"Muito lixo, preservativo, tampinha de garrafa, sacos plásticos, vidros de remédio e até uma boneca. Era muita sujeira mesmo." Esta é a descrição que o fotógrafo Cristiano Trad Soares de Nazaré faz da Baía de Guanabara, fotografada por ele na tarde de sábado (20), próximo à enseada de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.
"Eu sempre venho ao Rio e passo por aquela região, mas nunca vi aquele lugar como estava no sábado. Achei absurdo, a margem estava imunda", diz o internauta, que é de Belo Horizonte (MG).
Nota da Redação: a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro informou que conta com "ações para a recuperação ambiental da Baía de Guanabara". O plano reúne 12 ações do Governo do Estado para o saneamento de 80% do esgoto despejado na baía até 2016, e "faz parte dos compromissos olímpicos assumidos pelo Governo do Estado com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para a realização das Olimpíadas do Rio".
das águas, está em fase de expansão, segundo
Inea. (Foto: Cristiano Trad/VC no G1)
A secretaria esclarece que a principal iniciativa de saneamento do Plano Guanabara Limpa é o Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam), que "prevê a aplicação, até 2016, de R$ 1,3 bilhão em obras de esgotamento sanitário e em projetos de saneamento nos 15 municípios do entorno da Baía de Guanabara".
"O Psam é apoiado e financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que concedeu empréstimo ao Governo do Estado de US$ 452 milhões. A contrapartida do governo são R$ 330 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam)."
Sobre o lixo flutuante na baía, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que coordena o projeto Ecobarreiras, que tem o objetivo de "reter resíduos sólidos" despejados na água com "estruturas feitas a partir de materiais reciclados, como garrafas PET, instaladas próximas à foz de rios".
Segundo a assessoria de imprensa do Inea, as primeiras barreiras foram implantadas em 2007, sendo que das 14 já instaladas até agora, "11 encontram-se em rios e canais que deságuam na Baía de Guanabara e que fazem parte do Plano Guanabara Limpa". "Nas ecobarreiras são coletadas, em média, 370 toneladas de lixo por mês e, aproximadamente, dez toneladas de resíduos recicláveis", diz o instituto.
Ainda de acordo com sua assessoria, o Ecobarreiras está em fase de expansão, e até as Olimpíadas de 2016 a previsão é que o número de estruturas instaladas no entorno da baía chegue a 16, dependendo de recursos de compensação ambiental e do Fecam.