22/07/2013 15h13 - Atualizado em 22/07/2013 15h13

Internauta fotografa Baía da Guanabara, no Rio, repleta de lixo

Governo informou que possui ações para reduzir poluição na baía até 2016.
Projeto faz parte dos compromissos assumidos para as Olimpíadas.

Cristiano Trad Soares de Nazaré Internauta, Rio de Janeiro, RJ

Leitor registrou detritos na Baía de Guanabara no sábado (20).  (Foto: Cristiano Trad/VC no G1)Leitor registrou detritos na Baía de Guanabara no sábado (20). (Foto: Cristiano Trad/VC no G1)

"Muito lixo, preservativo, tampinha de garrafa, sacos plásticos, vidros de remédio e até uma boneca. Era muita sujeira mesmo." Esta é a descrição que o fotógrafo Cristiano Trad Soares de Nazaré faz da Baía de Guanabara, fotografada por ele na tarde de sábado (20), próximo à enseada de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

"Eu sempre venho ao Rio e passo por aquela região, mas nunca vi aquele lugar como estava no sábado. Achei absurdo, a margem estava imunda", diz o internauta, que é de Belo Horizonte (MG).

Nota da Redação: a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro informou que conta com "ações para a recuperação ambiental da Baía de Guanabara". O plano reúne 12 ações do Governo do Estado para o saneamento de 80% do esgoto despejado na baía até 2016, e "faz parte dos compromissos olímpicos assumidos pelo Governo do Estado com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para a realização das Olimpíadas do Rio".
 

Projeto Ecobarreiras, que recolhe resíduos sólidos das águas, está em fase de expansão, segundo Inea.  (Foto: Cristiano Trad/VC no G1)Projeto Ecobarreiras, que recolhe resíduos sólidos
das águas, está em fase de expansão, segundo
Inea. (Foto: Cristiano Trad/VC no G1)

A secretaria esclarece que a principal iniciativa de saneamento do Plano Guanabara Limpa é o Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam), que "prevê a aplicação, até 2016, de R$ 1,3 bilhão em obras de esgotamento sanitário e em projetos de saneamento nos 15 municípios do entorno da Baía de Guanabara".

"O Psam é apoiado e financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que concedeu empréstimo ao Governo do Estado de US$ 452 milhões. A contrapartida do governo são R$ 330 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam)."

Sobre o lixo flutuante na baía, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que coordena o projeto Ecobarreiras, que tem o objetivo de "reter resíduos sólidos" despejados na água com "estruturas feitas a partir de materiais reciclados, como garrafas PET, instaladas próximas à foz de rios".

Segundo a assessoria de imprensa do Inea, as primeiras barreiras foram implantadas em 2007, sendo que das 14 já instaladas até agora, "11 encontram-se em rios e canais que deságuam na Baía de Guanabara e que fazem parte do Plano Guanabara Limpa". "Nas ecobarreiras são coletadas, em média, 370 toneladas de lixo por mês e, aproximadamente, dez toneladas de resíduos recicláveis", diz o instituto.

Ainda de acordo com sua assessoria, o Ecobarreiras está em fase de expansão, e até as Olimpíadas de 2016 a previsão é que o número de estruturas instaladas no entorno da baía chegue a 16, dependendo de recursos de compensação ambiental e do Fecam. 

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