Dicionário Paraense

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DICIONÁRIO

PARAENSE



DICIONÁRIO

PARAENSE Este material é parte integrante da peça teatral “Dicionário Paraense”, tem caráter lúdico e não possui qualquer função didática e/ou gramatical. As palavras e expressões aqui exempli cadas foram coletas através de entrevistas com pessoas paraenses da cidade de Belém.

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A

Abicorar: espreitar, vigiar, espionar, afastar, se posicionar.

Acesa: assanhada, fogosa. Acesume: assanhamento, fogo. Acocar-se: abaixar-se. Agasalhar: guardar, cobrir com pano. Alembrar: lembrar. Antão: então. Apresentado: atrevido, enxerido. Arapuca: armadilha para pegar passarinho em forma de pirâmide, feita com gravetos amarrados. Arisco: ágil, esquivo, descon ado. Arredar: afastar. Arreparar: prestar atenção, observar, tomar conta. Arremedar: imitar. Assanhado: bagunçado, mal arrumado, pessoa ousada. Avacalhado: Desajeitado, mal arrumado, bagunçado, ridicularizado, desmoralizado. Avoado: distraído. 3


Axí: interjeição depreciativa; signi ca desdém, nojo, repulsa. Azucrinar: irritar, enfurecer, aborrecer.

B

Bafento: quem conta vantagens.

Bafo: mau hálito. Baladeira: estilingue. Baldear: vomitar. Baque: pancada, machucado. Barranco: ribanceira. Beiju:iguaria feita de goma de mandioca assada, semelhante a uma panqueca seca. Beirada: nome genérico dado às margens dos igarapés, dos rios, dos lagos, das calçadas. Belegueta: moça sem graça, que não chama atenção, mas que se acha. Bença: benção. Benjamin: adaptador de tomadas. Benzimento: ato de benzer. 4


Bichinho: forma de tratamento que traduz afeto e carinho. Bocada: mordida. Bóia: refeição; almoço ou jantar. Boiola: homossexual. Boiúna: cobra-grande, sucuri. Bolo podre: bolo feito com farinha de tapioca. Bombom: balinha. Boró: dinheiro trocado. Brechar: olhar escondido por uma abertura, fechadura ou brecha. Breguesso: bugiganga Breúme ou Breu: escuro, negro. Brocar: comer. Bubuiar ou de bubuia: utuar na superfície d'água. Buiado: endinheirado. Burridade: burrice. Bustela: meleca.

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Espia mano, jรก estรก cando de noite, daqui a pouco vai tรก sรณ o breu.

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C

Cabaço: pessoa virgem, que nunca teve relações sexuais.

Caboclo ou Caboco: mistura de branco com índio, nativo do interior do Estado do Pará. Pode ser usado de forma pejorativa para caracterizar pessoa “cafona”, “brega”. Caboquice: adjetivo que diminui algo; palhaçada. Cacuri, Curral ou Caiçara: armadilha para pegar peixes. Cagoeta: fofoqueiro, aquele que não sabe guardar segredo, dedo-duro. Calafetar: acabamento usado em canoa ou casco pra não entrar água. Calango: lagarto verde. Calombo: inchaço, elevação na pele em formato arredondado. Camapu: Fruto comestível de pouco valor, de formato arredondado, de cor verde ou amarelo, envolvido em capa protetora. Physalis angulata L. da família das Solonáceas. Candinha: faladora, fofoqueira.

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Candiru: Peixe miúdo, muito conhecido e até mesmo temido por penetrar em qualquer orifício do corpo humano, quando imerso em água Vandellia cirrhosa. Canelada: Dar calote, não pagar. Cangote ou Cogote: pescoço. Caninga: má sorte, azar. Carambela: cambalhota. Carapanã: pernilongo, mosquito. Caribé: mingau feito com farinha d'água bem ninha. Casco: canoa pequena feita de uma só peça de tronco cavado, sendo que o tripulante ou canoeiro senta na popa. Catiroba: menina fácil, que “ ca”com qualquer um. Catinga ou Inhaca: fedor, mau-cheiro, odor forte e desagradável; normalmente proveniente das axilas de quem não toma banho. Catita: Camundongo; fofoqueiro(a). Catitar: Fofocar. Causo: caso, fato, anedota. Cemitério ou jogo de cemitério: queimada. Cerol: mistura de vidro moído com cola, cuja nalidade é a ar linha de papagaio e/ou pipa. Charque: carne seca, jabá; forma pejorativa para se referir à genitália feminina. 8


Te abicora mano, que daqui a pouco sai a bรณia.

