. 11


© Egídio Santos

Entre 1975 e 1992, é eleito deputado pelo círculo de Lisboa à Assembleia Constituinte e à Assembleia da República. Em 1992 deixa de ser secretário-geral do PCP. De 1982 até 1992 foi nomeado membro do Conselho de Estado. Em janeiro de 1989, deslocou-se à URSS para se submeter a uma intervenção cirúrgica a um aneurisma da aorta. Durante essa permanência em Moscovo, foi recebido por Mikhail Gorbatchov que o agraciou com a Ordem de Lenine. No XIV Congresso do PCP, no ano de 1992, abandonou o cargo de secretário-geral do partido, lugar que viria a ser ocupado pelo seu sucessor Carlos Carvalhas. A partir desse momento, Álvaro Cunhal passa a presidente do Conselho Nacional do PCP.

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Em 1996, no XV Congresso Nacional do PCP, o Conselho Nacional é extinto. Álvaro Cunhal passa a ter apenas assento no Comité Central. Após se ter afastado das funções da liderança do partido, a par da atividade política corrente, assume claramente a sua vocação de escritor. Escreveu ao longo da vida diversos livros de índole política, como Rumo à Vitória (1964), O Radicalismo Pequeno-Burguês de Fachada Socialista (1970), Contribuição para o Estudo da Questão Agrária (1954), A Revolução Portuguesa Passado e Futuro (1976). Já no campo do romance, publicou, sob o pseudónimo de Manuel Tiago, Até Amanhã, Camaradas (1975), Cinco Dias, Cinco Noites (1975), A Casa de Eulália (1997) e o livro de contos Fronteiras (1998), entre outros títulos. Estes romances referem-se aos tempos em que o PCP se movia na clandestinidade. A primeira versão do ensaio As Lutas de Classes em Portugal nos Fins da Idade Média foi publicada em Portugal em 1975. A Arte, o Artista e a Sociedade (1996) revelam a admiração de Álvaro Cunhal pela mulher e a conotação do nu feminino como expressão de liberdade. Em 2002, foi publicada a tradução da obra O Rei Lear de William Shakespeare que Álvaro Cunhal realizou, quando esteve detido na Cadeia Penitenciária de Lisboa. Além da veia que possuía de escritor, também se distinguiu como artista plástico. Os seus Desenhos de Prisão, elaborados quando cumpria pena dão uma carga estética à visão política do seu autor. Em 1997 foi publicada a tese final do Curso de Direito, intitulada O Aborto - Causas e Soluções. Em setembro de 2000 é operado à vista. A operação não corre bem e esteve ausente, pela primeira vez desde o 25 de Abril de 1974, a um Congresso do Partido e a uma Festa do Avante. Nos últimos anos têm sido publicadas várias obras sobre Álvaro Cunhal, nomeadamente: uma biografia sobre a vida política de Álvaro Cunhal, da autoria de José Pacheco Pereira e intitulado Álvaro Cunhal – Uma Biografia Política; a obra de Maria João Avilez 13


© Egídio Santos

Conversas com Álvaro Cunhal e Outras Lembranças que, segundo a autora, revela a grande personalidade que foi Álvaro Cunhal; Cinco Conversas com Álvaro Cunhal, de Catarina Pires; Álvaro Cunhal e as Mulheres que tomaram partido, de João Céu e Silva; Retratos de Álvaro Cunhal, de Cruz Santos; É tempo de começar a falar de Álvaro Cunhal, de Urbano Tavares Rodrigues, entre várias outras obras. No ano de 2004, com 90 anos, o líder histórico do PCP viu-se impedido de participar nas eleições para o Parlamento Europeu, devido à degeneração do seu estado de saúde. Álvaro Cunhal não exerce o seu direito de voto, pela primeira vez, em trinta anos de democracia em Portugal. No ano seguinte, a 13 de junho, o Comité Central do Partido anuncia o falecimento de Álvaro Cunhal, aos 91 anos de idade. O seu funeral, a 15 de junho, contou com a participação de uma multidão de muitos milhares de pessoas, uma homenagem justa a uma pessoa que dedicou a sua vida em prol da sociedade portuguesa. Álvaro Cunhal teve um papel ímpar na sociedade nacional, foi uma das mais marcantes personalidades da história portuguesa do Século XX. Foi uma referência na luta antifascista, dedicou a sua vida às causas da luta dos trabalhadores pela Democracia e pela Liberdade, por uma sociedade livre de opressão e exploração. Detentor de personalidade enérgica, era um homem com múltiplos talentos, foi político, artista plástico, pintor, tradutor e escritor, motivo suficiente para que a Câmara Municipal de Lisboa lhe preste homenagem no ano das comemorações do centenário do seu nascimento, ao atribuir o seu nome a uma Avenida situada na Freguesia do Lumiar.

