Flagra: JAC Hunter, caminhonete chinesa anti-Hilux, exibe visual definitivo

Agora, a reportagem de Autoesporte se deparou com uma unidade da JAC Hunter exibida sem camuflagem em uma concessionária da marca em São Paulo (SP). O modelo está ali, em sua versão final, posicionada estrategicamente na fachada da loja, em uma espécie de “clínica espontânea” com consumidores. A decisão indica que o grupo SHC, enfim, escolheu o visual definitivo dela para o mercado brasileiro.

Antes, protótipos da Hunter vinham sendo flagrados pela capital paulista parcialmente camuflados e com uma grade verticalmente filetada. Já a unidade exibida em São Paulo ostenta uma peça de mesmo formato, mas com divisórias internas diferentes, ao estilo colmeia.

Esse visual alternativo da Hunter já havia sido apresentado na China, mas tem detalhes exclusivos para o Brasil, como o logotipo JAC em preto brilhante no lugar do cromado e os ganchos frontais para reboque em preto fosco em vez de vermelho. Nossa reportagem apurou que será com essa cara que a Hunter será lançada.

E, ao que tudo indica, o nome será mesmo esse, Hunter, e não T9, sigla usada pela mesma caminhonete em outros países. Pelo menos é o que exibe o letreiro no canto inferior direito da tampa de caçamba. Que não tem capota marítima, mas traz um chamativo santantônio que acompanha quase toda a extensão dos para-lamas traseiros da picape.

De acordo com nossas apurações, a JAC Hunter será lançada no segundo trimestre de 2024, mais precisamente entre os meses de maio e junho. Em entrevistas recentes, Sergio Habib apontou que o grupo SHC reforçará sua rede de revendas no interior do Brasil para vender o produto, que chegará para brigar com Toyota Hilux, Ford Ranger e companhia.

Conhecida em outros países como T9, a JAC Hunter é na verdade uma atualização profunda da Shuailing T8, picape média que já é oferecida no Brasil como iEV-330P. Ela será lançada no Brasil em duas configurações de motor: turbodiesel ou elétrica.

A versão a diesel trará motor 2.0 turbo de quatro cilindros, 16V, que rende 170 cv de potência e 41,8 kgfm de torque. A sigla 4WD no canto esquerdo inferior da tampa da caçamba e o “calombo” no eixo rígido traseiro, fotografado por nossa reportagem, apontam para tração 4x4, com direito a reduzida e bloqueio de diferencial traseiro. O câmbio é o famoso automático de oito marchas da ZF.

A versão elétrica, por sua vez, traz o mesmo trem de força usado hoje pela iEV330P, de 204 cv de potência e 30,1 kgfm de torque, com tração 4x2 traseira. A diferença é que as baterias de LFP (lítio-fosfato-ferro), terão a capacidade aumentada de 65,3 kWh para 77 kWh, o que deve melhorar sua autonomia, em atuais 226 km, segundo o Inmetro.

A capacidade de reboque (com freio) é de 3,5 toneladas, mas o grande trunfo da Hunter estará em sua capacidade de carga de cerca de 1,4 tonelada, a maior do segmento de caminhonetes médias no Brasil com alguma sobra.

Devem fazer parte da lista de equipamentos itens como sete airbags, frenagem autônoma de emergência, alerta de tráfego traseiro cruzado, alerta de ponto cego, assistente de assistência em faixa, controle de cruzeiro adaptativo (ACC), monitoramento de pressão dos pneus e câmera de 360 graus.

Dentro da cabine, destaque para o console central elevado e os bancos revestidos de couro. Percebe-se, ainda, a presença de uma central multimídia de 10,4 polegadas — a ver se terá Android Auto e Apple CarPlay —, carregador de celular por indução, quadro de instrumentos digital de 7 polegadas e bancos dianteiros com aquecimento elétrico.

Na especificação com cabine dupla, que está exibida no Brasil, a JAC Hunter tem as seguintes dimensões: 5,62 metros de comprimento, 3,40 m de entre-eixos, 1,96 m de largura e 1,92 m de altura.

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