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Chibé: alimentação que consiste na mistura de água e farinha d'água. Aquele que se alimenta desta mistura é Papa-Chibé, apelido dado aos naturais do Pará e do Amazonas. Chope: Suco de frutas congelado que vem dentro de um saco plástico; sacolé. Cisma: descon ança, inquietação, preocupação. Cocorote ou coque: Um leve soco com a falange dos dedos na cabeça; o mesmo que cascudo. Cocotinha ou cocota: menina bem arrumada, delicada, bonitinha; ou garota de vida fácil, meretriz. Consumição: lida, inquietação, preocupação. Crivo: peneira. Cruzeta: cabide. Cuí: farinha na, peneirada; resto de alguma coisa em forma de pequenos grãos; pouco. Cuia: Casca do fruto da cuieira. Quando seca e sem miolo é usada como utensílio doméstico, servindo de farinheira, de tigela para mingau ; vasilhame para tomar tacacá. Cuíra: curiosidade, desejo, inquietação, gastura, impaciência. Cumbuca: vasilha feita de cabaça, parecida com a cuia. Serve para conter água e outros líquidos. Cunhã: moça, mulher jovem. 10


Curica: papagaio pequeno feito de papel e, raramente, com pequenas talas de miriti; geralmente feito com folhas de jornal ou revista. Curupira: gura fantástica do imaginário amazônico, protetor das matas, cuja característica é ter os dedos dos pés voltados para trás e os calcanhares para frente. Cuscuz: iguaria que se faz com farinha de milho cozida à vapor. Por cima salpica-se coco ralado e derrama-se o leite do coco. Cusparada: cuspir repetidamente.

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D

Danação: diabrura, travessura de criança.

Disque: o mesmo que “diz que”ou “dizem que”. Diacho: expressão de desapontamento, raiva. Derrubar: cagoetar, entregar, dedurar. Despombalecido: estado de moleza e cansaço, fraqueza, enfermidade.

E

Ê ou êêê: expressão que signi ca “estou brincando”, “sacanagem”. Embrabecer: enfurecer-se, car bravo, aborrecido.

Embuá: centopéia. Empachado: muito satisfeito, empanturrado. Empiriquitada: moça bem arrumada. Enca far: intrigar-se. 12


Meus lhos era tudu gitito, agora tĂŁo tudu grande.

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Encarnar: Zoar ou tirar sarro com outra pessoa; cometer bullying. Esbandalhar ou escangalhar: quebrar, destruir. Esmigalhar: amassar, desmanchar, dividir em vรกrio pedaรงos pequenos. Espeta-caju: cabelo liso e pontiagudo que nem o pente abaixa. Espiar: olhar, ver. Espinha: coluna vertebral. Estirรฃo: caminhada longa; longo trecho de riacho, sem curvas. Estiva: ponte feita de um sรณ pau, sobre forquilhas em terrenos alagadiรงos ou pantanosos. Estripulia: travessura, traquinice. Escabriado: sujeito arredio. Estribado: cheio da grana.

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F

Facada: algo muito caro.

Farinhar: Fazer ou vender farinha. Feridento: pessoa com muitas feridas. Forquilha: vara aforquilhada para impulsionar a canoa. Frito: estar em di culdade, ferrado, com problemas. Furdunço: festança popular; muita gente reunida; bagunça.

G

Gambiarra: coisa malfeita, improvisada.

Gastura: mal-estar, inquietação, angústia, fome. Gazeteiro: aquele que falta às aulas. Gito ou Gitito: pequeno, miúdo. Gororoba: comida mal feita ou de má qualidade. Guariba: tosse forte e violenta, às vezes sufocante. 15


I

Igaçaba: pote de barro, de boca larga, servindo para depósito de água e de farinha.

