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Robô do filme de ficção-científica

Futuro? Que futuro? (Foto: Paul Gilham/Getty Images)

Nas fábricas, eles estão em toda parte. Mais recentemente, os robôs assumiram o posto de recepcionistas, como o dinossauro do Henn-Na Hotel (“Hotel estranho”, em tradução livre) e Aiko Chihira na loja de departamentos Mitsukoshi, em Tóquio. De acordo com uma nova pesquisa, se depender dos chefes, eles serão maioria nos escritórios.

Um estudo conduzido pela Expert Market, empresa de recrutamento profissional, aponta que 70% dos gestores considerariaM a possibilidade de usar um robô em sua equipe e quase metade não se sentiria culpada em substituir um funcionário humano por outro autômato.

Enquanto empregos criativos como design e marketing ainda são vistos como inadequados para robôs, 52% dos entrevistados os usariam para fazer o trabalho de gestão de equipes em escritórios – em tarefas como atender ao telefone, enviar e-mails e fazer relatórios. Outros 44% acreditam que robôs poderiam desenvolver funções no departamento de tecnologia de informação e 28% apostam que as máquinas dariam bons funcionários do setor financeiro, diz a pesquisa.

Robô recepcionista Aiko Chihira saúda clientes na entrada da loja de departamentos Mitsuko, em Tóquio, Japão (Foto: Chris McGrath/Getty Images)

Robô recepcionista Aiko Chihira saúda clientes na entrada da loja de departamentos Mitsuko, em Tóquio, Japão (Foto: Chris McGrath/Getty Images)

E 68% disseram que gostariam de possuir um robô para ajudá-los a ter mais tempo livre para fazer o que gostam.

Apenas 15% dos gestores entrevistados se mostraram preocupados com a possibilidade de que os robôs poderiam “dominar” o mundo.

Entre os benefícios listados pelos chefes para selecionar esses funcionários estão a consistência de qualidade na entrega do trabalho, o fato de não faltarem por conta de um resfriado e, principalmente, a garantia de que não pediriam demissão para “seguir carreira” em outra companhia.

Segundo um porta-voz do Expert Market, “os resultados sugerem que a maioria das pessoas ficaria bem à vontade com a ideia de trabalhar ao lado de um robô”.

“Muitos gestores não se mostraram preocupados com a possibilidade de trocar sua força de trabalha humana por máquinas”, o que levou à conclusão de que, para permanecer “à prova de futuro”, os profissionais deveriam melhorar suas habilidades.

A pesquisa ouviu 200 gerentes de nível sênior em vários setores sobre robôs e automação em geral. O relatório indica que, dada a possibilidade, os eles gostariam que os robôs tivessem a aparência de máquinas e não humanoides.

Em muitos setores, os robôs aumentaram a rapidez na linha da produção. Porém, no início deste mês, um robô apresentou um defeito e matou um técnico em uma fábrica de automóveis, após ser esmagado por um braço mecânico.

Foi a primeira morte do tipo na Europa causada por um robô industrial, o que levou muitos pesquisadores a discutir sua inserção no mercado de trabalho e consequências como variações na inteligência artificial, como em vários filmes de ficção-científica.