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OBRAS

• A arte, o artista e a sociedade / Álvaro Cunhal; rev. Fernanda Abreu. Lisboa: Caminho, 1996. ISBN 972-21-1083-7. • A casa de Eulália: romance / Manuel Tiago. Lisboa: Avante, 1997. ISBN 972-550-258-2. • Acção revolucionária, capitulação e aventura / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1994. • Álvaro Cunhal [Visual gráfico: desenhos da prisão: II série. [Lisboa]: Avante, 1989. • A força invencível do movimento comunista / Álvaro Cunhal. 2a ed. Lisboa: Avante, 1975. • Algumas experiências de 50 anos de luta do Partido Comunista Português / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1975. • Até amanhã, camaradas / Manuel Tiago. Lisboa: Avante, 1974. • A crise político-militar: discursos políticos / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1976. • A estrela de seis pontas: romance / Manuel Tiago. Lisboa: Avante, 1994. ISBN 972-550-234-5. • A força invencível do movimento comunista / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1975. • As lutas de classes em Portugal nos fins da Idade Média / Álvaro Cunhal. 2a ed. rev. e aumentada. Lisboa: Estampa, 1980. • A luta popular de massas, motor da revolução / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1965. • A luta popular e a derrota da “AD”, 1981 / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1985. • A questão do Estado, questão central de cada revolução / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1977. • A Questão Agrária em Portugal. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 1968

• A revolução portuguesa: o passado e o futuro / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1976. • A superioridade moral dos comunistas / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1974. • A situação política e as tarefas do Partido no momento actual / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1974. • As eleições para a Assembleia da República / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1977. • As lutas de classes em Portugal nos fins da Idade Média / Álvaro Cunhal. Lisboa: Estampa, 1975. • As vertentes fundamentais da democracia / Álvaro Cunhal. Matosinhos: Contemporânea, 1996. ISBN 972-8305-34-6. • A verdade e a mentira na revolução de Abril: a contra-revolução confessa-se / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1999. ISBN 972-550-272-8. • As tarefas do P.C.P. para a construção da democracia rumo ao socialismo: intervenção... no VIII Congresso do P.C.P. / Álvaro Cunhal. Lisboa: SIP do PCP, 1976. • Avante com Abril: relatório da actividade do Comité Central ao IX Congresso do P. C. P., Barreiro, 31 de Maio de 1979 / Álvaro Cunhal. [Lisboa]: Avante, 1979. • Avanço e derrota do plano subversivo “AD” 1980 / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1981. • Balanço da campanha eleitoral: discursos... / Álvaro Cunhal. Lisboa: P.C.P., 1976. • Cinco dias, cinco noites / Manuel Tiago. Lisboa: Avante, 1975. • Crises e queda dos governos PS / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1980. • Conferência de imprensa em Roma: 11-2-77 / Álvaro Cunhal. [Lisboa]: Secção de Informação e Propaganda do P.C.P., 1977. • Contribuição para o estudo da questão agrária / Álvaro Cunhal; pref. Júlio Silva Martins. Lisboa: Avante, 1976.

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• Duas intervenções numa reunião de quadros / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1996. ISBN 972-550-224-8. • Declaração do P.C.P. sobre a crise política actual / Álvaro Cunhal. Lisboa: P.C.P., 1975. • Desenvolver Portugal: ano 2000 / Álvaro Cunhal. Lisboa: Juventude Comunista Portuguesa, 1987. • Discurso no comício do P.C.P. em Torres Novas, 19.10.75 / Álvaro Cunhal. Venda Nova: [s.n., 1975. • Discursos políticos / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1974. • Discurso no 1o Encontro Nacional da União da Juventude Comunista em 9 de Março de 1975 / Álvaro Cunhal. Lisboa: [s.n.], 1975. • Discurso no comício do P.C.P. em Montemor-o-Novo, em 8 de Junho de 1975 / Álvaro Cunhal. Lisboa: [s.n., 1975. • Discursos no comício realizado em Vila Franca de Xira em 18 de Maio / Álvaro Cunhal. Lisboa: Partido Comunista Português, 1975. • Discurso no comício do P.C.P., realizado a 2 de Agosto de 1975, em Évora / Álvaro Cunhal. Lisboa: P.C.P., 1975. • Discurso: comício... 7-12-75 / Álvaro Cunhal. Lisboa: SIP do PCP, 1976. • Do 25 de Novembro às eleições para a Assembleia da República / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1976. • Em defesa das conquistas da revolução / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1978. • Encontro da Rádio Portugal Livre com Álvaro Cunhal. [S.l.]: Edições Avante, 1972. • Entre duas eleições / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1978. • Esteiros / de Pereira Gomes; capa e desenhos de Álvaro Cunhal. Lisboa: Sirius, 1941. • Falência da política de direita do PS (1983-1985) / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1988. • Fronteiras: contos / Manuel Tiago. Lisboa: Avante, 1998. ISBN 972-550-268-X.