Igapó ou Gapó: área que ca alagada por um determinado período do ano. Igarapé: canal, córrego; ou estreito natural situado entre duas ilhas, ou ainda, entre ilha e terra rme. Igarité: embarcação grande, de madeira, impulsionada a remo ou motor. Ilharga: ao lado, próximo. Inhambu ou Nambu: designação comum às aves tinamiformes da família dos Tinamídeos, parecem com galinhas.

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Égua do peixe porrudo, vou car todo pitiú.

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J

Jacinta: libélula.

Jamaxi: grande paneiro tecido de cipó formando malhas fechadas ou abertas. É apoiado na testa e serve para carregar alimentos ou crianças. Jararaca: cobra venenosa, porém mansa; pessoa de gênio forte. Jerimum ou Jurumum: abóbora; fruto da aboboreira. Jia: tipo de anfíbio pequeno e de pele fria. Jirau: estrado de madeira, preso ao chão. Serve para lavar ou guardar utensílios domésticos, principalmente panelas e pratos. É comum nos interiores. Joça: porcaria; coisa sem valor; interjeição exclamativa de aborrecimento. Jururu: estar triste, melancólico, adoentado, abatido. Juta-irica ou jutaicica: árvore de grande porte, resinosa. O produto proveniente de sua resina é muito usado para envernizar o interior de panelas de barro.

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L

Leso: idiota, maluco, doido.

Lerdeza: patetice, lentidão, malemolência. Lombriguento: cheio de lombrigas. Lorota: mentira, conversa ada.

M

Macaxeira: aipim. Macaca: amarelinha.

Maciota: sem esforço, na tranquilidade. Maldar: fazer mal juízo, pensar mal de alguém. Malino: pessoa que tem maldade, perniciosa. Criança malina é aquela que bate, machuca as outras. Malinar: irritar, judiar, fazer maldade com alguém. 19


Mandioca: Planta leitosa, com tubérculos em amido. Algumas espécies são venenosas e servem para fazer farinha de mesa. Mangal: terreno cheio de mangues. Manicuera: bebida doce feita a partir da fermentação da mandioca. Maninhu ou Maninho: colega, amigo, companheiro. Maniva: planta da família euforbiáceas que depois de moída, serve para fazer a maniçoba, que é um prato típico da região. Mapinguari: gigante lendário semelhante ao homem, coberto de pêlos, com um olho na testa e uma boca na barriga. Maracá: chocalho artesanal feito de cuia, sementes e madeira. Marajoara: aquele que é natural da ilha do Marajó; Sociedade ceramista que habitou a ilha do Marajó no passado. Marimbondo: inseto dotado de ferrão da espécie menóptero. É um tipo de caba, vespa. Maromba: jirau onde se põe o gado por ocasião das cheias. Brincadeira de criança onde se usa uma bola para acertar em outra pessoa. Maruim: inseto de picada dolorosa. 20


Lรก em casa as osgas cam empaxadas de tanto comer carapanรฃ.

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Matapi: armadilha artesanal feita de talas de palmeira, utilizada para a pesca do camarão de água doce. Matuto: acanhado, tímido; aquele que vive no mato. Mucuim ou Micuim: inseto cuja picada provoca forte coceira. Mina: muito. Miriti: Palmeira muito alta própria de lugares alagados. Suas folhas servem para construção de telhados. Também é usado na confecção de brinquedos de miriti, que fazem muito sucesso no período do Círio de Nazaré. Mo no ou Mu no: adoentado, enfraquecido, mole, abatido, cansado, sem ânimo, triste. Montaria: canoa pequena feita de toco escavado e ateado fogo. Moquear: secar a carne ou peixe ao moquém para serem conservados. Moquém: grelha de vara para assar e secar o peixe ou a carne. Mocegar ou amorcegar: subir ou descer de um transporte terrestre em movimento. Mordido: estar estressado, com raiva. Moroçoca ou Muriçoca: mosquito de picada dolorida. Morrinha ou Murrinha: estar com preguiça, tédio, indisposição, moleza. 22


Muiraquitã: amuleto indígena, símbolo de sorte e fertilidade. Normalmente têm a forma zoomór ca de uma rã e são feitos de jadeíte. Segundo à lenda, eram feitos pelas guerreiras Amazonas. Mundiar: encantar, atrair, seduzir. Mutá: espécie de escada tosca usada pelos seringueiros para subir nas árvores. Mutuca: nome dado a um inseto de picada forte, da família Tabanídeos. Ficar na mutuca é car à espreita, escondido, esperando algo ou alguém.

