Água

A água é um bem natural essencial para a vida. É usada para consumo humano, irrigação, energia, navegação, pesca, uso industrial e lazer. Por muito tempo, ela foi considerada um recurso inesgotável e o desperdício era uma prática comum. Porém, atualmente já se verifica que a quantidade de água própria para beber está diminuindo por causa do aumento da população, da poluição e das alterações no clima.

Nos gráficos abaixo podemos observar que a quantidade de água disponível para consumo é muito baixa!

De acordo com a ONU, atualmente 48 paises já estão sofrendo com a falta de água. 1,2 bilhões de pessoas vivem sem água potável. A previsão é que, em 2025, 40% da população mundial vai enfrentar este problema.

Água no Brasil

O Brasil é o país mais rico em recursos hídricos, possuindo 17% da água doce do planeta, distribuída em rios e reservas subterrâneas.

Mesmo com tanta água, a população brasileira enfrenta muitos problemas para ter acesso à água potável. Veja só alguns dados do IBGE:

– 40% da água potável não é confiável (contaminada com esgoto ou produtos tóxicos);
– 20% da população não têm acesso à água potável;
– 50% das casas não possuem coleta de esgoto;
– 80% dos esgotos são lançados sem tratamento;
– 72% da mortalidade infantil (mortes de menores de um ano) têm relação com as doenças gastro-intestinais provocadas pelo consumo de água contaminada.
Todos estes problemas estão diretamente relacionados com a falta de Saneamento Básico, que incluem medidas de: construção de redes de esgoto, remoção do lixo e abastecimento de água.

Podemos concluir que nossos problemas relacionados com a água estão diretamente ligados a ações cotidianas, e suas soluções dependem de mudanças comportamentais, de nos conscientizarmos sobre nossa responsabilidade com os recursos naturais.

O Aqüífero Guarani

É a principal reserva subterrânea de água doce da América do Sul e um dos maiores sistemas aquíferos do mundo, ocupando uma área total de 1,2 milhões de km² e estendendo-se pelo Brasil (840.000 Km²), Paraguai (58.500 Km²), Uruguai (58.500 Km²) e Argentina, (255.000 Km²), área equivalente aos territórios de Inglaterra, França e Espanha juntas. Sua maior ocorrência se dá em território brasileiro (2/3 da área total) abrangendo os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Constitui-se em uma importante reserva estratégica para o abastecimento da população, para o desenvolvimento das atividades econômicas e do lazer. Sua recarga natural anual (principalmente pelas chuvas) é de 160 Km³/ano, sendo que desta, 40 Km³/ano constitui o potencial explorável sem riscos para o sistema aqüífero. As águas em geral são de boa qualidade para o abastecimento público e outros usos, sendo que em sua porção confinada, os poços têm cerca de 1.500 m de profundidade e podem produzir vazões superiores a 700 m³/h.

Problemas relacionados com a água

O desperdício de água

Além do aumento do consumo e da poluição, existe um outro problema relacionado à falta de água: o desperdício, conseqüência da falta de conscientização.

Atitudes simples como concertar vazamentos, não deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes, diminuir o tempo de banho, não usar a água como vassoura, podem contribuir bastante para a sua economia.

Esgoto Doméstico

2,4 bilhões de pessoas vivem sem saneamento básico e em conseqüência disso, 5 milhões de pessoas morrem por ano de doenças transmitidas direta ou indiretamente pela água. Por esta razão, é essencial que todos os municípios tratem seus esgotos.

A poluição

A poluição tem várias conseqüências negativas como a morte de animais, plantas e de todas as formas de vida do local afetado, ou pelo menos alterações na sua forma de vida e também a contaminação da população que é abastecida pelo local e de alimentos irrigados por estas águas. As principais formas de poluição são:
– Despejo doméstico e industrial nos rios
– Contaminação por fertilizantes e pesticidas agrícolas
– Contaminação de lençóis freáticos por lixões e aterros
– Mineração clandestina
Temos hoje 12.000 km 3 de água poluída no mundo.
A indústria no mundo lança por ano cerca de 500 milhões de toneladas de metais pesados, solventes e outros rejeitos. Medidas como tratar os esgotos e não jogar lixo em rios e lagos poderiam evitar a degradação da água.

O uso sustentável

Usar a água de forma sustentável é usá-la racionalmente, permitindo que todos tenham acesso agora e no futuro, evitando assim, o desperdício. Nas grandes cidades a perda de água chega a 45% !!!
Uma das formas de reaproveitar a água é a cisterna – uma forma de armazenar as águas da chuva durante o período de seca. A cisterna é uma caixa que recolhe a água que cai no telhado, guardando-a por até oito meses. É normalmente utilizada na região semi-árida do Brasil, pois nesta área as chuvas são irregulares e evaporam facilmente. Pode ser uma alternativa para a população que já sofre o drama da falta de água.

Já existem iniciativas de administrações municipais para a reutilização da água na limpeza de vias públicas e irrigação de áreas verdes. A água usada vem de esgotos tratados ou de “piscininhas”, que funcionam como as cisternas na captação de água da chuva.

Outra questão muito importante para a preservação das águas nos córregos e rios é a mata ciliar .

As Matas Ciliares são florestas ou outros tipos de cobertura vegetal nativa, que margeiam rios, igarapés, lagos, minas, nascentes e outros, mesmo que sejam artificiais, construídos pelo homem.

Elas recebem esse nome, pois são tão importantes para a proteção de rios e lagos, quanto os cílios são para os olhos. Sua função é evitar erosões e assoreamentos, já que as arvores impedem que a chuva chegue direto ao rio, evitando as enxurradas e as raízes retêm o solo e outros materiais que também acabariam na água.

As matas ciliares mantêm as dimensões dos rios, impedindo sua morte. A proteção da mata também e essencial para a fauna local.

Legislação

A Lei 9.433, de 8 de janeiro de 1997, instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
Essa lei prevê mais participação da população e instrumentos econômicos novos que permitam um uso sustentável da água.

O Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos é estruturado da seguinte forma:
– Conselho Nacional de Recursos Hídricos
– Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e dos Estados e do Distrito Federal
– Comitês de Bacia Hidrográfica
– Órgãos dos poderes públicos federais, estaduais e municipais cujas competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos.
– Agências de água

Gestão da água nos Estados

Os Comitês são responsáveis pelo planejamento e gestão das águas de uma bacia. É, também, a principal forma de participação da sociedade civil, juntamente com os usuários e o poder público.

Sua função é definir as obras e ações necessárias para aproveitamento e controle da água da bacia, além de definir os parâmetros das outorgas (documento que autoriza o usuário a usar água de um local, num período e para um fim determinado), as taxas cobradas pelo uso e o destino dos recursos arrecadados.

Links importantes

http://www.ana.gov.br

http://www.rededasaguas.org.br

http://www.cetesb.sp.gov.br

Deixe um comentário

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

Acima ↑