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Varizes Pélvicas

As varizes pélvicas são veias dilatadas, tortuosas e insuficientes em torno dos ovários, útero, anexos e genitália, que podem inclusive piorar a circulação venosa nos membros inferiores. Elas causam a Síndrome de Congestão Venosa Pélvica caracterizada pelos seguintes sintomas:

  • Dor em baixo ventre, pior ao final do dia, e durante o período pré-menstrual;
  • Sensação de peso na região pélvica;
  • Dor abdominal intensa semelhante a cólicas;
  • Incontinência urinária (perda involuntária da urina);
  • Aumento do sangramento na menstruação;
  • Dor ou incômodo durante a relação sexual.

A síndrome da congestão venosa pélvica é mais comum em mulheres entre 30 e 50 anos de idade, e a cauda mais comum está relacionada à genética. Alguns fatores podem contribuir com o aparecimento das varizes sendo o principal a gravidez, além das síndromes de Cockett ou May-Thurner, e a síndrome de Nutcraker.

A síndrome de Cockett ou May-Thurner é caraterizada por uma compressão da veia ilíaca comum esquerda pela artéria ilíaca comum direita, mais comum em mulheres do que em homens. A veia ilíaca comum esquerda é responsável pela drenagem do sangue do membro inferior esquerdo, quando ocorre a sua compressão, aparecem os sintomas de dor, inchaço, cansaço e varizes na perna, podendo evoluir para estágios mais avançados como trombose e aparecimento de úlcera na perna esquerda. O diagnóstico é realizado através de história clínica, exame físico, eco color doppler no consultório com o cirurgião vascular, e exames com contraste, como angiotomografia (exame não invasivo utilizado para diagnóstico e planejamento terapêutico), ultrassom intravascular e flebografia.

O tratamento inclui medidas conservadoras que melhoram o retorno venoso e o uso de medicamentos, em alguns casos pode ser necessário procedimento cirúrgico minimamente invasivo, através da técnica endovascular. Com anestesia local e leve sedação, realizamos uma pequena punção na virilha para acessar a veia femoral, através dela inserimos cateteres e o ultrassom intravascular que identifica o ponto exato da compressão na veia ilíaca esquerda, onde posicionamos um “stent”, que dilata a veia impedindo sua compressão.

Na primeira imagem antes do tratamento vizualizamos a falha no enchimento da veia pelo contraste que caracteriza a sua oclusão, e após a colocação do “Stent” na segunda imagem, o contraste da veia ilíaca comum esquerda, e desaparecimento das veias colaterais.

Na síndrome de Nutcraker ou “quebra-nozes” ocorre uma compressão da veia renal esquerda que fica entre a aorta e a artéria mesentérica superior, e a drenagem da veia gonadal para a veia renal esquerda fica comprometida, surgem varizes pélvicas, dor lombar esquerda e até perda de sangue através da urina (hematúria).

O diagnóstico é realizado através de eco color doppler transvaginal, e o planejamento terapêutico é feito com auxílio de outros exames de imagem como a angiotomografia ou a angioressonância magnética. O tratamento também pode demandar colocação de um stent na veia renal esquerda, derivação da veia gonadal esquerda e derivação da veia renal esquerda, conforme avaliação individualizada e planejamento pelo cirurgião vascular.

O tratamento das varizes pélvicas consiste em controlar os sintomas com medicações, e em alguns casos pode-se indicar a embolização por técnica endovascular, procedimento minimamente invasivo. O procedimento é realizado através de uma punção na veia femoral (grande maioria dos casos), por onde introduzimos cateteres e fios guia, até localização da veia ovariana e das varizes pélvicas. Realizamos injeção de agentes embolizantes (mola, cola ou espuma), que bloqueiam o fluxo de sangue e levam ao fechamento das varizes pélvicas.

Após o procedimento algumas pacientes podem apresentar dor abdominal tipo cólicas controladas por analgésicos e anti-inflamatórios. A melhora dos sintomas da síndrome de congestão venosa pélvica já acontece nas primeiras semanas após a cirurgia, com resolução total de 80-100% dos casos. Pode-se destacar a ocorrência de recidiva a longo prazo em até 8% das mulheres tratadas cirurgicamente, e por isso a recomendação é manter o acompanhamento médico periódico após o procedimento com seu cirurgião vascular. 

AS VARIZES VOLTAM MESMO APÓS O TRATAMENTO?

As varizes são veias anormais, dilatadas e tortuosas que podem ser visíveis com maior frequência nas pernas. Elas são muito comuns e incomodam muito a estética, podendo favorecer problemas de baixa auto estima na maioria das mulheres que apresentam essas alterações.

Em nossa clínica nós prezamos pelo tratamento INDIVIDUALIZADO, e todo o processo é baseado em uma tríade desenvolvida por nossos especialistas: EXAMINAR, PLANEJAR, TRATAR.

As varizes e vasinhos são manifestações crônicas, isto quer dizer que não existe cura, apesar de várias opções terapêuticas como:

  • Escleroterapia / crioescleroterapia
  • Termoablação
  • Microcirurgia
  • Laser Transdérmico
  • Espuma Densa

Sabe-se que quanto melhor for o PLANEJAMENTO do tratamento, mais duradouro e satisfatório será o resultado!!!

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