O

Orelha: doce tipicamente francês, que possui um formato de palmeira ou uma forma de borboleta. Osga: lagartixa.

Ouriçada: diz-se da menina assanhada ou fogosa, que está no auge da puberdade. Ovada: mulher grávida, estado de gestação.

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P

Pai-d'égua: algo excelente, ótimo, muito bom.

Pajureba: diz-se quando uma situação ou algo é muito bom, legal, interessante, que chama atenção. Panela: dente cariado, estragado. Panema: infeliz, azarado; sem sorte na caça, na pesca, ou na vida. Papa-chibé: paraense autêntico; aquele que se alimenta de chibé (água e farinha). Papeira: o mesmo que caxumba ou parotidite. Doença causada pela in amação das glândulas parótidas. Paresque: parece que. Parideira: mulher que tem muitos lhos. Papudinho: Pessoa que bebe muita bebida alcoólica. Parol: cacho de açaí que ainda não está totalmente maduro, parte está preta e outra verde. Passamento: mal estar ou tontura que pode levar a pessoa ao desmaio. Pão careca: nome dado ao pão francês de massa grossa. 24


Paúra: gastura, a ição, irritação. Pavulage: faceirice, convencimento, metidez, frescura. Pávulo: vaidoso, gabola, convencido, metido. Peconha: laço de corda ou de cipó que se prende aos pés das pessoas para auxiliar a subida em árvores sem ramo, em especial, palmeiras de açaí. Penico: urinol, bacio, mijador. Pequena: menina, moça, namorada, mulher. Termo muito usado na cidade de Cametá. Pereba: ferida; lesão na pele. Peteca: o mesmo que bolinha de gude. Pipira: mulher que dá em cima do homem alheio. Piquixito: pequeno, pequenino. Pira: sarna, ferida. Brincadeira de criança; pega-pega. Piracema: época em que os grandes cardumes de peixes vão para as nascentes dos rios para desovar. Piracuí: farinha feita a partir de restos de peixe. Pirão: Papa grossa de farinha de mandioca escaldada. Qualquer mistura de caldo de carne, galinha ou peixe com farinha. Pirento: aquele que possui muitas feridas. Pissica: má sorte; desejar o azar do outro; torcer contra. Pitar: fumar, cachimbar, tragar. 25


Pitinga: Diz-se da cuia depois de seca, sem pintura. Pitiú: Cheiro característico de peixe; cheiro de maré, de maresia. Pitó: arranjo feito com os cabelos, puxados para trás em forma de círculo; o mesmo que coque. Pau d'água: muita água, chuva torrencial, tempestade. Picadinho: carne moída. Piva: prostituta, puta. Ploc: garota de programa; prostituta; meretriz. Pixé: odor, mau cheiro. Pomba-lesa: quem parece ou age como maluco. Pô-Pô-Pô: Embarcação típica ribeirinha, composta por um a canoa coberta, movida a motor de 2 tempos. Possui esse nome devido ao barulho produzido pelo motor quando está navegando pelo rio. Poronga: lamparina usada por ocasião da pesca do camarão; re etor. Pororoca: encontro das águas do rio com as águas do mar, formando grandes ondas nos rios, causando turbulência e forte estrondo. Porrudo: grande. Potoca: mentira, conversa ada, papo furado. 26


Prenha: estar grávida, buchuda. Priprioca: planta herbácea cujas raízes têm forma de botão e o caroço tem aroma especial; muito usada para fazer perfumes. Puçá: pequena rede para pescar camarão. Puxada: construção que prolonga o corpo central da casa.

Q Qboa: água sanitária. Quebranto: mal-olhado. Quem-te-dera: ser lendário que costuma encantar homens e usá-los como montaria a noite inteira. 27


R

Rabiola: um tipo de pipa feita com papel de seda e talas de miriti. Ralhar: chamar atenção, brigar.