• Intervenção na reunião plenária do Comité Central realizada em 10 de Agosto de 1975 / Álvaro Cunhal. Lisboa: P.C.P., 1975. • Lutas e vidas: um conto / Manuel Tiago. Lisboa: Avante!, 2003. ISBN 972-550-299-X. • O aborto: causas e soluções / Álvaro Cunhal. 2a ed. Porto: Campo das Letras, 1997. ISBN 972-610-015-1. • O caminho para o derrubamento do fascismo / IV Congresso do Partido Comunista Português; introd. Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1997. ISBN 972-550-278-7. ISBN 972-550-262-0. • O internacionalismo proletário / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1975. • O radicalismo pequeno burguês de fachada socialista / Álvaro Cunhal. [Lisboa]: Avante, 1970. • O PCP e o VII congresso da internacional comunista / álvaro Cunhal, Bento Gonçalves, Sérgio Vilarigues. Lisboa: Avante, 1985. • O 1o governo PSD e a resistência democrática / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1989. ISBN 972-550-205-1. ISBN 972-550-206-X. • Os chamados governos de iniciativa presidencial / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1980. • O radicalismo pequeno-burguês de fachada socialista / Álvaro Cunhal. 3a ed. Lisboa: Avante, 2012. • O rei Lear / William Shakespeare; trad. e notas de Álvaro Cunhal ; introd. de Luís de Sousa Rebelo. Lisboa: Caminho, 2002. ISBN 972-21-1485-9. • O partido com paredes de vidro / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 6ª edição. • Os corrécios e outros contos / Manuel Tiago. Lisboa: Avante, 2002. ISBN 972-550-290-6. • Pela ordem democrática, pela disciplina revolucionária / Álvaro Cunhal. Venda Nova: [s.n., 1975. • Obras completas de Soeiro Pereira Gomes; ilust. de Rogério Ribeiro, Alvaro Cunhal. Lisboa : Editorial Avante, 1979.

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BIBLIOGRAFIA

• Pela revolução democrática e nacional / Álvaro Cunhal. Lisboa: Estampa, 1975. • Portugal democrático a caminho do socialismo / Álvaro Cunhal. Lisboa: Heska Portuguesa, 1975. • Quem são os amigos e os inimigos dos pequenos agricultores? / Álvaro Cunhal. Lisboa: SIP do PCP, 1976. • Razões e objectivos da candidatura P.C.P.: discursos / Álvaro Cunhal. [Lisboa]: P.C.P., 1976. • Relatório da actividade do Comité Central / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1975. • Relatório da actividade do Comité Central ao VI Congresso do Partido Comunista Português / Álvaro Cunhal. [S.l.] : Avante, 1965. • Rumo à vitória: as tarefas do Partido na Revolução Democrática e Nacional / Álvaro Cunhal. Porto: A Opinião, 1974. • Sala 3 e outros contos / Manuel Tiago. Lisboa: Avante, 2001. ISBN 972-550-288-4. • Um risco na areia / Manuel Tiago. Lisboa: Avante, 2000. ISBN 972-550-281-7. • Uma política ao serviço do povo / Álvaro Cunhal. Lisboa: Avante, 1977. • Urge uma solução para a crise / Álvaro Cunhal. Venda Nova : [s.n., 1975. • 60 anos ao serviço do povo e da Pátria : intervenção de Álvaro Cunhal na sessão comemorativa do 60º aniversário do P. C. P., Campo Pequeno 7-3-1981. Lisboa: P.C.P., 1981.

• AAVV, in Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, Lisboa, Editorial Enciclopédia, 1998. • AAVV, in Grande Livro dos Portugueses, Lisboa, Circulo de Leitores, 1991. • Pereira, Pacheco, Álvaro Cunhal: Uma Biografia Politica, Circulo de Leitores, 1999 - 2005 • http://www.citi.pt/cultura/artes_plasticas/desenho/alvaro_cunhal/biografia.html • http://www.vidaslusofonas.pt/alvaro_cunhal.htm • http://www.pcp.pt/actpol/temas/pcp/sec20050613.htm • http://estudossobrecomunismo.weblog.com.pt/arquivo/198522.php • http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1225625&idCanal=27 • http://www.pcp.pt/alvaro-cunhal • http://www.bnportugal.pt/ • http://www1.ci.uc.pt/cd25a/wikka.php?wakka=PulsarMaio74 • http://alvarocunhalbiografia.blogspot.pt/

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AVENIDA ÁLVARO CUNHAL FICHA TÉCNICA

N38.772103 W-9.151574

Edição | Câmara Municipal de Lisboa Pelouro da Cultura | Catarina Vaz Pinto Direção Municipal de Cultura | Francisco Motta Veiga Departamento do Património Cultural | Jorge Ramos de Carvalho Título | Álvaro Cunhal Textos | Rui Mendes Colaboração | Comissão das Comemorações do Centenário de Álvaro Cunhal – PCP Edígio Santos Design | Ernesto Matos Tiragem | 500 Ano | 2013 Depósito Legal | 357203/13 Execução gráfica | Imprensa Municipal de Lisboa 23


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