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Por Jonathan Pereira (@jonathanpereira_82)


Marcenaria inteligente organiza apartamento pequeno de 47 m² assinado por Julia Emanoela Sala e Bruna Rocha  — Foto: Emílio Rothfuchs
Marcenaria inteligente organiza apartamento pequeno de 47 m² assinado por Julia Emanoela Sala e Bruna Rocha — Foto: Emílio Rothfuchs

A umidade do ar (quantidade de vapor de água em estado gasoso na atmosfera) faz diferença no nosso bem estar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade do ar ideal deve ficar por volta de 60%, pois índices inferiores prejudicam a saúde, afetando o sistema respiratório e a pele.

Mas qual a importância de umidificar o ar em casa - e como fazer isso? O médico Celso Taques Saldanha, membro da Comissão de Biodiversidade, Poluição e Clima da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), explica e dá dicas que podem ser aplicadas facilmente no dia a dia.

Quarto projetado pelo arquiteto Hamilton Casé , da Casé Arquitetura, Vale das Videiras, em Petrópolis (RJ) — Foto: Walmir Araújo/Divulgação
Quarto projetado pelo arquiteto Hamilton Casé , da Casé Arquitetura, Vale das Videiras, em Petrópolis (RJ) — Foto: Walmir Araújo/Divulgação

Por que umidificar o ar?

Vários fatores influenciam os índices de umidade do ar. "Em áreas geográficas interioranas com poucas vegetações e rios, o ar tende a ficar mais seco, o que interfere principalmente nas temperaturas, nas chuvas e consequentemente em nosso bem estar. A baixa umidade do ar favorece as queimadas, principalmente por conta da ação do homem, o que reduz ainda mais essa umidade. A influência do mar sobre as regiões litorâneas e as vegetações também atua diretamente na quantidade, além das massas de ar", diz o profissional.

 Ter plantas nos cômodos ajuda na umidificação do ar — Foto: Fávaro Jr.
Ter plantas nos cômodos ajuda na umidificação do ar — Foto: Fávaro Jr.

Quando a umidade do ar está baixa, problemas respiratórios e desidratação da pele são mais comuns. "Em épocas de estação seca, nossas mucosas nasais compensam a baixa umidade umidificando o ar que respiramos mas, se o ar está muito seco, esse mecanismo de compensação do corpo não consegue fazer isso. Ocorre também uma maior disseminação no ar de vírus, bactérias e inúmeras substâncias alergênicas como ácaros, fungos e pólens, por exemplo, além dos poluentes dos combustíveis dos automóveis, fábricas e queimadas das vegetações", conta Saldanha.

A respiração acaba afetada, podendo ocorrer a formação de crostas no nariz pelo ressecamento de mucos, sangramentos nas narinas e sinusites, além da lesão que o ar seco é capaz de provocar na mucosa respiratória. "O corpo reage com inflamações: surgem as dores de garganta, pigarros, tosses, desencadeamentos de rinites ou asmas alérgicas e não alérgicas, bronquites e até o favorecimento de pneumonias virais ou bacterianas", enumera o médico.

Ele aponta que crianças e idosos são as principais vítimas. "Os idosos têm pouca água no corpo e as crianças, muita água para a homeostase (capacidade do organismo de manter-se em equilíbrio). "Nessa parcela da população são observados mais problemas de pele, gripes, resfriados, sinusites e pneumonias".

Dicas para umidificar o ar

Espaçamento entre os móveis é importante, como nesta casa de campo transformada pela designer de interiores Handry Roth — Foto: Mariana Boro/Divulgação
Espaçamento entre os móveis é importante, como nesta casa de campo transformada pela designer de interiores Handry Roth — Foto: Mariana Boro/Divulgação

Por tudo isso, é importante manter o lar com o ar umidificado. "A casa, nosso lugar de conforto e descanso, deve possuir uma temperatura, sensação térmica e umidade do ar adequados para o bem-estar e saúde da família, principalmente em épocas de baixas umidades, temperaturas elevadas e chuvas escassas", ressalta Saldanha.

O médico ensina medidas que podem melhorar o ambiente. "Os mobiliários devem ser colocados de uma maneira espaçada, melhorando a circulação de ar e reduzindo a impressão de que a casa esteja abafada. A limpeza nos cômodos deve ser intensificada, além de trocas mais frequentes das roupas de cama e lavagens periódicas das cortinas".

Ele recomenda contar com o auxílio de plantas. "Além de elevar a umidade do ar e diminuir as temperaturas, elas trazem beleza e vitalidade. As plantas aquáticas e as samambaias são excelentes para umidificar o ar" (veja aqui as plantas que ajudam a umidificar o ar).

Umidificador de ar é uma das alternativas — Foto: Reprodução/Amazon
Umidificador de ar é uma das alternativas — Foto: Reprodução/Amazon

Há diferentes tipos de umidificadores de ar que podem ser utilizados. "Pode ser por vaporização, quando o equipamento dispara um vapor quente através do aquecimento da água em seu interior; por geração ultrassônica, que produz névoa de vapor frio ao vibrar a água do reservatório em uma alta frequência; e o impulsor, que lança água em um difusor para que as gotículas se espalhem pelo ambiente", enumera.

Outras dicas do profissional da ASBAI são colocar uma toalha molhada em uma cadeira (observando para que não fique enrolada, pois isso a deixará com odor indesejável) e disponibilizar bacias com água próximo à cabeceira da cama, contribuindo assim para elevar a umidade no quarto. Beber 2 litros ou mais de água por dia, evitar exposição solar e exercícios em horários mais quentes do dia fecham a lista de medidas importantes para garantir o bem estar.

O que evitar

Ele lembra que ar-condicionado não umidifica o ar. "Ao refrescar o ambiente, o aparelho suga toda a umidade do local, deixando-o mais seco com a corrente de ar que devolve. Uma forma de atenuar o ressecamento do ar durante o uso quase que contínuo dos aparelhos em dias quentes e de baixa umidade é abrir por alguns momentos as janelas, renovando o ar, além da utilização de umidificadores de ar em conjunto com o ar-condicionado".

Ventiladores podem ser prejudiciais em dias muito secos, afirma o médico — Foto: Unsplash
Ventiladores podem ser prejudiciais em dias muito secos, afirma o médico — Foto: Unsplash

Ventiladores devem ser usados com parcimônia, avalia Saldanha. "Eles podem refrescar em dias quentes e úmidos, mas, em locais onde as ondas de calor tendem a ser relativamente secas, não são aconselháveis, pois podem causar desconfortos ao soprar um ar mais quente do que a pele, provocando aquecimento por convecção".

Há outros erros que costumam ser cometidos. "Jogar água no chão na expectativa de deixar o ambiente mais úmido não é uma estratégia adequada, nem tentar deixar o ambiente úmido com água quente, pois vai contribuir para acidentes domésticos, principalmente com crianças", finaliza.

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