Bloco de Esquerda investe em força no regresso à Assembleia

 

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A falta de meios é dos principais obstáculos do BE nesta campanha.

O Bloco de Esquerda quer regressar ao Parlamento regional. Os contactos com a população demonstram que a voz de Roberto Almada e colegas fazem falta ao debate parlamentar. Por isso, esta campanha é decisiva para os bloquistas. Ficaram de fora da Coligação Mudança, por opção, e jogam tudo para esclarecer o eleitorado no sentido de voltar a ser uma voz com peso no Parlamento.

São rostos conhecidos da população: Roberto Almada, Rodrigo Trancoso, Guida Vieira, Fernando Letra, Assunção Bacahim, Conceição Pereira, entre tantos outros. O serviços aos trabalhadores é uma mais-valia destes candidatos, quer pela sua ligação à política quer pela ligação a estruturas sindicais. Estão nisto há alguns anos e conhecem a “casa” que é a Madeira e os seus problemas.

Apesar das muitas forças políticas concorrentes, o cabeça de lista faz um balanço positivo do decurso da campanha: “Tem sido feita de uma forma pedagógica, tentando colocar em cima da mesa as propostas do Bloco para a Madeira. A aceitação tem sido muito interessante na medida em que, cada vez mais madeirenses afirmam reconhecer a falta que o Bloco fez no Parlamento nos últimos quatro anos, porquanto deixaram de ter esta voz que os defendesse no palco parlamentar. Por outro lado, a constatação de que o Bloco nunca virou a cara à luta, mesmo fora da Assembleia – sendo sempre um força presente no apoio às inúmeras pessoas que nos procuraram para ajudar a resolver os seus problemas – constitui argumento bastante para estarmos convictos de que a boa notícia, no domingo, será o regresso do BE à Assembleia”.

Sendo um partido pequeno, os obstáculos têm de ser ultrapassados com a habitual garra dos candidatos: “O nosso principal obstáculo é, com certeza, a falta de meios. Com muito boa vontade de largas dezenas de aderentes, e não aderentes que a nós se associaram, fizemos verdadeiros milagres nesta campanha eleitoral. Percorremos grande parte do território da Madeira, contactamos milhares de madeirenses mas faltou tempo para fazer mais e os recursos para fazer melhor”.

Roberto Almada pede muita cautela com as sondagens, dado o seu caráter de falibilidade. Por um lado, esclarece que “as sondagens não elegem deputados. O BE ficou fora do Parlamento em 2011 e se as pessoas se fiarem em sondagens e não forem votar no Bloco a 29 de Março corremos o risco de voltar a não eleger”.

Nesta reta final da campanha, o apelo do Bloco de Esquerda é muito claro: “Toda a mobilização para o ato eleitoral é necessária para garantir que esta esquerda, que faz falta, regresse – e regressará em força! – ao Parlamento. Para melhor defender a Madeira e os madeirenses e portossantenses”.

Roberto Almada lidera a lista do BE, seguido do candidato Rodrigo Trancoso.