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Em homenagem a Zagallo, que antes do sepultamento será velado na manhã deste domingo na sede da CBF, o ge separou 13 curiosidades que ligam a vida do único tetracampeão mundial com o Flamengo. Confira:

Criado na Tijuca, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, Zagallo era frequentador do America e além do futebol se destacava no tênis de mesa. Foi no campo do America que Zagallo começou a jogar futebol, mas, em 1950, se transferiu para o Flamengo na categoria juvenil.

Foi na Gávea que começou a se dedicar ao esporte como profissão. O primeiro contrato profissional de Zagallo foi com o Rubro-Negro, e o primeiro jogo foi em 29 de abril de 1951: um amistoso contra o Goytacaz que terminou com vitória do Flamengo por 6 a 0. A passagem durou até 1958. Foram: 218 jogos (com 135 vitórias, 41 empates e 42 derrotas) e 26 gols.

O sucesso no Flamengo foi o que levou Zagallo pela primeira vez à Seleção e para jogar a Copa do Mundo em 1958. O ponta-esquerda habilidoso, que marcava presença no meio-campo tinha como característica principal a mobilidade, consolidou-se como titular no Mundial da Suécia.

Este foi o primeiro título de Zagallo pela seleção Brasileira. Posteriormente, o Velho Lobo conquistou também a Copa de 1962 como jogador, a de 1970 como técnico e era coordenador em 1994. É o único tetracampeão mundial da história do futebol.

Zagallo é considerado o pioneiro entre os atacante que voltam para ajudar a defesa na marcação. E ele passou a ter essa característica no Flamengo. Na década de 50, o técnico era o paraguaio linha dura Fleitas Solich, que exigia que o ponta-esquerda voltasse para ajudar o lateral-esquerdo Jordan na marcação. O Velho Lobo repetiu a função na Copa de 58 e deu sua contribuição para o título.

O Flamengo tem seis tricampeonatos cariocas na história, e dois deles foram com Zagallo. Um como jogador, quando o ponta-esquerda estava no time campeão em 1953, 1954 e 1955. Este foi o segundo tricampeonato da história rubro-negra (o primeiro foi em 1942, 1943 e 1944).

Curiosamente, como técnico, Zagallo participou mais uma vez de um tricampeonato carioca. Ele não estava no clube nas conquistas de 1999 e 2000, mas voltou para conquistar o título estadual de 2001 e fechar a sequência do quarto tri da história rubro-negra.

"O tri com o gol do Pet foi uma verdadeira Copa do Mundo", foi assim que Zagallo definiu o tricampeonato carioca de 2001 no comando do Flamengo. Anos mais tarde, no documentário da conquista, ele declarou: "Estava nos pés do Pet. Torci como nunca para que aquela bola entrasse. Só aquela bola com o Pet poderia conseguir o impossível".

Para o Velho Lobo, o histórico gol de Petkovic, marcado aos 43 minutos do segundo tempo e que deu a vitória por 3 a 1 sobre o Vasco no dia 27 de maio de 2001, foi o que apagou a lembrança do vice do Brasil na Copa do Mundo de 1950 no mesmo Maracanã.

Sim, a famosa frase de Zagallo foi dita quando dirigia a seleção brasileira e foi campeão da Copa América em 1997. Na época, irritado com as críticas que vinha sofrendo na imprensa, o técnico desabafou logo após o título criando um famoso bordão que o acompanharia até o fim da vida.

Mas essa frase também teve sua ligação com o Flamengo. Em 2000 (ou seja, três anos depois), o técnico havia acabado de retornar ao Rubro-Negro e aplicou uma sonora goleada de 4 a 0 em cima do Vasco, pelo Campeonato Brasileiro. E a torcida presente ao Maracanã gritou em coro: "Ih, ih, ih, vai ter que me engolir".

A vida de Zico no Flamengo passa também pelas mãos de Zagallo. Ele era o técnico quando o maior ídolo do clube, aos 20 anos, se firmou definitivamente como titular em 1973. Quando Zico retornou da Itália, em 1985, o Velho Lobo também estava no Rubro-Negro. Mais de 10 anos depois, eles ainda trabalharam juntos na Seleção, quando o Galinho foi coordenador técnico.

Zagallo teve quatro passagens pelo Flamengo e em todas foi campeão em cima do Fluminense. Em 1954, era jogador na vitória por 5 a 2 pelo Torneio Internacional do Rio. Já como técnico, o Velho Lobo teve outras quatro conquistas contra o Tricolor: em 1972 (Campeonato Carioca, 2x1 e Taça Guanabara, 5x2); em 1984 (Taça Guanabara, 1x0) e em 2001 (Taça Guanabara, nos pênaltis).

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Como técnico, Zagalo conquistou a Taça Guanabara nas três passagens que teve no Flamengo: 1972, 1984 e 2001 (época em que o troféu era muito mais valorizado do que nos dias de hoje).

Até hoje, Zagallo é o único jogador convocado do Flamengo a fazer um gol em uma final de Copa do Mundo. Ele marcou o quarto do Brasil na vitória por 5 a 2 em cima da Suécia, que garantiu o primeiro título mundial da seleção brasileira.

Quando foi técnico do Flamengo, Zagallo já até vestiu a camisa de jogo. Por vezes ele usou o mesmo uniforme dos jogadores e colocava um colete por cima para não confundir a arbitragem.

Ao longo das três passagens, Zagallo comandou o Flamengo em 283 jogos e conquistou nove títulos: Campeonato Carioca (1972 e 2001), Copa dos Campeões Regionais (2001) e Taça Guanabara (1972, 1973, 1984 e 2001), Torneio do Povo (1972) e Torneio de Verão (1972).

A extinta Copa dos Campeões Regionais foi o último título de sua carreira como treinador. O torneio, organizado pela CBF entre os campeões regionais, tinha como objetivo determinar o quarto representante do Brasil na Libertadores. E o Flamengo de Zagallo derrotou o São Paulo na final pelo placar agregado de 7 a 6.

Muito identificado com os dois clubes, Zagallo não revelava se era Flamengo ou Botafogo. Mas nos últimos anos deu algumas pistas de que o coração batia mais forte pelo Rubro-Negro. Em 2018, apareceu nas redes sociais do clube enviando uma mensagem de apoio ao time antes do confronto contra o Cruzeiro pela Libertadores. No mesmo ano, em entrevista à FlaTV, afirmou que a torcida rubro-negra é a "melhor que existe dentro do Brasil".

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