Ranzinza: birrento, teimoso, rabugento. Rasga-mortalha: espécie de coruja (suindara) que vive nas cidades e, segundo a crença popular, é agourenta. Refastelar: descansar, distrair-se. Reinar: malinar, irritar, provocar. Remanso: correnteza na margem oposta à do canal do rio, formando um verdadeiro funil. É também chamado de redemoinho. Remendo: conserto ou costura de uma roupa. Restinga: faixa de mato às margens do rio, que surge por ocasião das grandes marés ou cheias de inverno. Riba: acima de, em cima de. 28


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S

S abrec ar ou S aprec ar : chamusc ar, queimar super cialmente.

Saído: esperto, saliente, enxerido, intrometido. Sairé: dança e canto dos tapuios. Manifestação popular que ocorre na cidade de Santarém. Sapecar: jogar fora, atirar para longe. Sapopema: raiz que cerca a base do tronco de muitas árvores, como a Samaumeira. Índios usavam sua raiz como abrigo. Sarará: mestiço, arruivado; pequeno caranguejo. Selado: certo, con rmado, sacramentado. Skilho(s): termo usado para qualquer tipo de salgadinho como fandangos, cheetos, etc. Sassariqueira: ser assanhada, estar alegre. Sereno: brisa fria após a chuva. Seboso: sujo, porcalhão, sem higiene.

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T

Tabatinga: argila sedimentar mole e untosa.

Tabefe: tapa estalado; bofete. Tacacá: bebida de herança indígena servida em cuia, feita de goma de mandioca fervida, tucupi, camarão seco e jambu. Faz parte da culinária típica do Pará. Tapagem: barragem de terra para represar rios e igarapés. Tapera: habitação pobre e simples, sítio abandonado, pobreza. Tapioca: farinha em grãos maiores e bem alva que se extrai da mandioca; espécie de beiju seco consumido com manteiga ou coco. Tapuru: bicho de fruta; qualquer larva branca venenosa ou não. Taquari: cachimbo feito de bambu. Tarubá: bebida fermentada feita da massa de mandioca. Teba: grande, forte, avantajado. Teso: parte elevada de um terreno alagado; duro. Tijuco: pântano, atoleiro, lama preta. 31


Tipiti: instrumento de palha usado para separar a massa de mandioca do tucupi. Tipitinga: água esbranquiçada, barrenta. Tiquira: aguardente de mandioca. Topada: tropeço, pancada no pé. Toró: chuva muito forte. Trapiche: construção, ngeralmente, feita de madeira que adentra os limites do rio ou do mar, utilizada para embarque e desembarque de passageiros ou mercadorias, bem como o pescado. Conhecida popularmente em outros estados como: Porto; dique; ponte. Travessa: tiara; arco usado para enfeitar os cabelos. Tucandeira: tipo de formiga cuja ferrada é muito dolorida; sinônimo de calça pescador. Tucupi: líquido amarelo extraído da mandioca depois de ralada e espremida. Muito usado em pratos da culinária paraense. Se não for fervido, torna-se venenoso. Tuíra: sujo, ressequimento proveniente do sol ou da lama. Turú: molusco que se alimenta de troncos submersos, cavando buracos e causando prejuízos a embarcações. O Turu é um alimento muito consumido em comunidades pesqueiras.

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U

Ubá: embarcação indígena sem quilha e sem banco, construída de um só lenho, escavado a fogo ou de uma casca inteiriça de árvore cujas extremidades são amarradas com cipó.

Unha: qualquer salgado em formato de coxinha. Urupema: espécie de peneira de bra vegetal usada na culinária.

V

Visagem: espírito, alma penada, assombração.

Visgo: rastro. Varejeira: mulher safada, que namora com vários homens. Voadeira: lancha, embarcação aquática veloz movida a motor. 33


X

Xarão: tabuleiro de alumínio; fôrma de alumínio retangular.

Xinar: a pipa ou o papagaio “xinam” quando caem lentamente. Xirí: vagina, órgão genital feminino.

Z

Zinho: pequeno, inferior. 34


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